Capitã Marvel (2019)

Posso dizer que escrevo essa resenha, mordendo a língua 2 vezes! Uma por conta do filme da Mulher Maravilha — excelente atuação da Gal Gadot — outra, muito bem mordida, pela Capitã Marvel — filme mais fodástico da Marvel, até agora!!! Ok, eu confesso minha visão um pouco “machista”, digamos assim, em relação aos filmes de super-heróis, estrelados por mulheres.

Mesmo sendo eu, com muito orgulho, do sexo feminino <3.

Explico: antigamente, na verdade, bem antigamente rs sempre que aparecia uma heroína em algum filme, a imagem permeava a caricatura. Era forçada, nos fazendo lembrar a ausência da testosterona, que garante ao sexo masculino a supremacia da força, de nascença. Aliás, algo a perguntar a Mãe Natureza: Por que a força nata é somente deles?

Porém, parando de divagar em questões tão complexas; nesses filmes mais antigos, a pegada era mais artificial. Esquecendo de abordar questões mais profundas, do nosso mundo cor de rosa, que muitas e muitas vezes, muda para o vermelho sangue… não é mesmo? E aí minha amiga, com ou sem testosterona, salve-se quem puder!

Você que lê esta resenha, e não é da turma bem resolvida, das mulheres 40+, como eu, pode até estar achando estranha esta abordagem. Mas, voltando um pouco no tempo, através dos poderes de oráculo “Pai Google”, vai entender. Para começar, heroínas de fato, como protagonistas, talvez só a “Mulher Maravilha”, da famosa série dos anos 70. E aí começava os desfiles de estereótipos caricatos: bonitinha, mas ordinária, gata fatal, bonequinha de luxo etc etc. Ainda que elas tivessem os tão sonhados super-poderes, quem nunca se pegou pensando, enquanto assistia à película: “Ahhhh até parece que uma mulher faria isso! Só em filme mesmo! Ah tá! O pau comendo solto e ela tá assim, linda e maravilhosa, parecendo que saiu do salão?!” E daí em diante!… Entendem onde quero chegar?

Pois bem. Vamos ao filme, porque eu tardo, mas não falho!

Primeiro uma sinopse bem rapidinha: Carol Danvers, uma agente da CIA que tem contato com uma raça alienígena e ganha poderes sobre-humanos. Entre eles estão, uma força fora do comum e a habilidade de voar. Nossa!… Foi rápida mesmo! 

Enfim, chegando ao motivo que me fez levantar a bandeira das heroínas, agora sim, com muito orgulho, como já tinha dado o braço a torcer pela Mulher Maravilha, da Gal Gadot; a Capitã Marvel, da Bree Larson, quase me fez levantar da cadeira do cinema, de punho fechado e gritar: ISSO!!!!

Vou tentar explicar sem spoilers, mas deixo um indicativo, das ceninhas lacradoras desse filme: a capitã nos traz representatividade, nós ganhamos voz! E não interessa se somos lindas, angelicais, desprotegidas, biologicamente menos fortes — notem a diferença, ao invés de dizer “mais fracas” — sexo frágil e todo o arsenal de besteiras, que sempre nos repetiam, como uma lavagem cerebral. Dia após dia, para desacreditar a nossa essência!

O fato é: nós podemos!

Nós somos fortes e poderosas à nossa maneira. Não importa como, nem quando, nem se demoramos para conseguir qualquer coisa. Importa que se não desistirmos, nós conseguimos! E quando você assistir essa cena no filme, vai entender o que estou falando. Qualquer mulher vai se ver em algum momento da vida, nesse mesmo lugar da Capitã, quando humana, quando era somente a Carol Denvers. E o pulo da gata é justamente esse: a Capitã Marvel, precisa da Carol mais do que a Carol precisa da Capitã…

 

Este filme, meninas, é uma verdadeira “Ode” ao que é ser mulher! Independente de todos os esteriótipos, está ali em cada hora que ela foi desacreditada e convidada a desistir do que queria! E ao contrário do que incentivavam, ela levantou e foi até o fim! Agora sim, sou fã de carteirinha, das super-heroínas <3 .
Hiiii!!!! Já estourei o limite das palavras! Mas dá tempo de destacar também o lado “Avengers” deste filme: vide cena pós créditos, que deixa os fãs mortos de curiosidade. Além de uma mensagem politicamente correta, referente aos julgamentos precipitados que fazemos, do tipo: “Quem vê cara, não vê coração”.
Produção e efeitos especiais: Perfeitos!
Só uma última coisinha: delicie-se no enfrentamento final da capitã com o comandante da raça Kree: sem dar spoilers, venha aqui me contar, se depois que ele desafia ela, você também não pensou, adivinhando sua reação: “Querido, ao diabo com o seu idiota código de condutas masculino! Eu sou mulher e se tenho o poder, eu uso! Oras!”
E que venha “X-Men: A Fênix Negra”!

3 thoughts on “Capitã Marvel (2019)”

  1. Eu fiquei inebriada com essa resenha!! Quase levantei e fui salvar o mundo, sério! Eu anos não vi o filme, mas com certeza vou ver depois dessa resenha!

    Na Internet tem tantos haters com orgulho ferido que dá dó (mentira não dá não hahaha).

    Excelente resenha!!

  2. Agnes, fico arrepiada que tenha te tocado, sem ainda ter visto o filme, sério! Pq é tão bem mostrado isso nessas cenas, que não sabia se conseguiria escrever sobre elas, sem dar spoiler rs eu não esperava que finalmente fossem conseguir nos representar ainda melhor, do que foi feito, na Mulher Maravilha, mas fizeram! E que emocionante foi passear o olhar pela sala de cinema, nessa hora e sentir que todas as mulheres estavam se segurando na cadeira, para não levantar e gritar: ISSO!!!!
    Vem aqui me contar o que achou depois de ver o filme, pq já to curiosa kkkkkk
    Gratidão <3

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