O Invencível (2021-) da Amazon Prime

Eu ainda preciso reafirmar que desenhos de heróis não foram necessariamente feitos para crianças? Apesar de haver todo um público infantil em animações e nos filmes de alguns heróis, os quadrinhos em seu antepassado visavam um público de um pouco mais de idade, indo a partir dos 14 anos aos 16 anos. O meio comercial que tornou as histórias mais infantis, tendo em vista que crianças compram mais itens que não apenas os quadrinhos.

Ao passar essa temática, nossa conversa da vez é sobre a nova animação de heróis da Amazon Prime. O quadrinho que deu origem é ‘De Robert Kirkman’, o mesmo criador de ‘The Walking Dead“. “Invencible” se trata de uma animação de super-heróis bem sangrenta e para adultos que, pelo jeito, surfa na onda que “The Boys“.

Já não é de hoje que o mundo vive uma vibe de super-heróis nas telinha, mas a Amazon parece ter encontrado o elemento que faltava e que a Marvel e a DC não trabalham tanto, o sangue.

Ainda na equipe conta com pessoas de peso que podem lhe ajudar a decidir e assistir: David Alpert (também de “The Walking Dead“), Catherine Winder (produtora de “Star Wars: The Clone Wars” e “Dexter’s Laboratory”), Maude Lewis (gerente de produção de “Pantera Negra” e “Doutor Estranho”) e Simon Racioppa (escritor de “Teen Titans”).

O núcleo principal da história fala de Mark Grayson, filho de Nolan, ou melhor, Omini-man, o herói mais poderoso da Terra. A questão é que, com o tempo, Mark deve herdar seus poderes e sua missão. Inicialmente, ele ainda não os possui, mas logo descobre que estão surgindo, como todo bom desenvolvimento. Além deles, há  inúmeros outros heróis e grupos espalhados pelo mundo, como os Guardiões Globais, um grupo de 7 heróis principais que protegem o planeta.

Já os inimigos são muitos, desde vilões ricos com poderes até alienígenas que tentam destruir algo ou conquistar o planeta. Alguma semelhança?

Ao trazer Mark e seu conflito sobre como se tornar um herói, “Invincible” aborda, de forma diferente, como lidar com poderes, afinal, seu pai é o todo-poderoso da Terra. Ainda no início, coisas estranhas ocorrem e seu pai é ferido gravemente, então, cabe a Mark e a uma nova leva de heróis cuidarem da Terra.

Ao ser um adolescente com poderes recém-descobertos, Mark me lembra outros personagens dos quadrinhos e tem uma árdua missão de encontrar seu objetivo no mundo.

A animação é uma grande paródia de outras linhas de heróis como o multiverso Marvel e, principalmente, o universo da DC Comics. Na linha principal de heróis, tanto os poderes quanto os personagens em si se assemelham com os da “Liga da Justiça“.

Se é uma grande referência, a animação busca adicionar algo próprio de algum jeito certo?

É isso mesmo que ela fazao ser uma produção para um público mais adulto, traz elementos vistos apenas nos desenhos animados, como os personagens, poderes, origens, por exemplo, o próprio Omni-man, que é claramente uma referência ao Super-Homem. Também há os inimigos repetitivos que são vencidos, presos e retornam para uma eterna batalha e adiciona o elemento gore, de mortes, cabeças voando, explodindo, sangue, tripas, seja de humanos mundanos, seja de heróis ou vilões.

Até o momento, a série é muito bem feita e dá destaque aos elementos dos poderes e aos supers. O roteiro se utiliza do clichê com seu gore para surpreender, fazendo do básico e bem feito o seu motivo de sucesso. Afinal, se um herói bate em um prédio, ele não apenas cai, se alguém tira, uma bomba explode, pessoas morrem, não é? É isso que você pode esperar de “Invincible”.

Outro elemento que chama atenção são os episódios com mais de 40 minutos, quase o dobro do comum adotado em desenhos comuns. Com apenas três episódios iniciais a Amazon, ela terá oito episódios na primeira temporada e pode ser que tenha outras. Os episódios serão lançados semanalmente às sextas-feiras.

Para não ficar sem dizer outro ponto-chave, a série ainda traz um conjunto de peso nas vozes, sendo as principais só para um gostinho: Steven Yeun (Mark Grayson), J.K. Simmons (Nolan Grayson/Omni-Man), Sandra Oh (Debbie Grayson), Zazie Beetz (Amber Bennett), Gillian Jacobs (Atom Eve) e outros nomes de peso fazem participações como Mark Hamill, Ezra Miller e Mahershala Al.

Posso dizer que fiquei vidrado em todos os episódios e com muitas expectativas para os próximos. Assim, super indico a série para quem gosta do estilo. Ela tem todos os elementos para se tornar um novo sucesso e atrair até pessoas que não são tão chegados aos desenhos, já que eleva o nível das produções, algo estilo “Flashpoint”.

Será essa mais um acerto da Amazon Prime, juntando a onda crescente de heróis e poderes com elementos de sangue e um bom roteiro?

Então, te convenci  a ver?
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