Tu, Matemática

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Tu és matemática complexa
E eu, rima subjetiva
Teu infinito, um conjunto numérico
Meu universo uma música finita.

Tu quantificas, eu só adquiro
Teu peito é um ábaco, teu eu, calculista
Enquanto eu só rimo, espero e reflito
Meu eu, lírico; tu, prosa científica.

Tu, Deus e arquiteto, projeta teus sonhos
Constrói os teus Édens, e a eles destrói
A cobra, tu lanças; pecado tu crias
A ti, desde o Gênesis o fim já se dói.

Eu, poeta errante
Analógico em teus binários
Teus uns e zeros, teu claro ou escuro
Eu, infinito entre dois pontos perdidos.

Não me enquadro bem em tuas estatísticas:
Não sei fazer parte da tua normal.
Nasci outlayer, um ponto distante
Erro relevante em teu espaço amostral.

Tua curva de sino, a mim, não ensina
Não sei ler tua lógica, mas sinto o teu cheiro
Teus planos eu não entendo, e os meus? Desconheço
Teu conjunto racional abrange o meu inteiro.

Guarda o teu ábaco, me toma nos braços
Abraça o incerto e descarta os padrões.
Esquece os projetos e se lança ao acaso:
Teu Excel cansado não suporta teu coração.

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