Robin Hood (2018)

Caro(a) leitor(a), esta postagem é uma resenha do filme Robin Hood. Não o com Gerard Butler gostoso de 2010 ou Kevin Costner, feito em 1991. Até parece uma ideia não tão ultrapassada, mas quando eu fui dar uma pesquisada, achei oito filmes relacionados com ladrão inglês. Criatividade ou não, se você está um pouco interessado(a) deve ter sido conquistado(a) pelo protagonista (o Robin, claro) interpretado por ninguém menos que Taron Egerton (o cara lá de Kingsman).
 
Pois é, mas o que esse filme tem de diferente dos demais?
 
As cenas retratam bem do início a vida do Robin (que é um Lorde, por sinal) com uma pegada de herói. Com dinheiro e uma vida modéstia, ele acaba conhecendo Marian, uma pessoa simples que tentava roubar um cavalo do condado. Como já comecei com o nome dela, deve imaginar que esta deve ser o par romântico de Robin e que eles viverão felizes para todo o sempre.
 
Bom, como eu tenho comprometimento em manter longe o senhor spoiler, não entrarei em detalhes, contudo, o fato que a relação deles vai passar por momentos turbulentos (e até diria acizentados).
 
O que Robin não contava era ter que ir à guerra e ficar anos longe de suas terras (e sua amada, claro). Quando volta, percebe que está sem nadinha de nada, porque o Xerife de Nottingham confiscou tudo (sim, um verdadeiro cretino). Como se não bastasse ter perdido sua amada para Will Scarlet, um minerador revolucionário, interpretado por Christian Gray Jamie Dornan.
 
Por sorte, o nosso herói não está sozinho nessa aventura de conseguir repor a paz em Nottingham. John (interpretado pelo incrível Jamie Foxx) o ajuda após retornar da guerra como inimigo. Como Robin tentou salvar seu filho, John o segue até solo inglês para serem bffs (ou quase isso). Na verdade, eles também tem uma relação de aprendiz e mestre, visto que John é um excelente arqueiro e Robin não é ainda o Robin Hood super-habilidoso que conhecemos. 
E o filme é bom ou não?
 
Caro(a) leitor(a), tenho que explicar primeiro que o universo que se passa a história não é exatamente no passado. Bom, era para ser. Tem carruagens, espadas e tal. Porém, o vestuário dos personagens parece algo que você facilmente encontraria em uma Zara. Sim, casacos estilosos, vestidos de festas e blazers formais são algumas das peças que você encontrará no decorrer do filme. E isso atrapalha? Não, mas poderia ter feito um conjunto completo de modernidade. Ambiente e roupas, não apenas um, porque ficou perdido no meio de tanta coisa. 
 
Outro ponto é o vilão, o tal Xerife tem muito poder para quem é “apenas” um xerife. Ele pode ter apoio da igreja (muito influente, na época), porém, não convence. O ator que interpreta é de mão cheia competente para o papel (fez filmes como Batman – O cavaleiro das trevas, Rogue One, Jogador Nº1 e Austrália – além de estar em Capitã Marvel), por outro lado, o personagem não passa de um vilão tabelado sem qualquer atrativo ao telespectador, mesmo com um diálogo intrigante com o protagonista.
 
Jogar um “cara mal” em um filme de bilheteria não salva o enredo. Isso é tão importante que ficou claro que o interesse do público ficou voltado para o que dava mais destaque no filme, a escolha que Marian iria fazer entre seu antigo amor, Robin, ou seu “atual” amor, Will. Um verdadeiro EdwardVSJacob, eu diria. Mas vou deixar para você, leitor(a), dizer quem seria quem.

As críticas não foram boas do filme, infelizmente. Um roteiro genérico (como foi descrito por muitos), tentou agarrar vários dilemas (revolução, desigualdade social, por exemplo) sem conseguir desenvolver bem nenhum. O que não significa que o filme é chato ou horrendo de ver. 

Houve cenas engraçadas que tiraram risadas da plateia, como também, cenas ricas em produção artística (o que era de se esperar de um filme com orçamento alto). As de ação também não ficam atrás com muita explosão, luta e tiros de arcos pairando por todo lugar (quase um carnaval no Rio). Por outro lado, algumas cenas românticas ficaram bregas (bem bregas mesmo e olha que eu adoro um romancezinho), sabe quando bate aquela vergonha alheia? Isso mesmo.
 
Caso você tenha visto (ou vai ver) pelo protagonista, vale a pena. Rendeu algumas cenas muito bem trabalhadas e musculosas (e suadas) de treino (só estou dizendo). Mas não precisa correr para ver no cinema, é um filme que pode ser visto em casa tranquilamente (a não ser que você queria ver anatomia em 3D). 
Comenta aqui embaixo se você vai assistir o filme ou se assistiu e o que achou. Quero saber <3

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