Pokémon: Mewtwo contra-ataca (2020) da Netflix

Chegou a hora de apagar a velinha

Vamos cantar aquela musiquinha!
Parabéns pra você.
Parabéns pra você.
Pelo seu aniversááário.

Eu sei. Estou fora da data, mas o que vale é a intenção.
A resenha de hoje é feita para você que teve as pokébolas vindas no Guaraná Antártida (patrocina o blog!), colecionou (ou coleciona até hoje) miniaturas e cartas desses monstrinhos de bolso, jogou os jogos da franquia (em emulador ou nos consoles), chorou quando Ash, Brock e Misty se separam no fim de cada geração. Enfim, para você no mínimo presente nesses 24 anos de existência de Pokémon.
Para isso, eu, o treinador da cidade de Saint Luis, trago a vocês a minha resenha do filme lançado dia 27 de fevereiro, data do aniversário, da história de um dos Pokémons mais famosos da franquia: Mewtwo (aproveite e leia a resenha de Detetive Pikachu).
Ash, Misty e Brock, nossos aventureiros, estão seguindo mais um dia de viagem entre cidades e ginásios quando são interceptados por um Dragonaite com o convite para os três conhecerem o “maior treinador de todos” em uma ilha no meio do Oceano e travem uma batalha com ele. Ash (no atual dublado por Charles Emanuel), com sua vontade inabalável de desafiar outros treinadores e mostrar-se um mestre Pokémon, aceita sem pensar duas vezes.
Porém esse “maior treinador de todos” se trata de Mewtwo (dublado, no Brasil, pelo queridíssimo Guilherme Briggs), um Pokémon o qual somos apresentados no comecinho do filme como sendo o clone de Mew, o lendário. Ser um clone enfurece, com dúvidas, o nosso antagonista. Ele foi usado pelos humanos e agora, como o título do filme sugere, chegou a hora do contra atacar. Mas para isso ele tem um plano, começando por derrotar alguns treinadores famosos.
Agora chegou aquele momento da análise, e primeiro preciso separar o meu saudosismo de lado. Senti falta do Fabio Lucindo como dublador. Charles Emanuel faz um ótimo trabalho, nenhuma crítica a ele. Mas uma voz 16 anos de um personagem, é com certeza muito difícil de desassimilar. É quase como mudar o ator de um personagem depois de todo esse tempo.
Guilherme Briggs é sem sombra um monstro da dublagem atual. Cada entonação de raiva, desgosto, duvida, rancor, etc, ele conseguia transmitir com a voz em seu personagem. O peso da raiva prestes a explodir. Falando nele, é bom tocarmos num assunto: não sei se você, leitor, sabe, mas o longa é um remake do primeiro filme de Pokémon, lançado em 2000.
A história permanece a mesma, mas na nova versão há um destaque bem maior para o Mewtwo. Deram uma profundidade maior, uma certa motivação mais bem trabalhada e isso ficou muito bem feito. Entretanto senti falta do carinho com o trio de protagonistas e com a Equipe Rocket. Misty só teve momentos bobos, e Brock a todo momento só servia para dar em cima de alguma personagem mulher.
A famosa cena do Ash virando pedra não teve o mesmo impacto da original (talvez isso seja meu saudosismo falando), assim como, as aparições de James, Jess e Meowth se tornaram apenas chatinhas. Sobre questões técnicas, mudaria uma ou outra música da trilha sonora, as quais não casaram muito bem no momento, mas deixaria o traço. Novos tempos realmente precisem de novas tecnologias para chamar atenção (por mais que eu prefira o desenho do primeiro filme).
Como disse no início, a produção é feita para todo mundo que viveu (ou vive) com esses monstrinhos de bolso. Sabe resgatar aqueles confrontos antigos de Pokémon que o válido era apenas os comandos e as habilidades, mas também arrisca coisas novas com as batalhas 3D. Então, tire os Pokémons para fora, sente-se com eles, vire o boné para trás e aproveite o filme que é um ótimo presente de fã para fã.
Eu sou o valente Asan e, dessa vez, eu escolho você!

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