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Ao invés de ficar em casa, em pleno domingo, vendo o “Coringão” jogar, resolvi sair pela cidade para conhecer suas torres, os arranha-céus abertos ao público. Nesse dia da semana, alguns desses grandes monstros de aço ficam disponíveis à população. Deixavam-nos entrar para conhecerem um local novo, assim integrar as pessoas das regiões mais humildes. Permitiam-nos, os não privilegiados, por um minuto, ter uma bela visão da cidade.
O povo se deparou com aquilo, maravilhado. Abaixo havia o turbilhão de pessoas em marcha na avenida de concreto. Todos a passos firmes com planos traçados, sem tempo para descanso.
Por um segundo, eles se juntaram, formando uma grande nuvem de pessoas, cheia de barulhos, desejos frenéticos. Depois se dispersaram nas primeiras esquinas em busca dos seus anseios particulares.
Senti-me poderoso. Não só isso, pude descobrir algo. Um segredo simples que todos nós sabemos e depois esquecemos. Enquanto olhava para o chão, outros de nós observavam a humanidade seguir seu destino. Quanto mais corremos para atingir um objetivo, seja o que for, esquecemos que tudo passa. A vida, o trabalho, as brigas. Tudo! No final, já cansados, nós nos damos conta da nossa perda: os risos, o papo furado, os sorrisos bem dados.
“Devia ter brincado mais, até sorrido mais. Ter feito que eu queria fazer“.*
Esse descobrimento me tocou profundamente. Agora eu sei bem o que fazer. Vou recomeçar minha vida, alinhar acertos, corrigir erros, quem sabe até amar mais. Tudo será diferente, não serei mais a mesma pessoa a seguir o fluxo da vida nesse curto rio que vejo passar pela avenida.
*Trecho tirado da música “Epitáfio”, da banda “Os Titãs”.
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