O capitão Jack Sparrow deixou uma legião de fãs que acabaram abraçando a vida aventureira que um pirata tinha. Com esse amor, talvez Black Sails seja uma série para você que tem curiosidade de saber melhor como é a dinâmica dentro de um navio repleto de saqueadores. Bom, na verdade, nem todos são assim e é parte disso que a série retrata.
A história conta sobre as aventuras de Capitão Flint (interpretado pelo majestoso Toby Stephens) e a vivência na ilha de Nassau (Nova Província). Sim, muito tesouro (que não caberia no ego desta blogueira), conflitos armados (tanto na ilha como em navios) e romances (uma troca de casais nível novela br) que tornam o enredo bem envolvente e diversificado.
Em terra, os viajantes estão subordinados à Eleanor Guthrie (interpretada pela loiríssima Hannah New), uma mulher fonte, controladora e esperta, porque, para conseguir manter um monte de pirata sobre seu comando, não é uma tarefa fácil. O jogo de poderes gira em torno dela, porém nem sempre ela tem a sorte ao seu lado. Como bff (ou algo mais), Eleonor tem a companhia da sensual Max (interpretada pela Jessica Parker Kennedy) que conhece muita gente no cabaré, inclusive, consegue informações valiosíssimas de lá (esses piratas soltam a boca na hora h, né?).
A aventura começa com a chegada de John Silver (interpretado pelo carismático Luke Arnold) na embarcação do Capitão Flint. O cara é um verdadeiro gênio, além de ser um humorista de primeira. Possui aquela pegada malandra que consegue conquistar cada um do navio (ou pelo menos boa parte no início). Um personagem tão intrigante que você acaba se apaixonando no decorrer dos episódios pelo jeito em que ele mexe com os demais.
Do outro lado da ponte, o arqui-inimigo de Flint é Charles Vane (interpretado pelo selvagem Zach McGowan). Um homão da p*rra que quer recuperar tudo aquilo que Flint tirou dele o que um dia fora seu. A sede de vingança corre pelas suas veias e o mantém focado até precisar lidar com um amor antigo, Eleonor. Só posso dizer que o que eles tem é mais complicado do que adolescente indeciso no terceiro ano. Mas o shipp é bom, eu juro.
Junto com Vane, os fiéis comparsas são: Jack Rackham (interpretado por Toby Schmitz) e Anne Bonny (interpretada pela linda Clara Paget). Ambos são personagens inspirados em piratas reais que tem uma história bem parecida com o que realmente acontece na série, então, eles são bem casados, apesar da confusão toda só retratar melhor na segunda temporada.
E vamos para o dilema: é boa ou não?
Os cenários impressionam no primeiro momento, entretanto, como mantem essa rotina de barco-ilha, ilha-barco, desanima depois de um tempo. As roupas (ou ausência delas) fazem jus aos personagens, a mudança para melhor mesmo só acontece na quarta e última temporada (sacanagem , né?). Não é porque eles são piratas que devem estar sempre no look mendigo.
Um dos pontos positivos é o elenco impecável. Os coadjuvantes são tão bons quanto os protagonistas, o que dá uma chance do enredo poder desenvolvê-los bem nos episódios. O drama, a ação e o romance são bem colocados graças à atuação maravilhosa.
O que pegou na série foi como quiseram concluir. Pareceu corrido e mal pensado. Sofri muito sem necessidade, como também, a estruturação do roteiro saturou alguns dos personagens chaves (como foi o caso da Eleonor e da Max) e deixou outros ícones um pouco apagados (como Jack e Anne). Uma maldade, porque os personagens são maravilhosos.
As mudanças que acontecem na terceira temporada não são bem aproveitadas, deixando caminhos que poderiam ter dado um up na série, apagados. Ainda assim, o conjunto tem seu charme e seus lados positivos em uma história rica em conteúdo sobre a época, como viviam efetivamente os piratas, por exemplo. Claro, tem uma pegada hollywoodiana, contudo, foram cuidadosos com os fatos históricos (talvez isso tenha deixado o roteiro sem aquela prometida grande aventura).
A série já está toda disponível na Netflix, então, se sentiu interesse, vai lá conferir. Comenta aqui embaixo se você vai assistir a série ou se assistiu e o que achou. Quero saber <3