A Rebelde do Deserto (2015) de Alwyn Hamilton

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Olá, pessoal. Todos bem? Espero que sim! Hoje vamos falar de um novo achado dos livros, uma fantasia diferente de tudo aquilo que já li – o que parece estar acontecendo com frequência ultimamente. Então pegue muita água, pois nossa nova aventura é no meio do deserto onde criaturas míticas habitam e cidades pobres se escondem. Prenda bem o sheema em seu rosto e prepare o cantil de água, pois estamos prestes a embarcar em uma viagem por uma terra desértica com seres mágicos e lendas antigas.

“A Rebelde do Deserto” conta a história de Amani, uma garota que foi morar com os tios após a morte da mãe. Seus tios, assim como seus primos, não gostam dela e seu tio, aproveitando da presença mostra interesse em torná-la mais uma de suas inúmeras esposas. Tudo que ela quer é liberdade e ir para Izman, onde encontraria a irmã de sua mãe e viveria na terra do leite e do mel, conforme diziam as cartas que a mãe recebia dessa tal tia.

 

Você é este país, Amani. Mais viva do que qualquer coisa deveria ser neste lugar. Toda feita de fogo e de pólvora, com um dedo sempre no gatilho. – página 225

 

Só que para escapar da cidade das minas de ferro do sultão, ela precisava de dinheiro. Era o único motivo que colocava a Vila da Poeira no mapa do país. Se transformando em homem, já que como mulher limitava o que podia fazer, Amani vai até uma arena na cidade vizinha e entra na competição de tiro. E lá conhece Jin, que horas depois vai ser procurado pelo exército do sultão por traição e é quando sua aventura no deserto de Miraji começa.

Vista como ameaça e também rebelde, com a ajuda de Jin, mais experiente que ela e conhecedor das terras, vão vivendo as margens para chegar onde devem.

Mas não é apenas os humanos que atrapalham a jornada. E a mitologia que a autora criou se mostra incrível. Há criaturas perfeitas e boas, como também filhos da deusa do submundo, maus. O deserto esconde essas armadilhas malignas, mas também foi a casa de Amani por quase dezessete anos. O fato é que ela tem uma ótima pontaria, oriunda das fugas escondidas da casa dos tios para praticar, visando defesa e fuga.

 

E então veio aquele sorriso. Talvez eu tivesse olhos que me traíam, mas Jin com certeza tinha o tipo de sorriso capaz de converter impérios inteiros. O tipo de sorriso que me fazia sentir que o entendia direitinho, embora não soubesse nada sobre ele. O tipo de sorriso que me fazia sentir que éramos capazes de qualquer coisa juntos. – página 118

 

Fugir e chegar em Izman era parte do único plano dela, mas o que fazer quando o único plano que você tem é jogado por terra, um exército inimigo está atrás de você e ser esposa e mãe não é seu desejo?

Um dos temas trabalhados na trama tem a ver com a construção da protagonista. A ideia de uma protagonista forte e buscando mudar sua vida é de uma mensagem de empoderamento incrível. Amani é uma personagem que sabe o que quer. Ela quer sair da Vila da Poeira a todo custo. As decisões que toma ao longo da narrativa vão servindo para compor os tijolos que servem como sustentação para a sua maturação como mulher. Vai percebendo, pouco a pouco, a importância de se responsabilizar por suas ações e que nem sempre estas serão as mais corretas ou as ideais. Isso até o momento em que suas decisões voltam para assombrar.

Compartilho da opinião de Jin que disse, quase no final da história, que sentiu falta da Bandida de Olhos Azuis do início da história. A autora faz uma queda vertiginosa na personagem ao amarrá-la demais a outros personagens. Amani ficava melhor com aquele espírito de pistoleira do início. Não gostei do desenvolvimento final dela, mas gosto demais de vê-la como protagonista.

Os demais personagens também são bem construídos apesar de não terem tanto espaço assim na narrativa. Vou falar apenas de Jin para não entrar demais na história. Ele serve como um bom parceiro para a protagonista. Alguns momentos dos dois são muito engraçados e servem para dar aquele momento iluminado em uma história vasta e desoladora. Os dois se complementam bem e em nenhum momento a relação dos dois me incomodou. A autora soube dosar bem estes momentos mais íntimos com o desenvolvimento da narrativa. Aos poucos, vamos descascando as camadas que formam o personagem. O desenvolvimento que acontece do Jin e a revelação no meio da história nem era tão necessária. Ele poderia ser um forasteiro simples mesmo. Mas, a autora quis fazer isso, então okay.

O livro tem uma escrita que flui. Não há dúvidas e nem furos nesse mundo novo criado. A autora cria um ritmo de tirar o fôlego do leitor e a única forma de respirar é lendo o acontecimento seguinte, mergulhar nesse mundo fantástico e deixar se levar nessa aventura junto com a protagonista.

 

O deserto de Miraji é governado por mortais, mas criaturas míticas rondam as áreas mais selvagens e remotas, e há boatos de que, em algum lugar, os djinnis ainda praticam magia. De toda maneira, para os humanos o deserto é um lugar impiedoso, principalmente se você é pobre, órfão ou mulher.

 

A pior parte do livro com certeza foi o último parágrafo, pois a vontade de ler mais e saber o que aguarda Amani e os amigos que ela fez durante a jornada é bem maior que a sensação de prazer que uma boa leitura acarreta. A gente fecha o livro já correndo para iniciar mais uma aventura na continuação.

Sem dúvidas uma das melhores leituras no universo fantástico. ‘A Rebelde do Deserto’ é um bom livro, com uma boa escrita, personagens interessantes – especialmente os secundários -, e um universo especial. Só não foi extraordinário para mim. Mas indico para os fãs de fantasia e livros com personagens Girl Power.

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O Sol é para todos

Autora: Alwyn Hamilton

Gênero: Fantasia

Ano de lançamento: 2015

Editora: Seguinte

Nº de páginas: 288

País de Origem: Canadá

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