Oooiiii pra você que está lendo! A resenha de hoje é sobre a Grown-ish!
Essa sitcom foi lançada em 2018 e é derivada da série cômica Black-ish, ambas criadas por Kenya Brarris e Larry Wilmore. Mas você não precisa ter assistido Black-ish para assisti-la.
Isso porque em Grown-ish, a protagonista é Zoey Johnson (Yara Shahidi), a filha mais velha dos Johnson, que está começando sua jornada na Universidade, no curso de Moda. É uma série que transita entre o estilo Teen e o Young-Adult, demonstrando como ocorre essa mudança.
Já no primeiro dia de aula na Universidade, Zoey descobre como esse novo mundo desconhecido pode ser realmente estranho: aula de madrugada, um professor não muito normal e colegas de classe completamente diferentes do que ela estava acostumada.
Por sorte, destino ou qualquer outra coisa, ela acaba se enturmando já na primeira aula e fazendo amigos que levará para o resto da faculdade (ou não): Aaron Jackson, um veterano popular; Ana, de família super católica e com origens latinas; Nomi, uma garota bissexual e judia; Vivek, um jovem de família indiana que sonha em ser rapper; Jazlyn e Skylar Forster, irmãs gêmeas atletas e Luca, um cara bem rastafári.
A cada episódio, vamos acompanhando Zoey em suas descobertas no campo do amor (a conhecida saga do “Poxa, crush por que você não me nota?”, até o “Eu quero que ele morra”), das drogas, da sexualidade, da política, entre outros.
Eu poderia dizer que é mais uma série onde o mundo gira em torno de uma garota mimada e seus problemas pessoais, mas não. Um fator muito importante está presente: a representatividade na temática.
Com o cast principal majoritariamente composto por negros (inclusive, a protagonista) o racismo e o privilégio branco são pautas constantes dos episódios, nos levando a refletir a cerca da porcentagem de participação desse grupo nos diversos locais sociais. Personagens LGBTQ+ são muito bem representados sem estereótipos depreciativos, assim como a diversidade cultural proveniente de diferentes grupos religiosos e políticos.
Grown-ish permeia o “maravilhoso mundo de sexo, drogas e rap” sem ser apelativo ou exagerado. Não há nada do tipo: “Não use drogas, porque isso é ruim”, pelo contrário, eles conseguem transmitir a mensagem sobre o que leva os jovens a isso, sem julgamentos, por exemplo. As fases da vida de uma garota também são tratadas de maneira leve e real (quem nunca ficou na bad, porque o crush não correspondia, levanta a mão).
Além de tudo isso, questões políticas são abordadas, assim como identidade de gênero e feminismo. Um ponto importante: Zoey não é nenhuma ativista política ou militante, eu até diria que é “café com leite”, mas mesmo assim ela vai aprendendo a importância de usar sua voz quando for necessário.
A série tem um visual muito legal, jovem e articula bastante temáticas “polêmicas”, levando-as ao natural. Alguns rostinhos são conhecidos, outros não, porém a atuação é muito boa. Grown-ish possui duas temporadas, a primeira disponível na Netflix, sendo renovada para a terceira. Vale super a pena assistir!
Se você já assistiu, me conta o que achou! Ainda não viu? Ficou a fim de ver? Também quero saber! Deixe seu comentário aqui embaixo porque vou amar saber sua opinião!
Que a força esteja com você.
Por Agnes Rufino.