Um Homem de Sorte (2018) da Netflix

Senta que lá vem drama! Aos que amam filmes europeus de época, eis mais um que poderá lhe atrair. Um homem de sorte é um filme dinamarquês baseado no livro de Henrik Pontoppidan. Mas o que ele tem de diferente dos demais? Bom, eu já começo dizendo que o que me atraiu de primeira foi o protagonista (ok, vai me entender quando vê-lo de terno… é de tirar o fôlego).

Per (Esben Smed Jensen) -porque sou íntima- é um homem que viveu uma infância difícil com um pai pastor. Determinado à deixar a vida do interior e seguir para Copenhague para prosseguir com os estudos no ramo da engenharia, tudo parece uma boa desculpa para dar um adeus àqueles que duvidaram de si.

O garoto de fato tinha um talento, criando projetos inovadores com cataventos. Sem dinheiro, Per precisou caçar alguém rico para financiar suas ideias, afinal, sua linhagem não ajudava a entrar pessoas influentes ao seu redor. Foi então que conheceu Ivan Salomon (Benjamin Kitter), um playboy que definitivamente foi convencido pelas ideias do quase engenheiro.

Per, assim, conheceu a poderosa família judia Salomon, principalmente as filhas do patriarca, Jakobe (Katrine Greis-Rosenthal) e Nanny (Julie Christiansen). Mesmo Nanny sempre manter um olhar de peixe morto para o jovem inventor, é a mais velha (e dona de uma herança maior), Jakobe, que consegue fazer o bom juízo dele entrar em parafusos.

Nesse desenrolar amoroso, ele também precisa lidar com melhores meios para fazer seus belos desenhos tomarem forma na vida real, até porque, ele precisa de dinheiro para sobreviver e sustentar o luxo de ser um convidado frequente na casa dos Salomon.

Muito ambicioso esse Per, não?

Devo começar alertando que o filme possui três horas. Por isso, um cafezinho seria muito bem-vindo aos que encararem o drama, mas talvez nem redbull o(a) salve de uma soneca. Acontece que Um Homem de Sorte é muito parado e conta com um protagonista que dá uns nervos. Sim, há momentos em que facilmente daria uma voadora na cara dele pelo nível de babaca que é.

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É certo de que a história mostra o quanto humanizado um personagem pode ser com seus próprios demônios, sendo egoísta e egocêntrico, porém, o fato de ter dado tantas chances para o Per mudar que me senti em uma roleta sem prêmio.

O cenário (em solo dinamarquês com muito verde quando não estão na capital) e as vestimentas de época são impecáveis, assim como, as atuações que, por sinal, renderam dois prêmios de atuação à Katrine Greis-Rosenthal.

Fãs de dramas europeus, se esta resenha lhe interessou de alguma forma, não deixe de conferir, pois o estilo calmo cheio de entrelinhas é tipico da categoria. Comenta aqui embaixo se você vai assistir ou se assistiu e o que achou. Quero saber <3

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