IT: A coisa (2017)

“You’ll float, too.”  
 
Vem flutuar comigo na resenha de hoje? É, eu sinto, mas aqui não vai ter balão mágico, somente o balão vermelho do terror. Entrego a vocês, junto do palhaço mais temido do cinema, este conteúdo como um meio de saber se vale a pena assistir, ou não, ver a continuação que estreia em 5 de setembro de 2019 (ontem). 
 
Em 7 de setembro de 2017, 27 anos da estreia da primeira versão deste filme (espero que peguem a referência, mas se não, logo entenderá…), Pennywise retorna e chega aos cinemas brasileiros como um remake.  
 
IT: A Coisa, filme baseado num clássico livro de quase mil páginas de Stephen King, foi dirigido por Andy Muschietti, é um longa-metragem de 2 horas e 12 minutos. Seu gênero obviamente é de terro/ suspense, porém, tem um toque de comédia. Traz um elenco de peso, formado por Bill Skarsgård, Jackson Robert Scott, Jaeden Martell, Finn Wolfhard (famoso Mike de Stranger Things, amor da minha vida ~sorry Eleven~), Jack Dylan Grazer, Sophia Lillis, Jeremy Ray Taylor, Wyatt Oleff e Chosen Jacobs. 
 
It começa com o assassinato de uma criança enquanto cai uma tempestade, Georgie Denbrough (Jackson Robert Scott), num bueiro na pequena cidade de Derry. No verão de 1989, a rotina da cidade é abalada quando crianças começam a desaparecer e tudo o que pode ser encontrado delas são partes de seus corpos.  
 
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É então que o irmão mais velho de Georgie, Bill Denbrough (Jaeden Lieberher), junto do seu grupo de amigos Ben Hanscom (Jeremy Ray Taylor), Beverly Marsh (Sophia Lillis), Richie Tozier (Finn Wolfhard), Eddie Kaspbrak (Jack Dylan Grazer), Mike Hanlon (Chosen Jacobs), Stanley “Stan” Uris (Wyatt Oleff), formam o “Losers Club” ou Clube dos Perdedores.  
 
Um gago, um gordo, uma garota sexualmente ativa, um boca suja, um garoto hipocondríaco, um negro, um judeu. Os ‘fora do padrão’ que são constantemente atacados com insultos e bullying por serem diferentes, peculiares a seus modos. 
 
Logo, o “Clube dos Perdedores” também acaba ficando face a face com o responsável pelos crimes: Pennywise, uma criatura metamorfa, (em sua maior parte do tempo um palhaço amedrontador) que retorna em intervalos de 27 anos para causar medo e conseguir se alimentar. Assim, eles têm que enfrentar seus próprios medos pessoais no processo de derrotar esta entidade – ou seja lá o que ele for, a fim de colocar um fim nos assassinatos das crianças. 
 
Desde os figurinos e cenários, até os atores e as cenas, It é impecável. O conteúdo é bem fiel ao livro, desde a primeira cena com George, seu barquinho de papel e o bueiro. A história não apela para sustos qualquer, mas sim cria um clima de terror psicológico, o que é muito melhor – ou pior para outros. As cenas são um misto de suspense e humor, Finn Wolfhard traz a leveza cômica para o filme não ficar tão pesado. Finn consegue fazer cenas serem hilárias somente com uma frase, tornando quase impossível o ato de segurar a risada.  
 
Jaeden Lieberher contextualiza um drama discreto, porém, muito bem interpretado causando empatia por seu personagem. Sophia Lillis, a única garota do grupo, é um orgulho imenso e satisfatório ao demonstrar mil sentimentos, atuando apenas com sua forma de olhar.  Os outros atores protagonistas são excelentes, demonstrando a raiva, o medo, a superação, o drama… Atores perfeitos, para interpretar um livro perfeito.  
 
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A balança é equilibrada, não só pelos principais, antagonista, mas também pelos secundários que trazem um suporte impecável para entender todo o contexto. Os adultos são mostrados de uma forma meio apática, armando um clima pesado e sombrio, ajudando deixar uma tensão de perigo sempre pairando no ar. 
 
“Eu não sou real o suficiente para você?” 
 
Pennywise é o próprio medo, um tipo de bicho papão, nada mais real num filme de terror que o medo, certo? (Tirando alguns fiascos por aí). É a própria definição de terror, contenta-se em deixar seus alvos em pavor constante ao invés de matá-los, é imprevisível, poderia quase dizer que é debochado…, mas o mais importante de tudo: é muito bem interpretado por Bill Skarsgård, numa combinação estranha de sedução e loucura.  
 
O sueco tira o folego como o temeroso Pennywise (na vida real também, mas por ser lindo…), conseguindo ser assustador apenas com um olhar ou com um sorriso (sim, o filho da mãe consegue dar medo SORRINDO), sem contar que o visual de palhaço do século XIX é muito mais assustador que um Bozo from hell. Bill foi preciso em sua atuação, parecendo às vezes estar olhando tanto para os personagens como para quem assiste, como se ameaçasse quem está do outro lado da tela.  
 
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A fotografia do filme é incrível, a representação dos anos 80 ficou maravilhosa. Certeira em todos os aspectos, tanto como o bullying foi retratado, como figurinos, estética das paisagens, as falas, tudo absolutamente remete bem a década desejada. Mesmo que o livro seja retratado nos anos 60, não foi um ponto negativo sobre o filme, sendo talvez um dos únicos detalhes infiéis a versão original. 
 
“It 2” irá mostrar o clube dos perdedores se reunindo 27 anos após os eventos do capítulo 1, para deter Pennywise pela última vez (ou será que o palhaço consegue ganhar desta vez?). Eu só tenho a declarar que eu estou ansiosa pela continuação, visto que o primeiro filme foi um sucesso, bem como, aconselho você, leitor, a ver este filme, pois trará além de medo, um dinheiro bem gasto com algo de qualidade e que diverte bastante.  
 
Como na própria história diz: “Não há nada como um pequeno susto para derrubar um homem de papel.” 
 
Enfim, encerro por hoje!  Espero que tenha agradado, ou que tenha influenciado em algo. Fiquem à vontade para comentar suas opiniões ou sugestões para próximas resenhas, deixe aqui nos comentários. Aproveite e leia as outras resenhas disponíveis aqui no blog, todo dia temos resenha nova, feita por ótimos resenhistas.  
 
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Por Isabela Cabolon. 

1 thought on “IT: A coisa (2017)”

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