Russian Doll (2019-) da Netflix

O que você, caro(a) leitor(a), faria se estivesse revivendo e morrendo o mesmo dia inúmeras vezes? Eu certamente teria desistido no primeiro segundo, porque morrer incansáveis vezes de jeitos diferentes não é um desafio que qualquer um toparia. 

Nadia (Natasha Lyonne) não tinha essa escolha. Depois de morrer atropelada no dia do seu aniversário, essa tragédia se repete de formas diferentes durante muito tempo (evitando dar spoilers). Sendo uma programadora muito inteligente que opta por estar loucona nas festas e sair com caras aleatórios, nada em sua vida parece tão problemático assim no início.

Para tentar sair dessa loucura, Nadia procura a causa que possa ter a levado àquela situação. Seja algo que tenha consumido ou alguém que tenha falado. É tão complicado que ela não chega nem a passar de 24h da noite de seu aniversário, ou seja, tudo reinicia no banheiro do apartamento de sua amiga Maxine (Greta Lee).
 
A animação começa quando ela descobre que não está sozinha nesse delírio. Alan (Charlie Barnett), um homem certinho, apaixonado pela namorada (ao ponto de pedi-la em casamento), também acaba se esbarrando na Valente Nadia. Os dois estão com a vida amorosa um verdadeiro caos, Alan é corno que vai levar um pé na bunda enquanto Nadia não consegue compromisso sério com o relacionamento antigo pelos problemas de seu passado.

Hmm, achei intrigante. Indica?

Apesar da ideia do filme “A morte te dar parabéns” ser legal, a mesmice torna os primeiros episódios chatos. Começando pelo fato de que Nadia não é uma protagonista carismática. Ela é aquela fodona que não precisa da ajuda de ninguém e vive como quer. O fato é que os personagens coadjuvantes não são desenvolvidos, o que joga a responsabilidade na protagonista de entreter em dobro.
 
Como a vida dela está no repeat, os coadjuvantes não tem muito o que fazer. Por isso, a história dá uma melhorada com a chegada de Alan. Que assim a protagonista consegue se desenvolver melhor (para a nossa alegria). Ainda assim, a série tenta comprar o telespectador com cenas forçadas de sexo, drogas e álcool que poderiam existir se não tivessem sustentando um roteiro mal elaborado.


A atuação é boa, a atriz de Nadia consegue se encaixar bem em uma personagem durona. A trilha sonora também merece parabéns (Netflix não decepciona nesse requisito). O final deixa o gostinho de quero mais, porém, é uma luta para conseguir não dormir ou morrer de tédio antes disso.

Comenta aqui embaixo se você vai assistir a série ou se assistiu e o que achou. Quero saber <3

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