Agentes da S.H.I.E.L.D. (2013-)

Eu gostaria de relatar que agora a missão não é fácil. Estou aqui para fazer a resenha do que (pelo menos eu acho assim) é o melhor material da Marvel transmitido fora das telonas. Vim falar sobre Agentes da S.H.I.E.L.D. O escudo da terra.
 
A série foi criada por Joss Whedon (conhecido por criar algumas series fantásticas como “Buffy ,a Caça Vampiros”, além de escritor de quadrinhos como em “Fugitivos” da Marvel) em colaboração com Jed Whedon (escritor e musico) e Maurissa Tancharoen (roteirista de séries como “Drop Dead Diva”). Aonde os três se cruzam? Eles tiveram participação na criação de Os Vingadores – The Avengers. E é desse filme que toda a história é gerada. Mas calma, vamos chegar lá.
 
Agentes da S.H.I.E.L.D. conta atualmente com 6 temporadas e já anunciada uma 7 e última. Doloroso, mas parte da jornada é o fim. Por 6 temporadas, observamos o mundo não só como um background dos grandes filmes da Marvel na Disney, mas somos colocados próximos a personagens que vivem no mesmo e lidam com ameaças tão terríveis quanto as que os Vingadores tem que lidar. 
 
O roteiro, paralelo com alguns filmes do UCM, sempre tem uma textura a mais para aqueles que caçam as referências na história. Por outro lado, o mesmo cria camadas novas de elementos os quais somos envolvidos a personagens diferentes com núcleos diversos e não é dada a necessidade de acompanhar filmes para entender a trama. Conexa, mas não dependente do universo no cinema.
 
S.H.I.E.L.D. na verdade é uma sigla que quer dizer “Superintendência Humana de Intervenção, Espionagem, Logística e Dissuasão”. Trata-se de uma organização criada por Stan Lee e Jack Kirby para os quadrinhos da Marvel em 1966. S.H.I.E.L.D. é uma resposta para a Hydra, uma organização nazista vilã nas histórias. Mas HQs e a série começam a se dividir. A série lança seu foco em personagens próprios com origens únicas, mas, ao mesmo tempo, fazendo referência ao material original.
 
Phil Coulson (Clark Gregg que interpreta o mesmo personagem em filmes do UCM) morre em um filme do UCM, mas isso nem é spoiler (quero dizer, até é se você não viu o primeiro filme dos Vingadores), nesse ponto origina-se o estopim para uma trama que se desenvolve logo na primeira temporada, já que Phil Coulson aparece vivo em busca de Skye (Chloe Bennet, que empresta a voz para a mesma personagem na animação “Marvel Rising – Secret Warriors”), conhecida no mundo dos hackers, uma mulher que invade sistemas do governo. 
 
O agente Coulson precisa formar um grupo com especialistas novos para investigar casos especiais, e um experimento chamado Projeto Centopeia, liderado por um indivíduo intitulado “O Clarividente”. Como se os problemas não tivessem de mais, a Hydra é descoberta dentro da organização, e todos ali podem ser inimigos.
No fim de Soldado Invernal, ocorre a queda da S.H.I.E.L.D. E assim, inicia-se a segunda temporada com um novo plano de fundo. Phil Coulson, diretor agora, tenta retomar a confiança do governo e do público, a qual foi desmontada pela infiltração da Hydra. Para tensionar mais ainda a situação, começam a surgir pelo planeta, pessoas que possuíam um gene especial (o Inumano), os quais despertam peculiaridades após serem expostas a um determinado minério. 
 
Humanos sem esse gene especial, por outro lado, morrem, tornando o minério até mesmo uma arma perigosa. Durante, Skye descobre seu verdadeiro nome: Daisy Johnson ou, após ser exposta a pedra, é chamada pelo seu nome de heroína: Tremor.
 
Na terceira temporada Phil Coulson vai atrás de inumanos para formar uma nova equipe, os “Guerreiros Secretos”. O motivo dessa vez? A Hydra move suas peças para restaurar o inumano primordial, o Hive. Um arco sobre a Tremor é desenvolvido, mostrando sua família verdadeira, junto de uma profundidade maior no resto da equipe os quais são apresentados melhor na trama, e conhecemos mais de cada um.
 
Na quarta temporada, a S.H.I.E.L.D. volta a ser oficializada, mas dessa vez o background é o filme Capitão América – Guerra Civil. Então, o Tratado de Sokovia foi assinado, Daisy se torna fugitiva, Coulson é rebaixado a agente de campo e a S.H.I.E.L.D recebe a missão de registrar outros super-humanos, como Robbie Reyes (Gabriel Luna de “O exterminador do futuro 6”), o qual revela-se o Motoqueiro Fantasma. Em um núcleo diferente, Leo Fitz (Iain de Caestecker, “Operação Overlord”), uma das mentes mais brilhantes da S.H.I.E.L.D, trabalha em um projeto de inteligência artificial (que obviamente, nós todos sabemos… vai dar ruim).
 
Quando achei que a quarta temporada foi um “mind blow”, é apresentado a quinta, a qual no primeiro episódio é dado: a terra foi destruída. O motivo? Tremor. Sim, Daisy Jonhson exterminou a terra, e os sobreviventes foram feitos de escravo por uma raça alienígena. Isso tudo é descoberto pela S.H.I.E.L.D. do passado após ela ser levada para o futuro. E nessa temporada, evitar destruir a terra é a missão. Porém, até que ponto o passado tem que ser mexido para que o futuro possa ser mudado?
 
A sexta temporada conta com divisão da equipe, metade fica na terra recolocando a organização no eixo das coisas (lembrando que essa temporada se passa depois do estalar de dedos do Thanos) enquanto a outra metade da equipe parte pro espaço atrás de um membro sumido da equipe, ao mesmo tempo que a terra sofre invasão de alguma raça alienígena.
 
Agentes da S.H.I.E.L.D é feita para fãs de quadrinhos, apresentando personagens pequenos ou grandes (como uma ponta do Nick Fury de Samuel L. Jackson aparecendo), mas também é feita para quem nunca tocou em uma página de HQ da Marvel. Os personagens, por mais que tenham às vezes referência a algo da fonte, sempre tendem a sofrerem modificações e tornarem-se agradáveis para qualquer espectador ficar cativado. 
 
O enredo de cada temporada é dividido em três arcos que juntos fazem uma história completa que evolui a cada episódio, sem a necessidade de abrir espaço para histórias “soltas” que não levam à evolução. A série não tem medo de nitidamente mostrar-se como acontecimentos que ocorrem paralelamente aos filmes do UCM e não falham em nenhum ponto. Mesmo que você se pergunte “Onde estão os vingadores agora?” é provável que no mesmo segundo algum personagem responda citando até mesmo onde eles estão. Há personagens que até brincam com isso como desejando o corpo do Thor ou declarando ser leitor de fanfics da Daisy com a Natasha, dando um ar natural a existência dos super-heróis.
Vale ainda ressaltar que a série possui preparações com outros elementos como uniformes de alguns personagens, explicações “científicas”(nem tão verdadeiras, mas que sempre buscam manter um realismo), e abordar a cada temporada uma temática diferente, se preocupando sempre em mantê-las interligadas, mesmo que cada uma tenha narrativas diferentes.
Sou suspeito para dar um veredito sobre. Marvel é uma das minhas paixões em vida, e Agentes da S.H.I.E.L.D é sem dúvidas uma série maravilhosa. Ela conquista nos plots (como toda boa história envolvendo espionagem), dando crédito a todos os personagens. Não é porque Tremor consegue causar terremotos e outros abalos que ela seja mais importante que a chefa da divisão de ciência.
 
Em vários momentos da série, é demonstrado que cabeça é muito superior a músculos ou superpoderes. Política pode ser devastadora e personagens bons, podem se tornar maus por acontecimentos que o envolvem como uma bola de neve. Estamos falando de espiões. E nesse mundo, é melhor você ficar de olho bem aberto, porque a traição pode vir de quem você menos espera.
 
Eu sou o valente Asan, e a mim foi dada essa missão. Liberte-se!!

3 thoughts on “Agentes da S.H.I.E.L.D. (2013-)”

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