Ps: Eu te amo (2004) de Cecelia Ahern

Olá, leitores! A resenha de hoje vai ser sobre um livro de romance adaptado para o cinema. Produção dirigida por Richard LaGravenese com Hilary Swank no papel de Holly e Gerard Butler como Gerry. Publicado originalmente na Editora Thorndike Press na Irlanda no ano de 2004, Cecelia Ahern é o nome da escritora irlandesa deste best seller possuidor de 655 páginas. Aqui no Brasil, o livro foi publicado pela Novo Conceito no mesmo ano.
Narra a história de Gerry e Holly, namorados de infância que pensaram ficar juntos para sempre. Mas como tudo é imprevisível, o inimaginável bate à porta do casal: ele descobre um tumor no cérebro, levando a sua morte prematura.
Tudo na vida de Holly girava em torno de Gerry: os empregos temporários, os amigos em comum, as lembranças felizes de seus 15 anos de relacionamento. Isso faz com que ela entre em extrema depressão, passando a se sentir extremamente sozinha (e querer permanecer assim), embora tenha muitos amigos bem como uma família que a apoia, perde até mesmo a vontade de ter que fazer qualquer coisa. No entanto, conforme seu aniversário de 30 anos se aproxima, Holly descobre um pacote de cartas nas quais seu marido, gentilmente antes de falecer, a guia em uma nova vida sem ele.
Gerry costumava brincar com Holly, dizendo que faria uma lista de coisas que ela não poderia esquecer de fazer, e é justamente isso que ele traz em suas cartas. Cada envelope pertencente “A Lista” (nome intitulado no pacote) deveria ser aberto no primeiro dia de cada mês, nelas haveriam uma tarefa a se fazer, numa dessas tarefas justamente que a levam até a Irlanda, onde ambos se conheceram.
Como num novo recomeçar (dessa vez sozinha), Holly passa por aventuras, conhece novas coisas, aprende a ver a vida de outra maneira, viver por ela mesma, com os pequenos passos que ela dá a cada mês junto das cartas de Gerry.
É um drama romântico muito interessante e divertido, já que é uma história que tem tudo para ser melancólica, mas acaba trazendo muita diversão ao leitor com as trapalhadas de Holly em certas partes.
Apesar de Holly já iniciar a narrativa viúva, pensamos que o ar de depressão irá permanecer sempre, que o sentimento de dor profunda da personagem te contagia e te deixam com a sensação de entrar numa bad miserável sem fim (pelo menos foi essa sensação que tive kkkk). No entanto, toda essa empatia causada pela leitura é necessária para compreender (além de dividir a experiência com a protagonista) o sentimento das notas de alegria voltarem a circular pelas veias, como se o recomeçar de Holly fosse compartilhado conforme o decorrer do livro. A protagonista se assemelha muito com alguém real, faz com que a empatia seja quase instantânea entre o leitor e o personagem logo no início da leitura.
A escritora fez um excelente trabalho escrevendo este livro, pois além de muito divertido e empático, nos dá muitas lições de superação, podendo ser encaixadas em qualquer situação para todo tipo de pessoa.
Holly abriu espaço para novas coisas, mas estas ela não substituir as memórias antigas tampouco seus sentimentos. Soube fazer com que sua nova caminhada pudesse coexistir com a sua primeira fase da vida, libertar seu espírito para a busca de novos caminhos e desejos.
Acredito que esta seja a parte mais linda de toda mensagem que o livro tem para passar: superar sem esquecer, ser capaz de viver sendo feliz seguindo em frente com as memórias antigas que um dia foram motivo de lágrimas. Durante as primeiras partes dessa leitura você pode pensar que a história será mais um clichê, mas dê uma chance. Esta é mais que uma história de amor trágica, é como Holly pôde desvincular-se para ser independente, viver por si só e ser feliz sem precisar se apoiar em alguém.
Essa leitura me ensinou que mesmo quando eu achar que não tenho motivos pra me levantar ou para me sentir feliz, eu devo ter como propósito me erguer de novo e recomeçar. Sempre haverá mais uma chance, nada está totalmente perdido.
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Até a próxima, um beijo grande.
Por Isabela Cabolon.

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