¿Cómo estás, caro(a) leitor(a)? A resenha de hoje tem o ritmo espanhol, mas para um local mais perto do Brasil. Sim, estou falando da Argentina! Estocolmo é uma série da Netflix que, infelizmente, não teve uma continuação (desde 2016, vale apontar) depois da primeira temporada, o que não necessariamente implica que é ruim (fica em aberto por enquanto).
A história começa com Rosario (Juana Viale), uma jornalista dedicadíssima prestigiada nacionalmente. Mais do que isso, ela também a filha da vereadora, Isabel (Leonor Benedetto), e do diretor do jornal, Alfredo (Jorge Marrale). Rondando a rica família Santa Cruz, temos o promotor, Franco (Luciano Cáceres), quem dará início às investigações de tráfico de mulheres na capital.
Falar do promotor-pedaço-de-mal-caminho não é tão simples, pois entre a sala de aula (pois também é professor universitário) e o escritório, este antiherói pratica atividades extracurriculares com suas alunas. Bem diferente com sua relação com Rosario, visto que ele a vê como uma sangue-suga da mídia para arrancar informações sem nenhuma compaixão e respeito à vítima.
Meninas mortas apareciam da noite para o dia jogadas na beira do rio, deixando o trabalho de Franco mais complexo e Rosario em sua cola. Como a imagem pública dela, as informações extras dadas pelo informante H do promotor acarretaram na sua captura (com direito a tortura).
Em paralelo com o tráfico, um serial killer bem esperto está a solta para unir vítimas com um padrão bem exigente: belas mulheres.
Mas será que vale a pena investir em uma séria que foi esquecida?
A série conta com erros bem pontuais, porém, deixaria ao seu critério após mencioná-los. Primeiro, temos uma estrutura diferente de reprodução das cenas. Como assim? Bom, passado, presente e futuro vem e vão durante o episódio, o que seria um “ok” se fosse apenas quando necessário. O problema está no fato de que são spoilers desnecessários, os quais poderiam ser usadas como material para um roteiro futuro das próximas temporadas. Em vez disso, o diretor preferiu bagunçar tudo e te deixar perturbado(a) para ver mais (só que ele não te dá tanto nesses momentos, então, você fica sem saber o que aconteceu entre uma cena do futuro e outra).
O segundo seria o desenvolvimento da trama. Para quem pensa que essa história de tráfico ficou por muito tempo, não se iludam. Poderia ter rendido uma temporada toda, mostrando a realidade na pele das vítimas, mas a série preferiu deixar o drama de lado e investir na investigação e, claro, no romance.
Em terceiro, temos um final “não acredito, cadê o resto?”. Para quem decidiu arriscar, vai ver na pele que a temporada termina como se fosse um episódio normal, pedindo – implorando – por mais. O que você tem no final são pedaços de um futuro que precisão de uma base. Seja no romance (tão focado em Estocolmo) seja no policial.
Ainda assim, venho aqui dizer que gostei da série (whoa, você leu certo). Ela me prendeu com personagens interessantes que tinham um ar de mistério o tempo todo. Seguravam seus segredos para o(a) telespectador(a) enlouquecer no sofá. A sua opinião sobre cada um deles pode mudar conforme passam os episódios, não que eles mudassem completamente, mas são explicados os porquês de muita coisa.
Por fim, Estocolmo tem aquela pegada latina que vai encantar quem curte o estilo. Se você não está acostumado(a), não arrisque na investigação aqui, pois ficou devendo muito. Comenta aqui embaixo se você vai assistir ou se assistiu e o que achou. Quero saber <3