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A Coreia do Norte é um país asiático muito conhecido por viver uma ditadura desde a década de 1950. Às vezes aparece nos jornais geralmente nas notícias sobre testes de armas nucleares. Mas… Já pararam para pensar como é a vida na nação mais fechada do mundo?
O livro “A acusação: histórias proibidas vindas da Coreia do Norte” carrega respostas do dia a dia dessa população. Como o escritor ainda vive país comunista, para não colocar sua vida e de seus parentes em risco, teve seu nome real escondido. Assim, ficou Bandi.
O resultado foi um compilado do comportamento das pessoas em vivência com o regime da família Kim. Em uma união de sete contos, lemos sobre a vida dessa gente, as dificuldades e a influência dessa ditadura. Vou falar melhor de cada conto com vocês.
Relato de uma deserção
O primeiro conto do livro demonstra como o regime criou uma sociedade de classes, cuja árvore genealógica serviria para garantir mais direitos no país. Retrata os anos de uma severa crise alimentar, devido às fortes chuvas e políticas desastrosas. Sem o que comer, a esposa faz de tudo para poder servir o marido. Enquanto ele desconfia de uma traição.
Cidades dos Espectros
Com certeza meu conto favorito. Mostra como o medo e a lealdade são necessários no regime. Qualquer ato contra os ideais do governo pode se tornar um motivo para te prenderem. Durante o feriado do Dia Nacional (data de fundação da República da Coreia do Norte), uma mulher membro do partido comunista cuida do filho assustado. O garoto tem medo do busto de Karl Marx, pai do comunismo, e de Kim Il-Sung, o fundador do país, confundindo-os com o monstro da cultura coreana, Eobi.
A vida de um corcel veloz
Aqui o autor faz o favor de nos lembrar sobre a morte do sonho comunista. O fim da crença de que, ao aceitar uma ditadura, ela um dia trará liberdade e alimento para todos. Somos apresentados a um jovem que procurou seu tio para entender sua história. O motivo do senhor ter plantado uma árvore gigante no quintal, que agora atrapalha as comunicações da polícia militar local.
Tão perto, tão longe
Se por um lado conhecemos como o medo e a lealdade são necessários para o controle do povo, por outro, aqueles que resolvem enfrentar tais sensações encontram uma forte repressão. Os preses seguem para a prisão e os campos de trabalhos forçados, cuja função é doutrinar e colocar em eixo a mente e o corpo dos rebeldes. A história vai falar sobre a necessidade um homem de visitar sua mãe doente. Para tanto, precisa das aprovações do visto de viagem, tanto do seu superior na fábrica, quanto dos funcionários responsáveis pelas emissões do visto. Ao perceber que não iria conseguir, parte para uma estratégia arriscada, se joga de cabeça e segue por conta e risco tentando chegar à aldeia onde mora sua mãe.
Pandemônio
Dentre os textos de Bandi, este é um dos mais fortes e capazes de gerar um mal-estar no leitor. Mostra como se cria o sentimento de amor no regime norte-coreano. A história retrata a vida de uma senhora que resolve visitar sua filha em um vilarejo distante. Já que não tinha o visto necessário para viajar, recorre ir até lá na caminhada. A coisa fica interessante no meio do caminho ao cruzar uma via fechada. O local receberia um evento de nível 1 (tipo, o líder supremo iria passar por lá, então o povo não pode passar por ali). Mas a nossa tiazinha não quer nem saber, ela vai com tudo. Nesse meio tempo, quem ela encontra? O todo poderoso da Coreia do Norte, o general Kim Il Sung.
No Palco
Nesse conto, o autor vai falar sobre a falta de liberdade no país. Como o pensamento de querer agir livremente pode ser um grande inimigo para as ações ordenadas e autoritárias do regime. No início da história, somos apresentados ao diretor da polícia secreta. O burocrata deve investigar seu próprio filho. O garoto age de forma que vai contra o comportamento geral, só porque o jovem está cansado de viver uma farsa na sua vida. Afinal, tudo está ligado ao regime e nada pode ser feito diferente.
Cogumelo Vermelho
O último conto e o mais longo mostra como o partido faz de tudo para se manter no poder. Ou seja, significa prender ou eliminar inocentes. Somos apresentados a um jornalista que deve formular uma notícia sobre a normalização da produção da pasta de grãos local. O problema é que ele não consegue escrever nada pelo fato de ser mais uma mentira organizada pelo partido local. Então, faz um flashback para se lembrar de como era a produção de grãos e os motivos que o pediram para mentir.
A obra de Bandi mostra as faces da ditadura comunista com um grande poder destrutivo. Mostra as mazelas da população, como eles se comportam para não morrer. Ao mesmo tempo, retrata as formas de sobreviver de um povo oprimido, cujas ações, muitas delas, inteligentes dão emoção a cada conto. Bate até tristeza ao terminar de lê-lo. Gostei muito, sempre tive uma curiosidade grande para saber o dia a dia do povo desse país. Adorei todos os contos, sem exceção.
A narrativa dos fatos pula entre flashbacks do passado de alguns deles e depois segue o presente atual. Bandi consegue fazer isso de forma bem tranquila, não dificultando o entendimento do leitor sobre cada fato abordado.
Sua escrita é de uma imensa fluidez sentimental, escrevendo como o personagem de cada conto se sente. As próprias maneiras deles verem o mundo e saberem enfrentar cada desafio, além de trazer as tristezas daqueles afetados pela estrutura do regime.
Indico aos curiosos de plantão! Aquelas pessoas curiosas pela vida das pessoas na Coreia. Também para os aficionados pelo universo da história, porque as narrativas são bem detalhadas sobre a privacidade dessas pessoas.
Aê galera, eu vou ficando por aqui. Até a próxima resenha!
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A Acusação: Histórias Proibidas Vindas da Coreia do Norte
Autor: Badin
Gênero: Ficção histórica
Ano de lançamento: 2014
Editora: Biblioteca Azul
Nº de páginas: 229
País de Origem: Coreia do Norte
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