Alev Alev (2020-2021)

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Depois do sucesso de “As Chamas do Destino“, a Turquia investiu em produção nacional que fosse adaptação da série feminista. Bom, como fã de séries turcas, fiquei com receio logo de cara, uma vez que a cultura do país não acompanha o ritmo das bandeiras feministas de outros casos.

Na história, temos Cemre (Demet Evgar), a mulher do ex-prefeito que sofre nas mãos do marido. Agressões constantes e um medo infinito de perder a razão de sua vida: Günes (Kayra Orta), sua filha. Rüya (Dilan Çiçek Deniz) é prima dela, mas sempre acreditou nas palavras do marido de Cemre quando diziam que ela tinha problemas. Caso sério.

Rüya é uma advogada, filhinha de papai, que tem como bff Çiçek (Hazar Ergüçlü), a órfã que trabalha na casa. As duas são unha e carne, tendo uma relação muito bonita de companheirismo a todo o momento.

O grande start desse drama é quando acontece um incêndio em um evento. Cemre se vê na chance de escapar do marido, forjando sua própria morte e escapando com sua filha. Já Çiçek fica completamente queimada, assumindo o lugar de uma rica mulher (longa história) que morreu durante o incêndio, enquanto Rüya se apaixona por seu salvador, Ömer (Cihangir Ceyhan).

Olha, se tem uma coisa que essa série entrega bem é o drama. Sem sombra de dúvidas você vai se emocionar, se irritar e até shippar personagens. É um mix de emoções que “Alev Alev” trabalha bem durante os 26 episódios. Tanto tempo que me fez odiar eternamente alguns vilões (o que só mostra o quanto eles foram trabalhados).

Mas não é apenas de um roteiro emocionante que “Alev Alev” sustenta a série. Os personagens seguram as pontas e nos entregam um show de atuação. Mostram suas verdadeiras faces, fraquezas, desejos e vemos seus desenvolvimentos no decorrer dos episódios.

Iskender e Cemre são as personagens que mais se destacam. O primeiro por ser o vilão e se tornar um verdadeiro camaleão com o tempo. Só vendo para crer! Cemre sobreviveu a um passado doloroso e sua luta constante contra seu marido nos dá força. Uma verdadeira mãezona que pensa muito na filha, ainda que o sistema judiciário turco se mostre trabalhoso para casos como o dela (para não dizer outra coisa).

Rüya ganhou um cantinho no céu nos últimos episódios, revelando o quanto infantil é. Impossível de ter paciência com ela, agindo como se tivesse 10 anos e julgando Deus e mundo como se fosse a dona da verdade. Tomris (Zuhal Olcay) é outra personagem que joga a bandeira feminista no chão nos últimos episódios, mostrando o quão fácil uma mulher pode se voltar contra a outra por um homem. O que contradiz tudo o que eles tentaram unir durante a série. Vai entender.

Por mais que “Alev Alev” tenha seus baixos, não posso deixar de ressaltar os pontos altos. Se você adora um drama, assista. É de se viciar até o último segundo, mudando de lado pelos personagens vez ou outra (quem assistiu pegou essa referência kkk). Deixo aqui um beijão para Atlas (Kaan Sener), a criança da série que ganhou meu coração <3.

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