Oooiiii pra você que está lendo! A resenha de hoje é sobre “Ninguém tá olhando”!
Quem nunca ouvir falar em Anjos da Guarda? Aqueles seres celestiais responsáveis por nós proteger e zelar por nossa segurança. Ou no Cupido! Ah, o Cupido! O que falar dessa criatura que anda com um arco e flecha causando problemas aos seres humanos por aí. Não importa de qual classe seja, os Anjos fazem parte da nossa vida, seja na representação do “bem”, em contextos românticos ou religiosos.
E se as coisas não forem bem assim? E se o sistema angelical for tão burocrático quanto passar na porta giratória do banco em começo de mês? Pois é justamente esse outro lado da moeda que “Ninguém tá olhando” apresenta. Essa série brasileira foi produzida pela Netflix e dirigida por Daniel Rezende, sendo lançada em novembro desse ano.
Após 300 sem enviar nenhum “Angelus” (e não “Anjos”), o chefe do Sistema Angelus manda Ulisses (Victor Lamoglia), um novo Angelo, para ajudar a equipe do 5511º Distrito Angelus. Assim que chega ao local de serviço, Ulisses é bombardeado por regras que vão de como amarrar a gravata até a ordem de nunca entrar na sala do chefe.
O Distrito Angelus é um local de trabalho extremamente corporativo e burocrático, onde todos os empregados seguem à risca as ordens dadas por… Bem, ninguém sabe quem ditou as regras. Isso faz com que o jovem Ulisses passe a questionar pequenas atitudes que parecem estranhas.
Para que ele se adeque bem ao trabalho, Greta (Júlia Rabello) e Chun (Danilo de Moura), Angelus Veteranos, têm a missão de acompanhá-lo por tempo. Em um de seus “plantões”, Ulisses conhece Miriam (Kefera Bunchmann), uma jovem altruísta, ligada à causas sociais e ambientais, vegana e que ainda está meio perdida em relação ao seu futuro. Após esse encontro “inesperado”, a vida de Ulisses, Greta, Chun e de todo Distrito Angelus vai virar de cabeça para baixo.
Isso porque, agora, Angelus passam a viver com humanos de uma forma mais próxima, entendendo seus comportamentos, sentimentos, emoções, confusões, como também, todo o combo que acompanha a humanidade. Não obstante, eles vivenciam experiências humanas inesquecíveis que podem levar a questionamentos e consequências graves. Em meio à toda confusão, Ulisses, ou Uli, como gosta de ser chamado, e Miriam começam um romance que afeta profundamente suas vidas e a de todos que estão ao seu redor. Entre o dilema de descobrir quem estar por trás de todo o sistema e os sentimentos que tem por Miriam, Uli quer encontrar quem ele mais procura: ele mesmo.
Bem, isso é um pouquinho do que se trata a série, que até agora tem só uma temporada disponível na Netflix. Mas falando da produção como um todo, “Ninguém tá olhando” é muito bem produzida e ambientada, retratando típicos comportamentos brasileiros, com personagens sinceros e cotidianos. Além de ser uma série que envolve fantasia, drama, comédia e romance, ela trata de assuntos mais profundos com um toque de filosofia moderna, questionando as motivações e consequências das atitudes humanas.
As atuações de alguns personagens deixam um pouco a desejar, mas talvez seja mais pelo roteiro e a grande quantidade de “falas feitas”, também clichês do que o trabalho do próprio ator. A obra é fluida quanto aos acontecimento, deixando algumas pontas soltas que poderiam ser melhor resolvidas, porém nada que tire o mérito da produção nacional. É muito provável que você se identifique com algum personagem ou característica de algum deles, já que a série é mais sobre os humanos do que Anjos, quer dizer, Angelus. Aliás, o próprio título da série ganha novos sentidos no decorrer dos episódios, trazendo um ar misterioso.
E aí, já assistiu? Se sim, quais suas impressões? Caso ainda não tenha visto, recomendo muito que assista (afinal, ela é bem curtinha e dá pra maratonar). Depois passe aqui para dizer o que achou!
Que a força esteja com você.
Por Agnes Rufino.