Homofobia I

Hoje teve um enterro
Vi as pessoas de preto
E uma bandeira de arco-íris no caixão

Foi mais
Morto pelas nuvens negras
Da indiferença e do preconceito
Que o fecharam

Ele morreu
Por apenas mostrar suas cores
De liberdade, de ser ele de verdade
Mas aqueles que escondem
Seus desejos o mataram

Tiraram seu brilho
O seu sangue colorido
Corria pelas mãos sujas
Do asfalto sombrio

O mundo que suas mãos abre
No nosso país, seus olhos fecham
Para a violência
Contra seus arco-íris

Mas o mais engraçado
E ver aqueles que apoiam a liberdade
Mas quando um gay morre
Esconde a verdade
E apoia essa atrocidade

Apoiam o ódio
Nas costas de Deus
Dizendo que é algo da religião
Mas não declaram o ódio do seu coração

Até quando
O sangue colorido
A inocente alegria
Dos homossexuais
Será absorvida
Pelas nuvens negras
Do Brasil Varonil

3 thoughts on “Homofobia I”

  1. A morte de tantos homossexuais não deveria ser algo “comum”, mas infelizmente ainda é. Sonho com o dia em que a homofobia será existinta. Esse poema é muito forte. Obrigada por manifestar sua indignação em forma de arte

  2. Poema necessário para todos os seres humanos! Até quando ainda vamos ter mortes pela diversidade? É tão desolador saber que enquanto tantos poderosos saem em pune por crimes terríveis, outras pessoas são mortas apenas por amarem!

  3. Babih Bolseiro

    O mal do mundo é a humanidade! Gente! Deveria-se amar as pessoas. O amor não tem olhos, apenas coração. De nada adianta ir toda a semana na igreja, se dizer cristão e ser um preconceituoso do caramba (pra não dizer outra coisa), capaz de ferir alguém ou o que é pior consentir com essas tragédias. Somos todos coloridos. Achei o poema muito tocante!

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