Gravidade

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Este texto contém gatilhos. Depressão é uma doença tratável, procure um psicólogo.

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O sol da tarde no horizonte
Dos pés cansados, tão distante,
Não ilumina, e nem aquece.
A hora dourada que aprecia
Colore o céu com sua magia
Mas incolor é a dor que cresce.

No peito em prantos, confusão
Nas rimas brancas, solidão
De um ser sem luz, nem esperança.
E a lua cheia que intimida
A fé errante da menina
Que se perdeu, desde criança.

A madrugada em seu peito
Não se dissipa, assim, direito
Quando seu sol traz o amanhã.
Como uma luz no fim de um túnel
Espera aflita o fim do mundo
Ou o comprimido da manhã.

É noite longa em seus cabelos,
Seus olhos, buracos negros
Seu corpo, a dor da explosão
Dos meteoros dentro dela
Que ao jogados da janela
Trouxeram o Big Bang ao chão.

Seu mundo cinza teve fim
Na glória triste, o desistir
Do universo que é o “si mesmo”.
Sua confusão que se acabou
Quando do quinto andar, pulou
Na gravidade de seus medos.

E a ambulância tem o som de céu.

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