Quando entrei pra equipe do blog, uns meses atrás, minha primeira resenha foi sobre as duas temporadas iniciais de “O Príncipe Dragão” (resenha aqui). Para o meu prazer dia 22/11/2019 estreou na Netflix a terceira (e não última) temporada da animação. Nossa, senhores… como os personagens crescem. Vou tentar não falar muito sobre as duas primeiras, recomendo que você leia a resenha anterior para não ficar um conteúdo repetitivo.
Se tem uma palavra que resume esse novo arco da história, seria “amadurecimento”. Quando falo isso, não digo amadurecimento de história, mas sim de personagens. Após o falecimento do Rei (é inevitável uns spoilers das temporadas anteriores, para falar sobre essa), Ezra se vê no papel de assumir o trono. Mas ele é só uma criança. O peso de ser uma figura superior no reino, parece incomodar o garoto, adicionalmente das expectativas dele ser um rei ao reflexo do que seu pai era. Fora isso, há a tensão de outros reinos que resolvem atacar Xadia. Caso isso não seja feito, o pequeno rei será considerado inimigo.
Bem longe da confusão nos reinos, vemos uma evolução (e que evolução) do obvio casal Callum e Rayla. Os dois finalmente tem um tempo para a sós enquanto levam o príncipe dragão até sua mãe. Ao enfrentarem diversos problemas juntos (quem viu o final da segunda temporada sabe que os problemas são a nível gigantesco) descobrem um romance, um amor que vai brotando de forma natural, fazendo a união girar em torno dos acontecimentos. O problema é que nem tudo são flores. Viren, juntamente de seu patrono ainda desconhecido, ascende em poder e resolve não só atacar os elfos do sol, mas também roubar o poder deles.
Preciso elogiar os cenários. Callum e Rayna finalmente estão cada vez mais dentro de Xadia, o lado verdadeiramente magico da história, com isso somos apresentados a locais maravilhosos e criaturas inéditas que são especiais justamente por conta da magia. Ponto positivo aos criadores que conseguiram fazer criaturas tão perfeitas e (que eu lembre) inéditas no cenário da cultura pop. Acredito que quem fez o Aba, o bisão voador, isso não seja uma missão complicada.
Essa temporada, muito mais que as outras, aprofundou muito os personagens. Não só os principais, mas também somos levados a momentos de tensão com Amaya, a guerreira surda, tia de Ezra e Callum, enquanto é levada prisioneira pelos elfos do sol.
Vemos laços entre irmãos serem rompidos, porque (finalmente, e eu adorei isso) Soren deixou de ser somente o personagem bobalhão e agora segue um ideal imposto por ele e não pelo seu pai, enquanto que Claudia vai se tornando cada vez mais cega pelas palavras do seu progenitor. São apenas 9 episódios, porém, uma gama de coisas acontece, em cenários diferentes, no tempo correto. Nada é corrido, nada é descartável… talvez a participação de um certo padeiro nessa história, entretanto, até ele tem seu valor.
O Príncipe Dragão vem crescendo narrativamente, e isso me agrada muito. Mas por outro lado, o roteiro precisa tomar cuidado com algumas piadas fora de momento. Alivio cômico é sempre muito importante, principalmente para uma animação que tem classificação livre e (chuto eu) inicialmente mirava em crianças como público alvo. Mas algumas são feitas tão fora de hora que quebram o clima por completo da cena, custando um pouco da imersão do momento.
Repito, piadas não são ruins, mas deveriam ser feitas em momentos oportunos. Acho que eles já trabalham isso melhor, como na segunda temporada. Ao mesmo tempo, parece que o roteiro tem se levado mais a sério. Um personagem como Viren que possui um patrono maligno vem realmente se mostrando capaz de atrocidades, coisa que antes o roteiro parecia ter medo de arriscar.
Como dito na outra resenha, recomendo isso para todos que queiram ver uma animação high fantasy. Venham comigo sofrer a ansiedade da quarta temporada. Sim, espero uma quarta temporada, porque assim como a segunda, a terceira acaba em um cliffhanger gigantesco.
Eu sou o valente Asan e a mim foi dada essa missão. LIBERTE-SE!!
Vei….. Eu Amoooooo essa série, tá no meu top 1 de animações kkkk
sim, eu adoro ela. devo admitir q no começo era meio relutante com ela, mas adorei com o tempo.