Roma (2018)

Os filmes costumam passar duas coisas: histórias e mensagens sobre determinados temas (geralmente são críticas).
A película Roma, dirigida por Alfonso Cuáron (premiado como melhor diretor pela academia), traz esses dois fatores. Narra a história de Cleo, uma empregada e babá (na resenha, planejo explicar melhor), e ao mesmo tempo mostra como as mulheres no final das situações estão sozinhas, e claro temas menores, como: a briga por terras, manifestações políticas, cunhados chatos e machistas, hábitos estranhos, etc.

Bom, um resumo rápido, o filme vai contar a trajetória de Cleo (Yalitza Aparicio, que também concorreu para ganhar uma estatueta pela excelente atuação), como empregada e babá em uma casa de família, junto a sua irmã, ambas ficam responsáveis (na verdade, vamos perceber que isso é válido somente para ela) pelo cuidado das crianças. Porém, situações externas vão afetar fortemente Cleo e os seus patrões (gostaria de falar para vocês, mas terão que assistir, oh meus anjos!).

É nesse período de crise que mostra duas coisas interessantes: como as mulheres aprendem a se virar sozinhas, diferente dos homens (claro há pessoas e pessoas), e como as relações pessoais mudam, criando uma aproximação de ambos os lados para enfrentar as novas situações que se aproximam.

Além disso, o filme narra a infância do diretor Cuáron, claro, observando como uma criança vivia na década de 70, no México, nas situações que englobavam o país na época, veja:

1. Na política, havia a ascensão de Luis Echeverria Álvares, como presidente do México, observa-se que em algumas cenas, vê esse sobrenome “Echeverria” em alguns posteres, ou em falas de alguns coadjuvantes; em paralelo ocorriam manifestações estudantis;

2. Na cultura, observa-se uma influência da moda Norte-Americana, mas vê que os personagens mais urbanos (ou a classe média) usava essa roupa, enquanto o pessoal mais rural (ou os mais pobres), usavam roupas de lã ou criação própria;

3. Também é possível ver, um poster escrito “México 70”, fazendo referência a copa do mundo que ocorrera naquele ano (quem ganhou foi a nossa seleção canarinho (Brasil)).

Ou seja, a criação de um figurino elaborado para trazer os ares da década de 1970 ao público.Não somente a trama, que gradativamente envolve o telespectador e faz você se preocupar com o personagens, sempre querendo ver o melhor lado deles, mas sua fotografia cria um clima interessante.

 

A fotografia de Roma (eles ganharam um óscar como melhor fotografia) traz consigo uma combinação de modernidade e antiguidade, de um lado temos a alta tecnologia do século XXI (falo isso nos meios de gravar quanto os meios de editar). E por outro lado cria-se uma edição em preto-e-branco, com o intuito de olhar o passado como um preto-e-branco.

E veja, durante as gravações de Roma, houveram furtos de materiais fazendo aumentar o tempo da gravação (isso nos mostra que mesmo tendo planos e algo se abater sobre eles, não devemos desistir, mas sim continuar lutando para atingir o resultado), mesmo assim, conseguiram entregar um trabalho excelente.

Senhores, Roma é uma película que beira entre o passado e o presente, te envolve na trama, faz você chorar (realmente) e se importar com os personagens. Ao mesmo tempo, me fez lembrar da nossa terra Verde e Amarela, e alguns de seus fatores que caminham sobre ela.

Bom pessoa, por hoje é só, agradeço por terem chegado até aqui, até terça que vem, meus anjos.

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