Olá a todos! Como vocês estão? Contem-me tudo.
A resenha de hoje é do livro “A cidade do sol”, lançado por um escritor afegão chamado Khaled Hosseini no dia 22 de maio de 2007. Um fato curioso é que eu encontrei esse livro no armário de bagunça da minha mãe, lá tinha vários livros e materiais da faculdade que ela não usava mais. Eu tinha uns 14 anos e ficava mexendo nas coisas dela, e quando encontrei esse livro foi meio que uma paixão a primeira vista.
Mas deixando de lado esse fato sobre mim, vamos para a resenha!
A história se inicia com Mariam, filha de Jalil que a deixou aos cuidados de sua mãe Nana. Sua mãe se encontrava em uma depressão profunda, o remorso e a raiva que ela tinha do marido crescia todos os dias em sua alma. Afinal, Jalil não assumiu que Mariam era sua filha para os outros, comprando uma casa distante da cidade, fazendo com que assim ninguém soubesse da existência de Mariam. Crescendo com a sua mãe, Nana, ela sempre ouvia frases cheia de tristeza e rancor, como também, Nana dizia constante que nenhum homem prestava em especial seu pai, mas Mariam nunca acreditou em nenhuma palavra que ela dizia.
Quando Nana faleceu, ela foi morar com o seu pai, Jalil. Na época, tinha apenas 15 anos e o que acontece a seguir deixa meu coração em um aperto enorme! Com essa idade seu pai a entrega para um sapateiro chamado Rashid, um homem de 45 anos.
Bom, enquanto de um lado a jovem era condicionada a acreditar que seu papel era servir e criar seus futuros filhos. Do outro lado da história, a jovem Laila escuta todos os dias de seu pai, que ela pode fazer o que entender, que seu destino ia além de casar e ter filhos. Vemos aí a diferença de criação dos pais.
A história vai indo como um jogo de ping pong, jogando para Mariam e depois para Laila, mesmo estando em épocas diferentes, você consegue compreender cada detalhe e sentimento que o livro quer passar. A torcida para que ambas consigam seus sonhos te acompanha a história toda. Confesso que comigo consegui manter a positividade que tudo iria ficar bem no final o livro inteiro.
Entretanto, o destino não foi bom para elas. Ainda assim, uma amizade linda surgiu entre as garotas, que fez com que eu me apaixonasse de vez por Mariam!
Como vocês devem saber, a regras rígidas em relação a liberdade da mulher no Afeganistão, tanto que no livro Mariam e Laila tentam fugir de Rashid, porém não conseguem e acabam voltando para casa. São esses momentos que me faziam morrer de tensão, torcendo para que ambas conseguissem seu final feliz.
Um segredo, escrevendo essa resenha o sentimento que tive quando li certas cenas (para não dar spoilers) retornam ao meu coração. Mariam era apenas uma garotinha quando teve seu destino dirigido por homens, além de não ter sido reconhecida pela única pessoa que ela confiava e amava, passou a sua vida sofrendo nas mãos de seu marido. Tanto que, em muitas partes Mariam começava dar razão a sua mãe.
Além disso, foi uma personagem que me conquistou de pouco a pouco, me fazendo ver como a história dela particularmente termina, faz com que eu tenha o sentimento de injustiça dentro de mim. Porém, ao mesmo tempo, se não fosse ela, Laila não conseguiria sobreviver e começar a trilhar seu próprio caminho com seu filho e a pessoa que realmente amava.
A Cidade Do Sol é um livro que te faz pensar, faz com que você tenha vários sentimentos em um capítulo só e sinta a adrenalina constante de saber o que acontecerá com as personagens. Faz você perceber, que histórias como essa por mais fictícia que seja, acontecem na vida real.
Espero que tenham gostado! Escrevam nos comentários se já leram ou vão ler, pois estou curiosa para saber!
Por Manuela Ked Martinez.