Eva. Vanguarda (2020) da Ane Costa

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Abre o olho que estamos com mais uma resenha de livro nacional. “Eva. Vanguarda” é o debut da autora Ane Costa e nos entrega um livrão. Se você já sonhou em viajar para o Reino Unido, fazer intercâmbio, senta comigo que eu vou te contar sobre essa história.

Eva é uma brasileira que tem a oportunidade gold de ir para Vienna, no interior da Inglaterra, e continuar os estudos. Na cidade fria, os seus problemas logo surgem e a garota se vê diante de preconceitos que jamais imaginou.

Dia após dia, ela lida com as desventuras no jornal THE VUR, as complicações com a colega de quarto, Angelina, e o tal de Phillip Potter que apenas é a cereja do bolo nessa montanha de caos. A vida não está fácil para ninguém, caro(a) leitor(a).

[…] As pessoas são assim, Eva. Elas erram, se arrependem, pedem perdão, nascem e morrem todos os dias, mas elas raramente mudam.

Esse quote representa muito a essência do livro. “Eva. Vanguarda” fala muito de se levantar depois de uma queda, de persistir, de lutar. Apesar de grande, durante a leitura, se percebe que o narrador ainda tem história para contar. Sim, temos quebra de quarta barreira aqui.

A escrita é leve e coloquial, repleta de termos que descrevem bem as reações dos personagens, mas isso não torna menor os debates que são levantados no decorrer do livro. Racismo, xenofobia, traição, assédio. Alguns tapas na cara que precisamos levar vez ou outra para se lembrar de que nem tudo é mil maravilhas quando se vive fora do país.

Me apaixonei, fiquei com raiva, perdi a cabeça, senti pena. Muita pena. Foi um misto de emoções e “Eva. Vanguarda” nos dá de camarote vários holofotes ao mesmo tempo. Nos dá a chance de conhecer mais sobre cada coadjuvante e o porquê deles serem como são (está explicado o tamanho da bíblia kkk).

É difícil escolher um personagem favorito, porque eu mudei de opinião várias vezes no decorrer da história. Mas posso dizer que, no fim, Eva me encantou. A doida que eu quis matar até a metade do livro se mostrou alguém admirável. Claro, fora todos os coices que ela distribuía por Vienna kkkk.

Impossível não deixar de comentar a presença de personagens como Dana, Alli e sim a Angelina. Como disse, o jogo vira a todo momento e, com as quatro juntas, é impossível de não ver os laços que são construídos.

Se você curte um romance intenso que trabalha bem os personagens e dá muita profundidade a história, “Eva. Vanguarda” é uma ótima indicação. Me conta nos comentários sua experiência com romances! Vou adorar saber <3

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