Oksa Pollock e Mundo Invisível (2011) de Anna Pichola e Cendrine Wolf

Oksa Pollock e Mundo Invisível é uma fantasia escrita por Anna Pichola e Cendrine Wolf. O primeiro livro da quadrilogia promete uma ficção intrigante para o público infantojuvenil.

Quando a família de Oksa se muda para Londres, ela e seu melhor amigo passam a frequentar uma nova escola, tendo que se adaptar aos costumes diferentes do lugar. Logo mudanças realmente inimagináveis começam a acontecer com a menina.
Uma estranha marca, poderes como levitação e bolas de fogo que saem de suas mãos. Enfim, diversos dons que decide manter em segredo. Não fosse apenas isso, Oksa ainda tem que lidar com um professor chamado McGraw, que parece ter a escolhido como alvo principal
É por acaso que sua avó, Dragomira, descobre a marca e tem, então, a certeza de que Oksa é aquela, pela qual, esperavam por muito tempo.
Baba Pollock, como Oksa chama a avó, reúne a família para dar a notícia sobre Oksa. Curiosa, a menina acaba ouvindo a conversa dos adultos sobre ela e descobre sobre um mundo chamado Edefia, onde é diferente de tudo o que ela conhece. Assim, Oksa, é a única capaz de levá-los de volta a sua terra natal. Rodeada por seres mágicos e diferentes que ela nem imaginava existir e que sempre fizeram parte de sua vida.
Assustada, a princípio é como a jovenzinha se sente com o que acaba de descobrir sobre suas origens e como tudo acontece em Edefia.

Se fosse um menino, toda e qualquer possibilidade estaria eliminada. A esperança, por menos que fosse, voaria longe… confuso, Pavel Pollock se levantou de forma um tanto brusca e, querendo esconder o quanto estava perturbado, se debruçou sobre o berço em que dormia uma minúscula recém-nascida. SUA FILHA. Nela tudo ia se apoiar, ele sabia e já sofria antecipadamente.

Talvez o maior dos problemas de Oksa seja controlar seus poderes, já que traidores habitam também a Terra e estão tão próximos, que nem imagina e qualquer descuido pode ser crucial. Para diminuir esses riscos, a garota contará com a ajuda de três mentores: Dragomira, Abakum e Leomido, os quais lhe ensinarão o que é preciso para se defender e controlar seus poderes. No entanto, não é apenas com a ajuda deles que a menina conta, Gus, seu melhor amigo, que está sempre junto, tem um papel muito importante sempre ao lado dela.
Há tantos personagens em Oksa Pollock e o Mundo Invisível, que te deixa estupefata a maneira como as autoras conseguem trabalhar cada um deles e dá-los algum valor por estar ali e não ser apenas mais um personagem.
Por esses tantos personagens, fica até difícil escolher o preferido, mas sempre tem aquele que nos agrada um pouco mais que os outros No meu caso, foi Tugdual, um garoto calado, com um passado horrendo que nos faz achar que é apenas um personagem calado e está ali só para mostrar como alguns lidam com o desconhecido, porém não é só isso, ele tem tanta importância quanto os outros personagens existentes que tenho a sensação de que ganhará mais espaço no próximo livro.
Outro personagem que me conquistou foi o pai de Oksa, Pavel Pollock, que desde o começo é notável como desejava que sua filha não fosse a próxima graciosa, tem um humor admirável quando junto dela, que também não deixa por menos, sendo também brincalhona a maior parte do tempo.
Apesar de ter gostado muito do livro, me incomodou a forma como alguns dos diálogos foram escritos, principalmente os que acontecem entre Gus e Oksa. Além disso, o nome dado a alguns dos dons são tão bobos que eu ficava a pensar se não tinha algo melhor pra colocar. Fora isso, houve poucos problemas com a narrativa, que se tornava cansativa algumas vezes, muita informação, mas que ao longo da leitura dá pra se acostumar.

 

Ela parou. Uma pergunta ardia em seus lábios. Uma questão primordial. Deveria fazê-la? Seria realmente necessário saber?

 

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