Malévola: Mestre do Mal (2019)

Caro(a) leitor(a), quão dark está seu coração hoje? A magia está no ar com um gostinho Disney e muita Angelina Jolie, pois sim, iremos falar da continuação de Malévola. O filme que dividiu opiniões agora está na mesa para conversamos sobre os acertos e erros do longa.

Para quem viu o primeiro, sabe que nossa linda é uma besta alada com poderes mágicos. Além disso, criou ninguém menos do que a rainha do reino, Aurora (a tal Bela Adormecida, interpretada pela irmã da Dakota Elle Fanning). Crescida, a jovem encontra seu verdadeiro príncipe sem sal encantado, Phillip (Harris Dickinson), futuro rei e dono do coração da loira.

Mas, como a vida não é um mar de rosas nem para a rainha, chegou o grande dia que o príncipe pediu sua amada em casamento (eitaaaa). A novidade não deixou Malévola tão feliz assim, por é uma senhora-mãe-corunha-não-ouse-a-levar-minha-filha. Ainda assim, não recusou de fazer um esforço a mais para comparecer no reino do menino para conhecer os pais dele (sim, isso não é uma comédia romântica, eu juro).

Chegando lá, não foram tão bem recebidos, pois as criaturas mágicas são vistas por eles como serem ruins. Malévola tem uma imagem pior ainda, além dos chifres, matou homens. O rei John (Robert Lindsey) e a Rainha Ingris (Michelle Pfeiffer) fazem cena com as duas fofas ao lado do corvo mais gato de todos, Diaval (Sam Riley de Orgulho e Preconceito e Zumbis).

Não demora muito para que Ingris começar a alfinetar Malévola, fazendo-a perder a paciência. Subitamente, o rei desmaia com o caos, o que faz com que as pessoas pensem que a culpada pela maldição é a nossa linda. Até mesmo Aurora toma partido da rainha e acompanha o seu futuro marido. Desolada, Malévola sai do castelo, onde acaba sendo atingida e socorrida por um ser misterioso.

Aos que ficaram encantados com o leve gostinho que dei no filme, tenho um breve aviso para dar: acalme seu coração. Sim, caro(a) leitor(a), Malévola talvez tenha sido meu maior arrependimento financeiro na questão de cinema. Explicarei o porquê, mas venha de mente aberta, pois, mesmo àqueles que curtiram o primeiro, irão se remexer na cadeira com os desastres no decorrer da história.

Antes de mais nada, quero dizer que não fez qualquer sentido a construção de um amor materno do primeiro filme ser quebrado em dez minutos do segundo. Na verdade, Aurora mostrou o quão imatura e sem noção é (super vontade de jogar lama nela como antes). O príncipe é só um reforço da chatice, sem qualquer linha interesse ou carisma (igual ao babaca do primeiro).

O momento “comédia romântica” foi motivo de risos que só serviu para descontrair, pois quiseram desenvolver uma história bem maior em apenas duas horas. As descobertas de Malévola foram tão mal aproveitadas que, por mais que sejam até boas, ficaram jogadas no meio de tanta confusão. Vale ressaltar que a incrível heroína que conseguiu derrubar um monte de homens, agora tornou-se um ser bem mais lento e fraco. Tiveram três casos claros desse ponto que dão muita vergonha.

Confesso que amo Malévola e gostaria de encher esta resenha com “mas não ficou tão ruim no final”. Entretanto, o filme provou até o último segundo o quão óbvio as coisas poderiam ser. Poderiam ter lacrado e mostrado que Aurora era bem mais do que uma rainha boba? SIM. Poderiam ter conectado os seres mágicos mais em vez de taxá-los como bobos? SIM. Poderiam ter se livrado do príncipe sem graça? Por favor!

Acredito que o público infantil não goste tanto assim da história, pois é um conjunto de várias cenas cortadas. Entretanto, aos que quiserem arriscar por terem amado o primeiro, sugiro que assistam acompanhados de pelo menos duas cervejas ou irão delirar depois de um tempo. Comenta aqui embaixo se você vai assistir ou se assistiu e o que achou. Quero saber <3

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