Caro(a) leitor(a), sei que a língua espanhola pode ser um tanto chata para quem está acostumado a estar rodeado pelo inglês, entretanto, trago a resenha de As Telefonistas da Netflix para te dizer que nem sempre é assim. A série que começou em 2017 agora tem quatro temporadas para dar e vender.
Contando com o elenco: Ana Fernández, Ana Maria Polvorosa, Blanca Suárez, Maggie Civantos, Martiño Rivas, Nadia de Santiago, Nico Romero, Yon González, Concha Velasco, Sergio Mur, Carlos Kaniowsky, Antonio Velázquez, Iria Del Río, Ana Polvorosa, Luis Fernández, Ernesto Alterio, Tina Sainz.
Nossa história começa quando Alba entra na empresa de comunicação telefônica em Madri para assumir um disfarce de telefonista (a mulher que iria transferir sua ligação para quem você quisesse ligar) para conseguir roubar a emprega. Camuflando-se como Lídia, ela se depara com um antigo amor de sua vida, Francisco, que é casado com a filha da dona da empresa (olha o nível).
Surge, então, pelo trabalho, a companhia de Ángeles, Marga e Carlota. As quatro viram amigas, mas o que faz o jogo virar é a presença de Carlos. O boss dos bosses é um espanhol morto de gato, rico e solteiro. Claro que o fato de Alba Lídia ser uma mulher independente e forte, faz com que ele fique apaixonado por ela.
Mas as coisas não são tão simples, pois ela vive em um remember eterno com Francisco que ainda a ama (lá vai o drama). Enquanto Ángeles precisa lidar com o marido abusivo que a agride dentro de casa, a tímida Marga veio do interior e nunca teve um romance antes. Carlota é a vida louca que quer sair da casa dos pais e ditar sua própria vida (e seus relacionamentos atípicos para a época).
Entre angústia e felicidade, As Telefonistas entrega a vida quatro mulheres incríveis que lutam contra violência, assédio, discriminação, injustiças, preconceitos em todos os graus. Além de lidarem com a desigualdade social, pelo fato de Carlos e Lídia não terem o mesmo poder aquisitivo, e o universo lgbt.
E vem mais em mortes, perseguições, sequestros que só apimentam um enredo de deixar qualquer um louco para maratonar. Se você, caro(a) leitor(a), ficou se perguntando em algum momento o porquê de investir quatro temporadas dessas lindas, vai encontrar sua resposta logo no primeiro episódio que te deixa com uma vontade de quero mais.
A trilha sonora é atual e muito boa, sigo a playlist de todas as temporadas, porque não tem como não amar. A produção é impecável do figurino ao cenário, endeusando um elenco que se encaixou perfeitamente com cada personagem.
Para quem acredita que nossas quatro heroínas são formadas por uma personalidade tabelada, venho rebater ao dizer que todas têm suas peculiaridades com direito a cenas engraçadíssimas. Se você já conhece essa série, me conta se é #TeamCarlos ou #TeamFrancisco (pelo gif, entreguei meu).