Westworld (2016-) da HBO

Bem-Vindos a Westworld, o seu parque de diversões!
Se você é daqueles serie maníacos que curte fritar os miolos antes, durante e depois que assiste aos episódios, está na resenha certa!
Aguardando ansiosamente a estreia da 3ª temporada — sei que não falo só por mim — esta série é baseada no livro e filme da década de 70, do autor, médico e biólogo Michael Crichton, criador de outro famoso parque de diversão, “Jurassik Park”; entre outras obras não menos consagradas.
Indiscutivelmente, Westworld, conta com uma produção de primeira e um elenco estelar! Encabeçado por ninguém menos que Sir Antony Hopkins; o criador do parque de diversões. A trama gira em torno deste divertimento para adultos que, na primeira temporada, tem o Velho Oeste como cenário principal, além de outros temas como Roma Antiga e Idade Média; todos guiados por robôs. Ou como se diz hoje: Inteligências Artificiais. Usando a própria fala dos personagens — anfitriões — dando as boas-vindas aos visitantes — forasteiros — quando chegam no parque:

Sem orientação, sem guia. Os anfitriões estão aqui para você. Neste mundo você pode ser o que quiser.

 

Dá para imaginar o quão longe se consegue ir em um lugar onde você é quem faz as leis? Mais ainda: todos que estão lá não são humanos, embora, incrivelmente, sintam e pareçam como se fossem. Qualquer coisa que se queira fazer com eles, na teoria, não importará, nem implicará em nenhuma punição perante a sociedade. Lembrando que, do ponto de vista fisiológico não estão vivos. E para finalizar qualquer “crise de consciência”, são resetados e reiniciados todos os dias.
Com base nessa ideia, os primeiros episódios irão tratar da eterna discussão do que é real, a partir do despertar dos androides; em especial da anfitriã Dolores que começa a dar “problemas de funcionamento”. O misterioso cavaleiro negro é outro personagem intrigante que parece um ser onipresente em todos os cenários de Westworld. Além disso, questões filosóficas sobre ética e natureza destrutiva do ser humano, são expostas literalmente de forma muito direta, nos fazendo encarar de frente nossos demônios, antes que seja tarde demais!
É impossível não fazermos comparações com a nossa realidade: Quem nunca se perguntou se o que vivemos é real ou sonho?
Na segunda temporada temos alguns cenários diferentes, no parque, destacando o Japão Feudal. Aliás, uma produção impecável em todos os detalhes! A velha fórmula “revolução das máquinas”, tornando-se conscientes, desejando a revanche contra seus criadores/algozes, os humanos, está consolidada e tem como líder a bela anfitriã Dolores, procurando desesperadamente a “porta de saída” para libertá-la e ao seu povo.
Interessante notar como cada vez mais ela vai ficando parecida com o inimigo que tanto odeia, já que está disposta a fazer qualquer coisa para alcançar seu objetivo!
Agora, se por conta disso, você espera que a série caia em algumas soluções clichês, está redondamente enganado! E aposto que, assim como eu, vai correndo para a internet procurar vídeos de análises e resenhas; porque apenas assistir aos episódios não lhe dará todas as respostas.
São tantas surpresas e caminhos improváveis trilhados por todos os personagens, humanos e androides, inclusive os secundários, como Hector, o cowboy, muito bem interpretado por Rodrigo Santoro; que nunca se sabe o que esperar de Westworld!
Mas de uma coisa podemos ter certeza: um roteiro perfeito como esse, aliado a uma produção de ponta, as expetativas são estratosféricas!

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