Oi, gente! Antes de começar a resenha, gostaria de me apresentar. Meu nome é Haydée Lara e sou a nova integrante do blog. Espero que vocês gostem das minhas resenhas, e não há melhor jeito de começar a não ser falando dessa grata surpresa que merece todas as premiações do mundo, vamos lá.
Parasita foi lançado em novembro do ano passado e já ganhou muitas premiações até aqui, além de ter concorrido a nada mais nada menos que S-E-T-E categorias no Oscar de 2020 (o que pra um filme coreano é realmente impressionante). Levou, para a surpresa de todos, as estatuetas de “Melhor Filme”, “Melhor Filme Internacional”, “Melhor Roteiro Original” e “Melhor Diretor”.
O filme conta a história da família Kim que é pobre e vive em um porão semi-subterrâneo na Coréia do Sul. O filho dessa família recebe o convite de um amigo para trabalhar na casa de uma família rica, os Park. A partir daí, os Kim enxergam nisso uma maneira de ascensão social e começam a bolar um plano para se infiltrar, um a um, como empregados na mansão da família Park.
O que era pra ser um plano bem articulado e infalível, acaba se envolvendo em reviravoltas complicadas que podem custar caro a todos os envolvidos.
O diretor faz um trabalho realmente merecedor de premiações, é até difícil definir um só gênero para a história, porque Bong Joon-ho foi capaz de inserir vários gêneros diferentes para cada situação, com um tom ora dramático ora engraçado.
Para isso, escreveu um roteiro muito bem amarrado com uma premissa interessante e um ápice que faz a gente ficar com o coração bem acelerado, viu? Confesso que depois de Parasita precisei conhecer outros filmes dele e não me decepcionei.
Vale destacar aqui a maneira como a temática da desigualdade social é trabalhada. De um lado acompanhamos uma família lutando do jeito que pode para alcançar condições mais dignas de vida, e de outro, uma família completamente imersa dentro de sua bolha social, preocupada com mais nada além de futilidades e gastando dinheiro sem nem se importar.
A fotografia tem como objetivo justamente evidenciar essas diferenças. É usado planos mais apertados e sem cor para as cenas do porão e planos mais abertos e coloridos para as cenas na mansão, que inclusive é tão grande que às vezes parecia vazia.
As atuações foram todas muito boas. Em nenhum momento, desgrudei os olhos da tela porque todos os personagens tem um certo carisma que faz a gente querer conhecer mais sobre alguns e torcer por outros.
Aqui destaco a atriz Park So Dam, a Jessica, que é uma garota cheia de recursos para conseguir o que quer e o pai, vivido pelo ator Song Kang-ho, que somente com o olhar foi capaz de transmitir extremo desconforto a quem assistia.
Parasita vem para dar um tapa na cara de todo mundo que só sabe apreciar Hollywood. Também mostra que o cinema coreano pode ser tão bom quanto. Eu mesma comecei a ficar viciada depois que assisti. Nas palavras do próprio diretor: é preciso vencer as barreiras da legenda.
E vocês, pretendem dar uma chance pro cinema coreano? Comentem o que acharam do filme e deixem sugestões de resenhas que vocês gostariam de ler por aqui. Obrigada pela companhia e até a próxima!
Por Haydée Lara.