Klaus (2019) da Netflix

Oooiiii pra você que está lendo!! Finalmente chegou a época mais mágica e gostosa do ano!! É Natal!! Não poderíamos deixar de entrar no clima, trazendo um lindo filme natalino! Senhoras e senhores, a resenha de hoje é sobre Klaus!

Com direção e roteiro de Sérgio Pablos, produzido pela Sérgio Pablos Animation Studios e Aniventure, sendo distribuído pela Netflix, essa animação chegou à plataforma no dia 15 de novembro. Desde então, vem aquecendo o coração de quem o assiste.

Jesper (Jason Schwartzman) é um jovem acostumado a vida boa, sem responsabilidade e cheia de cortesias bancada por seu pai, dono de uma grande e importante empresa de Correio Postal. Cansado de ver o filho desperdiçar a oportunidade de ser tornar seu sucessor, ele decide mandá-lo para Smeerensburg, uma ilha distante no círculo Polar Ártico, longe da capital e das regalias que a mesma oferece (um lugarzinho no meio do nada). Além disso, estabelece a condição para que Jasper volte a ter a vida que tinha: enviar seis mil cartas até o Natal, caso contrário, não voltará para casa.

Assim, Jesper parte para Smeerensburg na esperança de cumprir sua missão rapidamente e voltar a vida que sempre amou. Porém, uma surpresa inesperada atrapalha seus planos: Smeerensburg é uma cidadezinha destruída pela guerra milenar entre duas famílias: os Ellingboes e os Krums. Essa briga sem tréguas faz com que seus pertencentes evitem o contato amigável entre si, gerando um clima hostil e frio na cidade. Além disso, Jesper passa a morar em um casebre cheio de galinhas e em péssimas condições, ou seja, ele entra em pânico.

Após seguir os conselhos duvidosos de um barqueiro, ele se dá por vencido já que até Alva (Rashida Jones), uma jovem que se mudara para Smeerensburg a fim de exercer sua profissão de professora, desistira do sonho e agora vende peixes podres para conseguir sair dali. Como uma última tentativa de enviar alguma carta, Jesper vai até a casa mais distante da cidade, cujo proprietário é Klaus (J.K. Simmons) um lenhador grandalhão e misterioso do qual todos têm medo.

Com um desastroso encontro, Jesper volta para casa, contudo, mais tarde, é convocado por Klaus para entregar um brinquedo feito por ele à mão, a um garotinho cujo desenho tinha sido “apreendido” por Jesper na tentativa de fazer o menino enviar uma carta a si mesmo. Com esse gesto simples, sem pretensão alguma, uma chama desperta nas crianças da cidade que, agora, mesmo sendo de famílias opostas, brincam juntas e desejam enviar cartas a Klaus para receber brinquedos.

Agora, Jesper vê uma saída para escapar daquele lugar: usará as cartas enviadas pelas crianças para atingir sua meta, com a ajuda (inocente) de Klaus – que têm um estoque gigante de brinquedos de madeira – e Alva. Só que ele não imagina a diferença que uma simples carta pode fazer, o poder de transformação dos seus gestos e da magia do Natal, que farão com que Smeerensburg nunca mais seja a mesma.

Image result for Klaus 2019 NetflixTenho que dizer que essa foi a animação natalina que conseguiu fazer com que eu derramasse mais lágrimas até agora. “Klaus” é diferente porque inicia a narrativa fazendo a gente pensar que é puramente sobre o Natal, depois pensamos que é sobre cartas, depois sobre brinquedos e, finalmente, chegamos à conclusão que é sobre transformação, pessoas.

No decorrer da animação, sentimos a mudança provocada desde o início com um único brinquedo e percebemos que não é o artefato que torna uma criança feliz e sim a possibilidade de usar a imaginação, dividir a brincadeira, sair do mundo real e passar a acreditar em um criado por ela. A retomada de antigos sonhos é a temática que mais me emocionou. Na figura de Alva, vemos o quanto o ensino é importante, como também, o quão maravilhoso é fazer aquilo que amamos. O que falar de Jesper? Ele, no começo, é tudo o que somos: por muitas vezes acomodados, sem perspectiva de mudança e após sermos desafiados a sair da zona de conforto, tudo o que queremos é voltar para ela. Entretanto, basta estarmos dispostos a fazer de cada lugar onde estivermos o “nosso lugar feliz” para que isso aconteça.

O personagem Klaus talvez seja o mais enigmático, não tanto por sua história (que é contada aos poucos), mas por sua origem e fim. Seria ele um humano ou uma criatura mágica? Acho que isso fica a critério de quem assiste e desperta nossa curiosidade. Outro tema muito interessante é tratado: quando e como surgem os conflitos? Por vezes brigamos a levamos isso a diante por tanto tempo que esquecemos a razão de tudo aquilo e nos acostumamos ao ódio, às brigas e confusões. Mas basta um gesto para que a gente pare, pense e veja que estamos perdendo um tempo precioso que poderia ser aproveitado amando mais.

Klaus é o tipo de filme que vai além de sua temática e faixa etária. Nessa época do ano, traz reflexões profundas sobre o valor que damos às coisas e como tratamos as pessoas ao nosso redor (o laço de amizade entre Klaus e Jesper é lindo de se ver!) Ademais, carrega todo o frescor natalino que tanto amamos assistir.

A trilha sonora que compõe a obra é maravilhosa, assim como, os efeitos e gráficos em 2D. Essa animação tem recebido ótimas críticas (o que é difícil para uma animação no meio cinematográfico). Ah! A dublagem brasileira arrasa no filme com Rodrigo Santoro como Jesper, Daniel Boaventura como Klaus e Fernanda Vasconcellos como Alva.

Image result for Klaus 2019 NetflixPor essas razões, eu recomendo muito esse filme incrível cheio de magia! Se você for manteiga derretida igual a mim, sugiro alguns lencinhos! Caso já tenha assistido, o que achou? Ainda não viu? Corre lá pra ver! Depois deixe um comentário, porque vou amar saber sua opinião!

FELIZ NATAL! HO HO HO!!

Por Agnes Rufino.

1 thought on “Klaus (2019) da Netflix”

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