Em 2004, estávamos morrendo de rir com um filme o qual dois policiais negros se vestiam de duas mulheres ricas e brancas para se infiltrarem na alta sociedade no clássico “As Branquelas”. Um ano depois, eu morria de rir com “O Pequenino”, feito pelos mesmos irmãos que fizeram os protagonistas no filme anterior.
Em ambos os filmes, tenho lembranças de dar boas gargalhadas, e agora, eu me pergunto se virei uma pessoa mal-humorada e não rio mais de tudo ou se realmente o filme é sem graça… desculpa o spoiler da resenha.
Alan (Marlon Wayans) vai ser pai, e a felicidade circula esse homem bem sucedido. Mas as situações pedem um histórico familiar, o que faz com que Alan procure seu sogro, um juiz federal que lhe arruma pistas sobre o assunto.
Nosso futuro papai vai atrás e encontra não só um irmão, o Russell, como também, encontra uma caixinha escondida que possui informações de outros 4, além da notícia de que sua mãe faleceu. Alan acaba se envolvendo numa busca por várias cidades querendo encontrar todos os irmãos, enquanto deixa sua esposa em casa, gerando diversas confusões por onde passar.
Agora, por onde eu começo?
Primeiramente, parabenizar a coragem do ator. Fazer uma cena conversando com “ninguém” (sendo quase um monólogo) deve ser bem complicado. Você tem que imaginar toda a cena e como o “outro personagem” vai estar.
Porém, tudo é bem fluido na medida do possível. Marlon contracenando com Marlon, diferente dos outros filmes em que existiam dois irmãos de verdade em cena. Um mérito do ator e de toda a produção (câmeras, editores, diretores, etc). Contudo, isso não quer dizer que o filme funcione. A produção é cheia de problemas.
Os irmãos, por mais que sejam gêmeos, são mal definidos e elaborados, possuem piadas que se parecem o tempo todo, compostas de uma base no exagero, deixando assim o filme cansativo depois de alguns minutos. Fica até fácil prever qual piada vai ser colocada diante de algum acontecimento.
Seis Vezes Confusão ainda tem um desfecho bem papelão com um plot twisted que, de tão obvio, perde a essência do significado da palavra. Ah, sem falar num drama “familiar” que serve como último apelo no filme.
De verdade, não sei para quem recomendar o filme. Não posso dizer que “se você gostou de algum outro filme dos irmãos Wayans, você vai gostar desse”, porque estaria mentindo. Nesse momento, não me veem nenhum filme bom a cabeça que possa servir de comparativo, talvez Norbit, mas cá entre nós, leitor, Norbit é um filme que Thanos esqueceu de apagar da existência.
Se ainda sim, você for o espectador que curti piadas escrachadas, bem no nível Aritoledo 2000, saiba que talvez você tenha um prato cheio nessa produção.
Eu sou o Valente Asan, e a mim foi dada essa missão. LIBERTE-SE!!!
Só pelo trailer já saí correndo kkkkk