[spb_image image=”22154″ image_size=”full” frame=”noframe” caption_pos=”hover” remove_rounded=”yes” fullwidth=”no” overflow_mode=”none” link_target=”_self” lightbox=”no” intro_animation=”none” animation_delay=”200″ width=”1/1″ el_position=”first last”][/spb_image] [spb_text_block animation=”none” animation_delay=”0″ simplified_controls=”yes” custom_css_percentage=”no” padding_vertical=”0″ padding_horizontal=”0″ margin_vertical=”0″ custom_css=”margin-top: 0px;margin-bottom: 0px;” border_size=”0″ border_styling_global=”default” width=”1/1″ el_position=”first last”]
Tu és matemática complexa
E eu, rima subjetiva
Teu infinito, um conjunto numérico
Meu universo uma música finita.
Tu quantificas, eu só adquiro
Teu peito é um ábaco, teu eu, calculista
Enquanto eu só rimo, espero e reflito
Meu eu, lírico; tu, prosa científica.
Tu, Deus e arquiteto, projeta teus sonhos
Constrói os teus Édens, e a eles destrói
A cobra, tu lanças; pecado tu crias
A ti, desde o Gênesis o fim já se dói.
Eu, poeta errante
Analógico em teus binários
Teus uns e zeros, teu claro ou escuro
Eu, infinito entre dois pontos perdidos.
Não me enquadro bem em tuas estatísticas:
Não sei fazer parte da tua normal.
Nasci outlayer, um ponto distante
Erro relevante em teu espaço amostral.
Tua curva de sino, a mim, não ensina
Não sei ler tua lógica, mas sinto o teu cheiro
Teus planos eu não entendo, e os meus? Desconheço
Teu conjunto racional abrange o meu inteiro.
Guarda o teu ábaco, me toma nos braços
Abraça o incerto e descarta os padrões.
Esquece os projetos e se lança ao acaso:
Teu Excel cansado não suporta teu coração.
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