Manual de Caça a Monstros (2020) da Netflix

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E é no espírito de Halloween que vamos seguir com uma fantasia infantil que ganhou os comentários nas redes sociais. Grande parte deles para elogiar Tom Felton, o ator britânico que foi vilão outra vez nessa produção. O título original do filme é “A Babysitter’s Guide to Monster Hunting”, adaptação do livro de Joe Ballarini, uma trilogia para quem estiver interessadx.

Kelly Ferguson (Tamara Smart) é uma garota que sofre bullying na escola. Também chamada de “garota monstro” por ter dito a todos que monstros a visitaram certa noite quando ela era criança. Como qualquer garota da sua idade, ela também tem um crush e não poderia ser ninguém menos do que o popular da escola. Seu plano para “tentar alguma coisa” daria certo se ela fosse à festa de Halloween em que toda a escola foi convidada, mas a mãe de Kelly pediu para que ela fosse babá de Jacob (Ian Ho), filho da chefe da mãe (vocês entenderam kkk).

Tudo parecia estar indo bem até que Jacob foi raptado por três monstros e Kelly não teve outra escolha, juntou-se a Liz (Oona Laurence), uma babá caça-monstros que apareceu aleatoriamente nessa história. Agora cabe a Kelly recuperar a criança antes que a mãe de Jacob volte da festa.

Já é marcado termos filmes americanos bem óbvios. Aquele formato cheio de frases sem sentido que servem para entreter a garotada. Pois é, esse é o caminho. Não tem como esconder, os furos de roteiro e as desculpas de “tempo corrido” foram usadas aos montes. Esse filme tem mais buracos que o Bob Esponja, pode ter certeza.

Bom, e Tom Felton? Para quem conhece o clássico filme do Tim Burton, “Os fantasmas se divertem”, conhecem Beetlejuice. Okay, se você conhece, saiba que Felton COM CERTEZA se inspirou nele. Impossível de dizer que aquela atuação levaria todo o enredo do longa, mas foi algo que aconteceu bastante. Mesmo assim, como logo vi a semelhança entre ele e Beetlejuice, vi que nem o tempo tornaria aquele personagem empolgante.

Por mais que os efeitos especiais sejam bons (não perfeitos, porque tem momentos que… pelo amor), o tempo para acabar a história parecia não ter fim. Me senti vendo séries da Disney em que os personagens estão em uma caixinha cheia de frases surreais e de vergonha alheia. Talvez seja essa a melhor comparação para que você, caro(a) leitor(a), entenda o filme. Muito me lembra uma preocupação em ter representatividade e personagens perfeitos.

OBS: o crush de Kelly, pela primeira vez depois de muito tempo em filmes americanos, parece alguém da idade dela. Não um homem bombado interpretado por um ator de 28 anos cof cof.

Ainda assim, você pode curtir “O Manual de Caça a Monstros” se procura algo leve para se descontrair. Indico fortemente um acompanhamento alcoólico, difícil não se sentir atraído a pular para outro filme do catálogo.

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