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“Minari” é um filme estadunidense de drama dirigido por Lee Isaac Chung, que também assina o roteiro da produção. É um dos oito filmes indicados na categoria de melhor filme no Oscar 2021, além de ter vencido por Melhor filme dramático, por preferência do público e do júri no Sundance Film Festival do ano passado.
Aqui, acompanhamos a história da família coreana Yi, formada por David, o irmão menor, Anne, a irmã mais velha, e os pais Monica e Jacob. Eles acabam se mudando para o interior dos Estados Unidos na década de 1980.
O sonho de Jacob é ver a prosperidade da família através dos negócios que pretende fazer com a pequena fazenda que comprou. Entre inúmeras dificuldades, as coisas mudam quando a mãe de Monica, Soon-ja, vai morar com eles.
É um filme de detalhes. Você não vai começar a entender ou talvez apreciar esses detalhes na lentidão do início do longa, que pode cansar. Ainda assim, o humor sutil, que em alguns momentos chega a rir das desventuras da família, alivia e dá carisma às bases da história que vai ser contada.
O filme trabalha com dicotomias e a primeira delas é cultural. À exemplo de quando os costumes locais encaram a família em seu período de adaptação e interação social naquele lugar novo.
Existe também a dicotomia geracional, como a relação da avó com o neto, David, interpretado por Alan Kim (que brilha muito frente às câmeras, mesmo quando calado).
A chegada da avó a casa dá um outro tom proposital ao enredo (talvez ela seja a personagem mais surpreendente do filme). Méritos da maravilhosa Youn Yuh-Jung, primeira atriz sul-coreana indicada ao Oscar.
E temos a dicotomia fé/realidade, representada do início ao fim pelos pais, em primeiro plano. Considerando a fé um combustível para a realização dos sonhos, o quanto de fé se precisa para correr atrás de um sonho? Somente a fé é suficiente? E se o medo de correr atrás for o único impedimento?
São perguntas deixadas no ar, seja através de algumas idas à igreja, ou de um homem carregando uma cruz de madeira, do desenvolvimento da plantação ou da idealização de um casamento (que não deixa de ser um sonho).
Nessas dicotomias, o filme varia entre cenas dramáticas e leves, sem nunca cair na previsibilidade. O final, por exemplo, poderia ir para um caminho mais convencional. Não iria ficar ruim, mas também não teria o mesmo charme que teve, ainda mais pela inclusão de uma cena bem específica.
A direção se aproxima daquela família através das câmeras bem paradas, com alguns ângulos quase escondidos, colocando o espectador como um espião. As situações acontecem de maneira natural e agradável, sempre através da construção de detalhes.
“Minari” é um filme sobre uma família com sonhos diferentes, mas com uma fé única: no recomeço. Se você procura alguma coisa para aquecer o coração, corre para assistir e comenta o que achou do filme aqui embaixo.
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Minari
Gênero: Drama
Data de lançamento: 26 de janeiro de 2020
Diretor: Lee Isaac Chung
Elenco: Steven Yeun, Han Ye-ri, Youn Yuh-Jung, Will Patton, Alan Kim, Noel Kate Cho, Scott Haze, Darryl Cox e Esther Moon
País de Origem: EUA
Bilheteria: US$ 736.158
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