Cafarnaum (2018)

Olá, meus sobrinhos! Empolgados para mais uma resenha do tio hoje? Eu espero que sim! Preparem seus corações, pois a película resenhada é deveras dramática, hoje apresento a vocês, CAFARNAUM, filme libanês, dirigido por Nadine Labaki.

A cinegrafia conta a história do jovem Zain Al Hajj (Zain Al Rafeea), um menino de doze anos que é preso por esfaquear um homem (não vou dizer mais detalhes, pois estaria dando spoiler), enquanto segue em cárcere, consegue denunciar seus pais por negligência e maus tratos.

O filme inicia justamente mostrando o rapazinho brincando com algumas crianças dentro da favela em que nasceu, como também, o trabalho que precisa fazer, pois trampa como entregador em uma mercearia.

É claro, ele estava com sua família, seus pais obrigavam tanto ele quanto seus irmãos à trabalharem vendendo balas, sucos na rua, porém, isso acabava se tornando algo comum, eles serem assediados por adultos, chamando-os para “algo mais”.

Um dos personagens que ele possuía mais contato é com sua irmã Sahar (Haita ‘Cedra’ Izzam), ele a protegia de grande parte dos assédios que aconteciam. Contudo, um dia, ele percebeu que a garota havia tido sua primeira menstruação, pois quando acordou, ao observar a cama que dormia, encontrou uma mancha de sangue no lugar onde sua irmã havia descansado.


Isso o preocupou em excesso, pois significava que ela poderia ser mãe, assim como, poderia ser “vendida” a qualquer homem que tivesse interesse por ela. Ao perceber o perigo que ela corria, Zain resolve juntar algumas peças de roupa e fugir com a irmã  antes que seus pais descubram.

Como nada na vida é fácil, os pais de Zain acabam descobrindo, expulsando a filha de casa e levando-a para a moradia de um possível marido. É claro que o personagem principal luta com unhas e dentes contra os pais para salvar a irmã, falo isso literalmente, porque ele puxa sua mãe com todas as suas forças, mas leva a pior, e também apanha. A partir daí, resolve ir embora de casa com as poucas coisas que tinha, e cai para o mundo.

A produção mostra a vida adotada por moradores de bairros esquecidos pelo poder público, o que devem fazer para garantir a sobrevivência, muitas vezes atos deveras desumanos.

A fotografia também é bastante interessante. Diferente de alguns filmes dramáticos que usam um plano mais escuro, o filme usa muita luz, mostrando todos os detalhes ao redor do personagem principal, além da miséria que há aos redores, a dureza, entre outros.

O que posso dizer dessa obra, é que é um filme que requer paciência, pois somente no início ele demonstra uma certa adrenalina. Afinal, estão ocorrendo diversas coisas, inclusive o citado nesta resenha, depois o clima da obra se torna lento, gradativo até o próximo clímax, claro isso com o objetivo de chamar a atenção de quem está assistindo. Portanto, recomendo muito para quem gosta de um drama, querendo ver uma boa reviravolta nos fatos, como também, se sentir um pouco na pele a triste realidade da miséria que muitos seres humanos podem passar.

Obrigado pessoal por terem lido até aqui, deixem aqui seus comentários sobre o que acharam da resenha. Estou muito curioso para ver o que acharam!

1 thought on “Cafarnaum (2018)”

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