Em oito de agosto de 2019, na plataforma de streaming da Netflix, teve a estreia de uma série que tinha artes marciais, poderes místicos, dramas de gangstar entre outras temáticas que englobavam essa macarronada que se chama Assassino Wu.
Criada por John Wirth (roteirista da série “Exterminador do futuro – as crônicas de Sarah Connor”), a série nos apresenta Kai Jim (Iko Uwais) um chefe de cozinha, em Chinatown no São Francisco, que recebe poderes ao ser possuído por um monge, tornando-o o “último assassino Wu”.
Seu propósito? O de sempre de uma boa serie com superpoderes: salvar o mundo de uma grande ameaça. Que, por sinal, com um toque de Lucasfilms, é nada mais nada menos que seu pai. “Kai, eu sou seu pai!”. Mas antes, como todo bom shonem, Kai tem que aprender a lidar com seus poderes (que lembram muito um certo Aang) em treinos com um espirito feminino (é um espirito, e é mulher, então usemos essa terminologia) até o dia em que ele possa se tornar apto a derrotar os “controladores elementais” que estão por aí fazendo o mal unidos a gangues. Tudo isso com toques de dramas, alguns romances, uma pegada meio policial… sabe pato? É, que anda, nada, voa, mas “tu sabe” que não faz nada direito.
A série começa boa. Apresenta os personagens, apresenta núcleos interessantes, mostra o espiritualismo que propõe trabalhar, e até o drama envolto do personagem principal ser apenas um cozinheiro. Agora, a história muda ao estar metido em algo maior que ele, como quando escolhe nunca matar ninguém.
Sou um chef, não um assassino.
Tudo muito certinho. O problema começa quando os vilões começam a ser inseridos, quando o Kai finalmente termina seu treino. O plot da história começa a ficar vago e avulso, como se problemas muito sérios tivessem soluções rápidas, como também, simples que “todo mundo sabia”.
Entretanto, era melhor não falar pra ter minutos de enredo com problemas menores. A produção tem pontos muitos bons: as coreografias de lutas são ótimas e muito bem-feitas (porque choras, Punho de Ferro?) e realmente parecem “artes milenares de lutas mongisticas”.
Mas é só isso. A série se perde na história e faz com que o espectador se perca um pouco no que ele assiste. Há certas cenas que se perde dez, quinze minutos, em dramas terceiras que poderiam serem resolvidas bem mais rápidas, e coisas que deveriam ser resolvidas em 2 episódios, em frações de minutos.
A sensação que a serie me passou foi que uma pessoa escreveu o início, mas outra pegou para finalizar. O começo me lembrou muito a animação “As Aventuras de Jackie Chan” com um toque de “Avatar – a Lenda de Aang”, contudo, o final me deixou muito mais com gosto de uma confusão de novela das seis. Não que seja ruim, só não faz meu tipo.
Assassino Wu possui uma faixa etária bem definida na sua classificação indicativa, pois tem lutas pesadas e reais. Nada de exagero, mas um soco dado em uma boca, vai ter sangue e dentes quebrados. Mesmo assim, posso ressaltar que violência não é o único fator que põe a classificação. Há temáticas um pouco “mais velhas” como uso de drogas, tráficos e mafias, por mais que tenha um enredo meio fantástico e mágico, ele embarca em problemas reais do submundo de Chinatown.
Vale uma segunda temporada? Talvez. Acho que uma segunda temporada vale a pena para tentar corrigir alguns erros da primeira. E a primeira também acabou com um enorme gancho, então, espero que continuem.
Olá tudo bem? Espero que sim 🙂
Adorei seu artigo,muito bom mesmo!
Abraços e continue assim.