Aggretsuko (2018-) da Netflix

Oooiiii pra você que está lendo! A resenha de hoje é sobre… Aggretsuko!

Essa franquia de anime japonês é a perfeita definição do famoso “não julgue um livro – ou um anime – pela capa”.

Aggretsuko ou Aggressive Retsuko retrata a história da persongem Retsuko, uma panda vermelha de 25 anos empregada no departamento de contabilidade de uma empresa japonesa e que, em meio ao estresse cotidiano, alivia toda a tensão cantando heavy metal em um karaokê.

A rotina diária Retsuke se assemelha em muito a nossa, meros mortais. Ela acorda, enfrenta o transporte público mega lotado e, quando finalmente, chega ao trabalho tem que lidar com o chefe Tom (um porco de comportamento agressivo e abusivo), cujo objetivo é sempre sabotá-la.

Ademais, podemos ver com o avanço dos episódios seu desespero em sair do trabalho (o que a leva a alternativas um tanto… precipitadas). Junto aos colegas Fenneko e Haida (que aliás, tem uma quedinha por Retsuke), ela tenta enfrentar o escritório da melhor maneira possível e, claro, deixando toda sua fúria no karaokê.

Duas personagens femininas muito interessantes são acrescidas à obra: Gori e Washimi. Ambas têm cargos altos na empresa e representam o empoderamento da mulher e o quanto é difícil manter uma posição assim em uma empresa. Retsuke vê em suas novas colegas uma inspiração para enfrentar os abusos que sofre e tornar-se uma “mulher mais confiante”.

Essa animação antropomórfica surpreende muito a quem vê, não só pelo contexto nos quais as personagens estão inseridas como também pelas críticas ácidas ao ambiente corporativo. É impossível não se identificar com pelo menos uma situação vivida por Retsuko no trabalho.

Abordando temas como assédio moral, machismo, exploração e competitividade velada no ambiente de trabalho, perseguição, desigualdade de gênero, exaustão, estresse causados pelo ofício, qualidade de vida, insatisfação profissional e as incógnitas da vida adulta, Aggretsuko traz o melhor da crítica aliada ao humor perspicaz.

O que mais impressiona é a capacidade de familiarização que a animação oferece. Por exemplo, todos nós já trabalhamos ou conhecemos alguém que trabalhou em um local onde há o chefe chato e abusivo, a secretária fofoqueira, o colega puxa-saco, a supervisora venenosa e o amigo que compartilha das aflições profissionais. Sem falar no transporte público lotado, a dificuldade em acordar cedo e os estereótipos relativos à aparência a que somos expostos.

Além disso, todos nós precisamos daquela “válvula de escape” para dissipar o estresse do dia-a-dia. Retsuko, ao contrário do que todos pensam – por sua aparência super fofa e ingênua -, canta todas as noites no karaokê um belo heavy metal (eu amei essa parte, principalmente porque as letras das músicas têm muito a ver com o cotidiano da pequena panda).

Com personagens e enredos inteligentes Aggretsuko é ideal para todos aqueles que estão imersos na temida “vida adulta”, pois é leve sem deixar de ser crítico. Até quem não gosta do gênero anime vai se interessar por ele. Cada episódio tem em média dez minutos e a segunda temporada está disponível na Netflix desde abril desse ano.

E aí, se interessou por Aggretsuko? Se você já assistiu, me conta o que achou e se você se identificou! Mas, caso ainda não tenha visto, corre lá e depois dá uma passadinha aqui para dar sua opinião!


Ah! Falando nisso, o que você faz para aliviar o estresse do dia-a-dia? Vamos trocar figurinhas hahaha

Que a força esteja com você!

Por Agnes Rufino.

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