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Antes de começar essa resenha, temos que dar uma contextualizada no (já falado muito) cenário em que a “mini” franquia do “aranhaverso” se encontra. Isso vai ser importante para firmar algumas opiniões. Com certeza o nosso “amigão da vizinhança” é uma marca muito volátil do cinema. Então, caso você seja mais um desavisado, vamos conversar um pouco…
Há muitos anos atrás, quando a internet ainda fazia zoada na conexão, as pessoas usavam emule, tinham MSN e Orkut, a Marvel passava por muitos problemas financeiros, e quando se tem problemas financeiros o que se faz? Vende o que se tem. E nessa brincadeira, dezenas de personagens se espalharam pelo mundo.
Tivemos algumas produções obviamente esquecidas no tempo: aquele Demolidor do Ben Affleck, Elektra, Mulher Gato (okey, não é da Marvel, mas vale a menção honrosa). Esses filmes beiravam os filmes trash pros cinemas, davam até uma certa vergonha alheia, mas também tivemos boas produções, valendo lembrar como Justiceiro, X-Men (pelo menos o primeiro é unanime a opinião que ele foi bom?) e claro, o primeiro Homem Aranha com Tobey Maguire produzido pela Sony. Sim, a Sony não havia só comprado o cabeça de teia, porém, comprado todo o seu “universo”… ou como vimos um tempo atrás, seu “aranhaverso”. Mas ai que entramos no nosso fator de discussão: o Venom.
O filme trata-se de um filme de ação, estrelado por Tom Hardy como Eddie Brock, um jornalista que não tem medo de trazer a verdade a tona Em busca da verdade, acaba enfiando o nariz num caso de experimentos com humanos e “simbiontes extraterrestres” que se apossam do corpo, mas por incompatibilidade acabam por matar seu hospedeiro.
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Em uma das suas investigações jornalísticas, Eddie acaba por se juntar com um desses simbiontes, mas não morrer. A partir desse ponto os dois, em meio a muitas explosões e tiros, começam a se ajudar para lidar com um problema muito maior que os dois. Pareceu sinopse de sessão da tarde? Pois é… não é ruim, entretanto, vamos aos próximos parágrafos.
Por que eu fiz toda uma introdução? Foi pra esse momento o meu lado “fanboy da Marvel” poder falar. Algumas pessoas, muito atreladas ao universo dos quadrinhos falaram “Venom sem o Homem Aranha? Impossível!”.
Errado. Obviamente estamos falando de mídias diferentes. Quadrinhos e cinema não precisam estarem se copiando ao pé da letra. Claro que um fã service bom deixa qualquer filme muito mais aceito (vide a cena do Capitão América pegando o Mjolnir -martelo do Thor-), contudo, não precisa seguir ao pé da letra em tudo. Esse é um argumento que eu vou defender em qualquer resenha/conversa sobre adaptações.
Por isso, o nome “adaptação”. Também tenho que dizer, a falta do Homem Aranha no filme do Venom trouxe alguns problemas de enredo, como quando se observa as “motivações” do anti-herói, um personagem caótico neutro (pelo menos no filme), de se manter do lado bom da força. Uma falha que na história original é muito bem trabalhada.
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E isso me preocupa, porque a produtora já anunciou que vão haver outros filmes com outros personagens do universo do Peter Parker, contudo espero muito que sejam acertos. A animação do Aranhaverso está aí pra mostrar isso.
Agora sem misturar nada, falemos do filme em si. O filme se sustenta bem como um filme de ação até por volta da metade da sua duração. Entretanto, é perceptível um momento em que só se perde e deixa o “tiro, porrada e bomba” tomar conta da tela.
Eddie Brock não é um personagem com muita profundidade. Ele é corajoso, inconsequente e audacioso. O simbionte é a mesma coisa (com o diferencial de querer devorar todos pelo meio do caminho), mas os dois fazem uma boa relação. É legal ver a química dessa dupla.
O vilão cai no problema de ser uma cópia do protagonista. Não é errado, os filmes de super herói geralmente caem nisso, mas o problema é que o vilão não tem nenhum impulso a não ser “dominar tudo”, “invasão em massa” e francamente, vilões com isso já tão chatos. O filme traz boas cenas de ação, mas é só. Entretanto, isso é a opinião de um reles mortal (eu).
Venom foi muito bem aceito, além de ter alta bilheteria e uma margem de lucro que já marcou uma continuação. Eu acho isso muito justo, realmente quero ver como eles vão trabalhar o herói/anti-herói, e como vão trabalhar futuros vilões.
Qualquer pessoa pode assistir o filme, entretanto, recomendo que tenha pelo menos uns 14 anos ou mais. Bem ou mal, o Venom é meio perturbado em querer sair devorando tudo e todos, usar um certo linguajar “palpável” (falar de órgãos em detalhes como se deleitasse com isso) Nada feio apareça é bom respeitar a classificação do filme. Sem preocupações maiores, como eu já disse: resume-se a pirotecnia e invasão alienígena.
Eu sou o valente Asan e a mim foi dada essa missão. LIBERTE-SE!!
Ps: uma das melhores cenas, para mim, são as cenas pós-credito e quando toca Venom do Eminem.