The Devil All the Time (2020) da Netflix

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The Devil All The Time é um filme de suspense dirigido pelo cineasta Antonio Campos. No elenco, muita gente conhecida: Bill Skarsgard (“It”, 2017), Tom Holland (“Homem-Aranha: de volta ao lar”, 2017) e claro, Robert Pattinson, além de outros nomes de peso. Distribuído pela Netflix, o longa é uma adaptação do livro homônimo do escritor Donald Ray Pollock. Inclusive, o próprio Donald narra o filme no idioma original.

O enredo reúne histórias de um grupo de personagens que vivem entre duas cidades do interior dos Estados Unidos. Somos apresentados a um ex-soldado perturbado pela guerra, um casal de serial killers, um pregador fanático, um reverendo de atitudes questionáveis e um xerife corrupto. Entre os anos 1940 e 1960, acompanhamos como as histórias de cada um se cruza e as consequências desses encontros.

Todos, sem exceção, encarnaram os papéis que foram apresentados. Dou as devidas honras a Sebastian Stan e Harry Melling (o Duda Dursley, de “Harry Potter”), pois demorei a reconhecer os dois em cena. Tom Holland e Robert Pattinson, sem comentários. A construção dos personagens deles, até o momento em que finalmente se encontram a sós, inclui maneirismos e detalhes que só boas atuações entregam.

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A montagem do filme brinca com as cenas quase o tempo todo, ao melhor estilo “Pulp Fiction” (1994). Ao invés do humor ácido do filme do Tarantino, aqui, nos deparamos com o drama. O filme apresenta alguns personagens junto à narração que dá detalhes sobre a vida futura deles e/ou nos omite cenas. Só então, algum tempo depois, o filme nos mostra com clareza os eventos ocorridos, por vezes distorcendo a cronologia da história.

Os recursos utilizados funcionam na hora de dar o suspense e, ao mesmo tempo, nos cativam a ponto de nos importamos com os personagens. O entrelaçamento dos núcleos é interessante e dá a oportunidade de o telespectador reconhecer padrões em contextos distintos nas cenas. Algumas situações se repetem, mas com outros personagens e de maneiras diferentes, criando uma atmosfera de autorreferências.

No entanto, algumas dessas autorreferências podem soar estranhas. Algumas coincidências pareceram convenientes demais para atender o roteiro, ou seja, alguns encontros poderiam ter sido melhor trabalhados. Nesse sentindo também, o ritmo pode ter sido prejudicial. Algumas cenas ou passagens poderiam ter corrido mais rápido para que outras partes fossem melhor desenvolvidas, como a do casal de serial killers que pareceu meio deslocada. Alguns vinte e poucos minutos poderiam ter ficado fora do corte final, sem problemas.

Tom Holland The Devil All The Time GIF - TomHolland TheDevilAllTheTime RobertPattinson - Discover & Share GIFs

O tom (e não é o Holland – ps: não tire esse trocadilho da revisão :3) também pareceu irregular. Ele é um filme tenso, tem algumas cenas pesadas (bons gatilhos), mas havia horas em que parecia leve em excesso. A trilha sonora podia ter sido mais incisiva também, principalmente quando o tom desandasse.

No mais, vale a pena dar uma conferida. É bem atuado, dirigido, editado e consegue cativar pelos personagens que ganham peso com um bom elenco. O plano de fundo sobre religião/fé, através dos vícios dos personagens, evidencia que a figura diabólica do título está em nós, esperando o momento certo para agir.

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O diabo de cada dia

Gênero: Drama, Suspense Psicológico

Data de lançamento: 16 de Setembro de 2020

Diretor: Antonio Campos

Elenco: Tom Holland, Robert Pattinson, Eliza Scanlen, Sebastian Stan, Bill Skarsgård e Riley Keough

Network: Netflix

País de Origem: EUA

 

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2 thoughts on “The Devil All the Time (2020) da Netflix”

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