Saudações, serie-maníacos! Hoje falaremos da única série teen que teve competência para prender a minha atenção. Sim, porque, com os dois pés na turma dos “enta”, não é só a paciência que vai embora… ficamos um pouco mais exigentes, digamos assim, com a qualidade do que consumimos, em especial, arte e cultura.
O que me faz abandonar uma série são situações forçadas e que não convencem de jeito nenhum! Justamente, o motivo de ter abandonado The Shadowhunters, por exemplo. Mas, The 100, que já vai para a sétima e última temporada, soube manter a essência adolescente, sem forçar a barra e, definitivamente, cortar o “mimimi”. Outra coisa que não suporto!
Então, chega de enrolação e vamos ao que interessa: Os Escolhidos, ou The 100, trata-se de uma distopia adolescente, baseada no livro de ficção científica, uma trilogia de Kass Morgan. Embora, muitos digam que ela peca em vários pontos, como situações e personagens mal trabalhados; eu olho justamente o fato de ser uma literatura teen. O que, talvez, se julgue “falho”, faz parte dessa época da vida, onde damos mais importância a determinadas coisas e situações que, naturalmente, deixam de fazer tanto sentido na fase adulta.
Por esse motivo, não vejo erros. Ao contrário! Apesar de não ter lido o livro, a série me conquistou e, até agora, acompanho em tempo real a história que começa com 100 adolescentes, vivendo no espaço, depois de quase 100 anos da hecatombe nuclear que destruiu a vida na Terra. Os sobreviventes estão divididos em 3 estações espaciais, a Walden, Arcadia e Phoenix, orbitando o planeta, como o único lar da humanidade, há gerações.
Para que essa epopeia seja possível, as leis são duras e o não cumprimento delas é punido imediatamente com a morte. Além disso, o controle de natalidade é rígido, para que se tenha recursos suficientes, sustentando a todos. Ainda assim, a série começa levantando esse problema: apesar de todo o planejamento rigoroso, as naves estão caminhando para a extinção dos recursos de sobrevivência e é aí que conhecemos a personagem principal, a adolescente presidiária Clarke.
Ela e mais 99 jovens, na mesma situação, serão enviados à Terra, porque existe uma chance de que agora, quase 1 século depois, a superfície esteja habitável e a descida compulsória, seria o perdão aos contraventores. É isso ou a morte.
Daí para frente as temporadas vão se desenrolando, criando situações limites que, além de prenderem a atenção, nos deixam sem fôlego; chegando ao final, de cada episódio, sempre protestando: Como assim terminou?!
A autora trabalha pontos muito interessantes como a primeira vez que os jovens veem o solo, os animais, a chuva, nascer e pôr do sol… todas as coisas as quais estamos tão acostumados no cotidiano que, mal reparamos no dia-a-dia. A primeira temporada tem a excelente sacada de ser mais focada nos relacionamentos dos personagens principais: Clarke, Wells, Octavia, Glass e Bellamy; interagindo com o restante dos jovens, além dos adultos que, os monitoram das estações espaciais, agoniados para confirmar se de fato a Terra suporta a vida novamente.
Por conta disso, ficamos curiosos para saber o que realmente aconteceu com o planeta, não só para ter chegado na extinção, bem como o que aconteceu nesse século em que “não haviam humanos” — ops… cuidado com spoiler!
Talvez, o ponto mais forte e, isso se estende por todas as temporadas, seja: o que você faria para sobreviver? Até onde manteria a humanidade, se a sua vida estivesse em jogo? Existem limites para justificar determinadas atitudes? Ou vale tudo, para se salvar e àqueles que ama?
Se você curte ficção científica e é fã de distopia, “a sua luta não terminou”. The 100 responde a todas essas perguntas, como muita ação e aventuras eletrizantes!
E que nos encontremos novamente…