Sonhos de Avalon: A Última Profecia (2017) de Bianca Briones

Caro(a) leitor(a), temos uma produção nacional na área de ficção para aquecer os corações saudosos de quem sempre esperou para ler uma aventura do Rei Arthur. Essa hora finalmente chegou, pois Bianca Briones iniciou sua saga com Sonhos de Avalon: A Última Profecia.

Tudo começa quando nossa maga favorita – irmã de Arthur, vale lembrar -, Morgana, começa a ter uma conexão com um universo paralelo. Sua ligação com Melissa, uma br como a gente, torna-se mais intensa ao ponto de trocarem de mundo. Assim, enquanto a alteza precisa sobreviver ao universo tecnológico do século XXI, a outra garota precisa entender o que está fazendo na Idade Média.

Nisso, o aclamado guerreiro Lancelot dedica seu tempo para ajudá-la na adaptação, além de unir forças para que Melissa se lembre de sua memória que fora apagada por Merlin (sim, é O Merlin mesmo). Tentador e sedutor, manter a cabeça no lugar na presença dele não é fácil, ainda mais quando é “comprometida” para casar com o bff do guerreiro, o Rei Arthur.

Tudo isso para que uma tragédia não aconteça com o rei e seu reino. Então, os planos de Merlin constituía, em base, tornar Melissa rainha, visto que ela tinha mais potencial do que pode-se imaginar.

E o veredito final?

Acredito que a história tem altos e baixos, mas farei questão de apontar os principais. Como primeiro livro, era notório que muitas coisas ficariam em aberto para que fossem desenvolvidas na sequência. Ainda assim, a autora soube guiar bem onde iria desenvolver (como o potencial de Mel).

Por outro lado, uma coisa básica que ficaria bem mais interessante e divertido seria ter visto uma verdadeira adaptação para ambos os lados, o que claramente não aconteceu. Melissa estava bem de boas naquele novo universo que -mesmo que ela tivesse uma noção sobre- não significa que iria saber de tudo com facilidade.

Melissa parecia tão moldada que não entregou um personagem intrigante que fosse único de alguma forma. Preciso confessar que não foi fácil ler um livro de ficção (que aprecio) com uma protagonista cópia. Isso só aumentou quando não houve espaço para fazer um triângulo amoroso, porque a autora deixou claro quem iria sair vitorioso desde o primeiro momento.

Como também, não houve cautela ao dinamizar Arthur como rei. Sinceramente, tinha umas horas que ele parecia tão submisso e outras que era dono de tudo. Essa bagunça também é vista quando se vê a dualidade de Merlin que provavelmente ganha seu desgosto (não por falta de interpretação, mas sim porque a autora amarra o personagem ao seu gosto).

Por outro lado, outros personagens como os amigos de Mel e os demais cavaleiros da távola redonda são carismáticos, dando uma chance ao leitor de se encontrar neles. É uma pena que eles são coadjuvantes.

Por fim, indico essa aventura romântica para quem tem interesse nas terras mágicas de Avalon, pois as referências estão em cada detalhe. Cuidado para não pegar na teia e ficar chateado(a) como eu, vendo o rumo que a história dava haha.

Comenta aqui embaixo se você vai ler ou se leu e o que achou. Quero saber <3

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