Skyward (2018) de Brandon Sanderson

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Brandon Sanderson extrapola os limites em suas criações e é impossível conseguir classificá-lo em um só gênero literário. Skyward, sua nova mirabolante saga, é uma dessas histórias em que a ficção científica se cruza com a fantasia, recebe leves toque distópicos, uma camadinha de suspense, pitadas de drama e romance, e no final temos uma obra incrível.

“Brandon Sanderson é simplesmente um escritor brilhante. Ponto.” – PATRICK ROTHFUSS, autor de O Nome do Vento.

Depois de quase serem extintos, os remanescentes da raça humana estão presos em um planeta que é constantemente atacado por uma espécie misteriosa de alienígenas. Pouco se sabe sobre quem eles são e quais os seus verdadeiros propósitos. Tudo o que sabemos é que eles fazem o possível para acabar com os humanos, mantendo-os encurralados em Detritos. O planeta leva esse nome porque é rodeado de lixo especial, tanto que é quase impossível enxergar o céu entre os escombros.

É neste palco onde conhecemos Spensa, uma adolescente que tem o sonho de se tornar piloto, como seu pai, Chaser, um dia foi. Um dos principais empecilhos que ela encontra pela frente é a consequência dos atos dele, que desertou em uma das maiores batalhas contra o inimigo e precisou ser abatido por isso. Desde então, Spin vive às sombras da reputação do pai, conhecida como a filha de um covarde. Entre a persistência de se tornar piloto, ela também fará de tudo para provar que todos estão errados sobre ele.

 

Algumas vezes, as respostas que precisamos não combinam com as perguntas que fazemos.

Outros destaques (além da própria Spin), são os personagens de Jorgen (o famigerado Jerkface, ou Babaca), M-Bot (a nave que é melhor que muita gente) e Doomslug que é extremamente carismática embora seja uma lesma. Jorgen é o líder e a relação dele com Spin é interessante, o esquema enemies to friends geralmente é um clichê mal trabalhado, mas gostei bastante de ver o relacionamento deles se desenvolvendo, e quem sabe no futuro o autor não nos dê um friends to lovers? Jorgen é muito mais do que eu esperava que fosse e quero muito ver os rumos que ele vai tomar na continuação dessa obra-prima.

 

Não dava para ter medo do escuro quando se era um combatente. E eu era uma combatente.

As cenas de ação são eletrizantes e muito bem escritas. No início, demorei um pouco para pegar o ritmo da narrativa, porque tive dificuldade de me situar no cenário, mas depois que me situei eu não consegui largar o livro. As expectativas depositadas foram atendidas com sucesso e só posso torcer para que a continuação seja tão boa quanto este livro.

O livro é ideal para iniciantes do gênero e para jovens leitores que encontrarão em Spin uma nova definição para coragem.

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