Areia Movediça (2019-) da Netflix

Quando se trata de série ou filme, cujo o gênero é investigação criminal, eu com certeza me interesso com muita facilidade. Bem-vindos à resenha de hoje, irei falar sobre a nova série da Netflix, o sueco drama criminal “Areia Movediça” ou se preferirem, “Quicksand”.

A minissérie contém 6 episódios, com duração de quarenta minutos mais ou menos, e é baseado no livro “Störst av allt” (mesmo nome da série em português), escrito pela escritora sueca Malin Persson Giolito.

Foi distribuído pela Netflix, gravado na Suécia, e seu idioma original é a língua sueca. Seu elenco principal é comporto por Hanna Ardéhn, Felix Sandman, William Spetz, Ella Rappich, Reuben Sallmander, David Dencick e Maria Sundbom.

Um tiroteio aconteceu dentro de uma escola preparatória de classe alta, em um bairro rico em Estocolmo, e a estudante Maja Norberg (Hanna Ardéhn) é acusada de colaborar com o crime. Quando as autoridades e médicos chegam à escola, Maja se encontrava em estado de choque em meio à corpos, repleta de sangue. Mas após os exames constatarem que ela não tinha nenhum ferimento, acabou sendo presa e levar a culpa parcial pelo massacre.

 

A série intercala os momentos em que Maja está na prisão com suas lembranças antes de tudo acontecer, e é esse o meio que temos para conhecer os personagens que foram envolvidos no massacre. Muitos detalhes sobre seu relacionamento com Sebastian Fagerman (Felix Sandman), este sendo o namorado que iniciou com o tiroteio, são ditos. Sua vida antiga é revelada, sua amizade com Amanda (Ella Rappich), seu pequeno caso com seu amigo estrangeiro Samir (William Spetz), assim como sua tentativa falha de ajudar Sebastian, um filho problemático, desprezado pelo próprio pai (Reuben Sallmander).

Durante vários meses, Maja passa por milhares de depoimentos longos e desgastantes, até finalmente chegar o dia de seu julgamento. Enquanto todo o processo ocorre, ela é mantida sob prisão sem o direito de ter contato com ninguém, muito menos de ter notícias do exterior, além do contato com seu advogado e os policiais. Presa com suas memórias, agora dolorosas demais para lembrar sem se sentir mal. Mas será que ela foi mesmo a culpada, afinal?

Do relacionamento abusivo, o consumo excessivo de drogas e álcool, o desinteresse de um pai pelo seu filho, até estupro e enfim o massacre. A série põe em evidência temas delicados e extremos, caso não seja uma pessoa que gosta de assistir este tipo de conteúdo, talvez muito nesta série incomode.

Com a ideia de intercalar o presente com o flashback, temos duas fotografias diferentes: o presente tendo tons mais escuros, as roupas e cenários que intercalam entre o tribunal e a prisão, dão ao expectador a ideia de ali o ambiente estar sem vida e quase sem esperança para Maja; o passado antes da confusão se iniciar tendo cores quentes e alegres, cenas de festa e músicas animadas complementam a ideia de como tudo era mais leve.

Por mais que seja uma ficção, muitas coisas são coerentes com a realidade, e há cenas bem feitas que fazem tudo parecer algo muito real, tanto quanto demonstra cenas intensas e melancólicas.

Os atores são incríveis. Os sentimentos bons são tão bem interpretados quanto os sentimentos como raiva, ou a tristeza, até mesmo as crises que Maja tem, por exemplo, são muito bem interpretadas. Os atores desta série, muito em foco o casal principal, contém uma maneira verdadeira de dialogar e de contracenarem uns com os outros, e falando em casal, Hanna e Felix possuem uma química indescritível, faz com que tudo que aconteça com o casal seja beirando a perfeição de serem realmente um par romântico.

Ella, que interpreta a amável Amanda e melhor amiga de Maja, possui um papel dócil, mas as cenas em que faz o papel de amiga preocupada é sincero e espontâneo. Mas Felix conseguiu se destacar com seu personagem rebelde, interpretando com maestria os momentos onde aparece usando drogas, bebendo, ou até mesmo em que é extremamente agressivo, descontrolado ou arrependido. Sua capacidade de mudar o humor do personagem de uma hora para outra é impressionante.

Por fim, se as descrições que dei lhe agradar, assista e desfrute desta nova minissérie da Netflix que com certeza é agora uma das minhas favoritas neste momento.

Espero que tenha a mesma sensação de satisfação que eu tive assistindo a essa produção sueca, obrigada por ter lido a resenha até aqui, deixe seu comentário aqui e se caso tiver alguma sugestão pode deixar aqui embaixo.

Comentem para saber a qualidade do conteúdo, também gostaria de saber se vão assistir, estão acompanhando ou se já assistiram a indicação de hoje.

Obrigada novamente pela atenção, até a próxima!

Por Isabela Cabolon.

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