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Eu me deitei no sofá. Na casa habitava um grande silêncio. Só era eu e eu. Peguei meu par de fones de ouvido, encaixei em cada parte das minhas orelhas, deixei a música em um volume alto. Tão alto que não ouvia minha própria voz.
Pude sentir como cada nota tocada vinha dançando até mim. Ajeitava-se ao meu corpo emocionalmente cansado e dormia do seu lado.
As pancadas da bateria me massageavam as costas, punham meus músculos no lugar.
A guitarra, com seus notas e distorções, mexiam meus cabelos. Cada batida do contrabaixo massageava meus pés. Era um S.P.A. para a alma sem ter de sair do meu espaço. Estava me recuperando das brigas do dia a dia, dos estresses, de tudo. A música era meu remédio.
Mas, como um ato de revolta, meu fone de ouvido resolve sair do seu lugar, empurra-me para a realidade. Volto a colocá-lo em seu devido lugar. A música, então, junta-se ao meu corpo e me embala até eu pegar no sono. Igual a um bebê nos braços da mãe.
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