For All Mankind (2019-)

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“For All Mankind” fala diretamente para o espectador que gosta de imaginar o que teria mudado se determinado fato histórico de alta relevância na história da humanidade não tivesse acontecido. Ou ainda se acontecesse o inverso, como é o caso da corrida espacial na década de 60. E se ao invés dos EUA terem sido os primeiros a pisar na lua, fosse a URSS?

Essa é a intrigante proposta da série, apresentando, na mesma proporção, um leque infinito de possibilidades. Afinal, sabemos que qualquer fato por menor que seja sofrendo alteração, no passado, imediatamente uma nova time line é criada… aqui, os fãs de realidade alternativa e universos paralelos também se sentirão atraídos pela trama; portanto o que poderia acontecer, certamente, renderá muitas temporadas!

Seguindo a premissa de Philip K. Dick, em “O Homem do Castelo Alto”, outra excelente série, “For All Mankind” imagina um mundo completamente diferente, em que a corrida espacial jamais terminaria. Não seria difícil prever que os norte-americanos tentariam a todo custo reverter essa situação, sendo os primeiros a instalarem uma base lunar.

Teríamos a URSS disposta a tudo para não perder o posto. Seguimos na primeira temporada focada nos dois eventos marcantes, com uma produção caprichada mostrando o reflexo desses acontecimentos em todas as áreas da sociedade e na vida particular de cada personagem.

O roteiro sugere alternativas interessantes na política com o presidente Kennedy sendo obrigado a tomada de decisões completamente distintas das que conhecemos. Claro que não há como evitar os questionamentos derivados: será que o presidente seria assassinado? Haveria uma guerra do Vietnã? E se ocorresse, os EUA teriam interferido? Com esse raciocínio, décadas a frente, infinitas possibilidades!

A segunda temporada chega em fevereiro e promete mais acontecimentos diferenciados apresentando uma N.A.S.A. cada vez mais militarizada, pronta para declarar guerra, conseguindo, a qualquer custo, o pioneirismo da base lunar. Para isso é necessário dominar os locais ricos em preciosos recursos naturais. A então União Soviética não medirá esforços para continuar mantendo a liderança na corrida espacial.

Resta saber se o roteiro conseguirá manter o fôlego. Algumas vezes perdido na primeira temporada, em consequência da baita empreitada em uma trama com tantos desdobramentos. Além disso, espera-se que um protagonista finque seus pés na série para que o espectador tenha um norte a seguir nessa audaciosa jornada espacial “paralela”, digamos assim.

O astronauta carrancudo Edward é a aposta, “meio perdido” entre tantos coadjuvantes nessa história, porém ainda falta desenvolver muito o arco do personagem. No mais, produção de primeira em se tratando das cenas espaciais e lunares, trilha sonora Rock Classics sensacional! Chegada das destemidas astronautas femininas e a promessa de muitos conflitos interessantes à vista.

“For All Mankind” convoca todos os fãs de ficção científica e promete uma viagem e tanto!

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