Jungle Cruise (2021) da Disney+

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Inspirada no tema de um dos brinquedos do parque da Disney, “Jungle Cruise” virou filme e já começa com polêmica. Senta, pega a cerveja que eu te conto tudo!

Na Inglaterra, Dra. Lily (Emily Blunt) se vê entregue a um item raro que levaria o irmão, MacGregor (Jack Whitehall), a uma aventura no Brasil. Sim, você não leu errado. Nossa história se passa na AMAZÔNIA, mas anota isso que eu te conto mais.

Claro que essa jornada não seria tão simples, os dois ficam enrascados desde a Europa por tomarem esse item de um alemão militar (whoa, quem diria?). Mas esse cara não é o único que complica tudo, há um italiano rude que mora no Brasil e toma conta de todos os barcos da cidade, exceto pelo do Frank (Dwayne Johnson).

E quem vai ajudar Dra. Lily nessa história a chegar no local em que existe algo tão poderoso que pode mudar a história da medicina? Quase uma cloro… brinks! É o Frank, caro(a) leitor(a)! Um cara que fala um inglês estado unidense perfeito, mas arranha um português horrível mesmo depois de anos morando no Brasil.

No primeiro momento, pensei em comparar “Jungle Cruise” com “A Múmia”, mas até o segundo filme colocou várias referências históricas e fez a tarefa de casa. A crítica pegou muito leve, porque provavelmente acredita que se fale espanhol no norte do nosso país.

Você não leu errado, nossas novelas clássicas que contaram a vida sobre a época da borracha (ou antes disso), já ajudariam para ilustrar melhor o cenário, os atores, a trilha sonora. Nunca pensei que fosse escutar ROCK em uma cena com indígenas e espanhóis *evitando spoiler*.

As gravações foram feitas no Havai, nenhum ator ou atriz era brasileiro, ninguém da produção teve a decência de chamar alguém daqui para dar um toque. “Se tem mato, macaco e índio, já tem Brasil”.

O mais triste é que se nota a riqueza na produção, o quanto a Disney gastou com os efeitos visuais. O projeto que era de 2015 foi entregue em 2021 para turistas de todos os tipos, exceto brasileiros.

Okay, Anna, mas a história em si é boa? A ideia é bem blockbuster com uma aventura estilo Indiana Jones, mas a execução instiga a acreditar que o(a) telespectador(a) é um(a) idiota. Os furos são os mais absurdos possíveis, nunca vi nada assim desde “Akinci“. Que os turcos se animem em perder esse cargo para essa produção da Disney. PQP, ô dinheiro mal gosto!

Não adianta a Disney ter colocado um personagem gay na história e ter entregue uma imagem errada (para não dizer outra coisa) do norte do Brasil. Cadê a produção de “Luca“? Putz! Faz de novo, faz direito.

Se você, caro(a) leitor(a), está agora passeando pelo app da Disney+ ou pelo saguão do cinema, corra de “Jungle Cruise”! Com certeza deve ter algo melhor para assistir. Na dúvida, sempre tem “As Branquelas” para rever na Netflix.

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