Artemis Fowl: O menino prodígio do crime (2001) de Eoin Colfer

“Afaste-se, humano. Você não sabe com o que está lidando” por pouco a frase da capitã Holly Short não tinha virado minha assinatura no blog que estamos.
 
Hoje, senhoras e senhores, crianças e adultos, fadas, gnomos e anões (eu sei, vocês estão aí lendo isso), vamos apresentar a resenha de um livro. De uma franquia de nove livros, mas focando apenas no primeiro. Uma história que a Disney anunciou que dia 29 de maio de 2020 teremos adaptação cinematográfica (além da graphic novel já lançada), mas com um título um pouco diferente, “Artemis Fowl: o mundo secreto”.
 
Artemis Fowl é o único herdeiro da família Fowl, um clã antigo e conhecido no submundo. Famoso por seus membros lembrados pela arte da trapaça. Após o sumiço do pai de Artemis, a criança se vê obrigada a recuperar o buraco financeiro deixado na família. Pode parecer difícil, mas estamos falando da maior mente criminosa e criativa de todos os tempos.
 
A história do menino se inicia no Vietnã aonde, com a ajuda de seu guarda costas Butler, apresenta suas habilidades de tortura: aliando tecnologia mais sua mente calculista, “negocia” com uma fada, decadente pelo álcool, para que ela entregue aquilo que é chamado de O Livro, uma espécie de “Bíblia” da raça dela. Ao conseguir o objeto, Artemis começa a elaborar, enquanto traduz o livro escrito em gnomês, aquele que se tornaria seu maior plano: sequestrar um membro do povo feérico para cobrar um resgate (o “pote de ouro no fim do arco-íris”). 
 
O que Artemis descobriu de forma imprevisível foi que seu alvo do sequestro acabou sendo a Capitã Holly Short, do Esquadrão de Exploração, uma elfa valente e corajosa que mesmo presa, mostra-se uma adversaria difícil de lidar. Não demora muito para que Artemis se veja cercado por lendas celtas armadas com tecnologia mais avançada do que a humana, todos com a missão de resgatar a aliada. Mas mesmo a situação mais imprevisível há uma saída. Artemis já pensou nela.
 
“Artemis Fowl: o menino prodígio do crime” é um livro classificado como literatura “Young Adults”, um tipo bem comum em ambientações fantásticas, indicado para pessoas que gostem de ler sobre uma nova repaginada em lendas (aquele sentimento meio Percy Jackson). Somos apresentados trolls, fadas, anões, gnomos, diabretes, e muitas outras lendas feéricas mostradas em outras histórias como Senhor dos Anéis, mas aqui elas ganham uma roupagem dos dias atuais. Somos também apresentados a uma sociedade que mescla tecnologia com magia. Uma sociedade que mantém seus membros protegidos do “povo da lama” (nós, os humanos, isso até cutuca como uma crítica sobre o que o ser humano vem fazendo à “mágica” natureza).
 
O primeiro livro divide os leitores. Não é porque o Artemis seja o “vilão” da história que você necessariamente tenha que odiá-lo. Nesse ponto que somos envoltos pelo, talvez, maior trunfo do livro. Artemis e Holly são personagens diferentes, que dão ao leitor diferentes experiências de leitura. Somos colocados para conhecer uma criança fria e calculista, mas que possui motivos cativantes, nada rasos, enquanto que do outro lado uma fada forte e corajosa que luta até o último segundo. 
 
Fora isso, de maneira totalmente concreta, somos postos a conhecer personagens que circulam os dois. Butler, o fiel guarda costas do menino; a senhora Angeline Fowl, uma mãe que sofre de uma depressão profunda; Potrus, um centauro totalmente paranoico, mas muito inteligente; o rabugento Comandante Raiz, que tem forte carinho pela capitão Holly, mas que por esse carinho, vive dando broncas nela… Palha, o anão cleptomaníaco e comedor de terra… a lista é grande. Lembrando, estamos falando apenas do primeiro livro da franquia.
 
Meu parecer final é recomendar que você, leitor, conheça mais sobre a história: leia o livro. Dê uma chance ao primeiro. Garanto que você vai amar, e, arrisco dizer, até torcer pela vitória de um vilão.
 
Eu sou o valente Asan, e a mim foi dada essa missão. Liberte-se!!

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