Reality Z (2020-) da Netflix

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Começo esta resenha um tanto na defensiva, mas é isso. Se você é daquelas pessoas que criticam qualquer produção brasileira, esse texto não é para você. Agora, se você fala mal quando uma coisa é ruim, independente do lugar onde foi produzido, vem criticar a nova série brasileira da Netflix comigo. Vamos falar de “Reality Z”.

A série é uma adaptação da produção inglesa “Dead Set” (2008), escrita por Charlie Brooker, famoso pela superprodução Black Mirror, a crítica intrínseca à história é bem a cara da série britânica, mesmo. Além de ser uma curiosidade, a inspiração para “Reality Z” é um dos principais ataques que nossa conterrânea sofre, e vamos entender o porquê.

Estamos no Rio de Janeiro, que sim, continua lindo, como afirma a canção de Gilberto Gil. Até que o Apocalipse Zumbi chega, sem explicação alguma, e as pessoas começam a se transformar em zumbis, que mordem humanos e por aí vai.

Todo o caos acima ocorre diante de uma crise política bem à la brasileira, com políticos se xingando e pessoas gritando palavras de ordem. Infelizmente, a desordem política não parece interessar tanto assim as pessoas, que preferem pregar os olhos no “Olimpo”, prédio majestoso que abriga um reality show apresentado por Divina, personagem – e maior vergonha alheia – de Sabrina Sato.

Deuses do Olimpo. Cuidado, Rick Riordan.

Semelhante ao que aconteceu durante o início da pandemia do novo coronavírus, enquanto o Big Brother Brasil 2020 estava ocorrendo, os “deuses” do Olimpo não têm ideia do que acontece além do estúdio, e estão em um lugar seguro. A diferença é que a produção do BBB 20 não foi morta e os brothers tinham consciência da situação do mundo exterior.

Membro da equipe de produção, Nina consegue fugir dos mortos vivos e chegar ao Olimpo, onde se torna a grande protagonista da série – pelo menos nos cinco primeiros episódios, onde a história de “Dead Set” se encerra e a segunda parte da produção brasileira, começa e segue até o décimo e último episódio. Não vou dar spoiler da segunda parte, vocês precisam assistir.

Odeio produções sobre zumbis, exceto quando o foco é a cura ou a conspiração motivadora. Acho muito monótono e só terror pelo terror. Assisti “Reality Z” por ser uma produção nacional e por aparentar ter uma produção técnica incrível, o que sem dúvidas aconteceu. A maquiagem é IMPECÁVEL e as cenas são bem feitas, mesmo com o exagero nos efeitos de câmera lenta, que são meio vergonhosos.

A primeira parte da produção – e a que mais pareceu alegrar os fãs de zumbis, é claro – é simplesmente chata e sem propósito algum, mesmo que a ideia do reality show e das ironias em relação à TV sejam muuuuito interessantes. A série simplesmente mantém o mesmo clima de horror e carnificina o tempo INTEIRO.

Para quem gosta de carnificina, tá aí a sugestão.

Os personagens são bem retratados, um ponto positivo. Conseguimos distinguir as várias personalidades presentes nesse tipo de programa, são tantos anos vendo BBB, que até conseguimos fazer comparações com pessoas reais. A segunda parte, que algumas críticas reclamaram MUITO, foi a melhor – talvez única, para ser sincero – da série, tanto que se eu soubesse disso, teria visto a partir do sexto episódio haha.

Nela outros personagens chegam ao Olimpo e precisam pensar na missão de iniciar uma nova sociedade, ou pelo menos tentar não virar comida de morto vivo. Eles são bem clichês, como a maioria dos sites de crítica apontam. Um político corrupto e sua fiel assistente, um herói, uma heroína bem militante e um militar viciado em cocaína. Espera-se conflitos ali e eles vão ocorrer, claro.

Essa segunda fase da trama milita muito, é o motivo pelo qual eu ter gostado, como vocês já devem imaginar rs. Mas não é só isso. A trama é repleta de reviravoltas, conspirações e muita crítica social. Conseguimos ver uma metáfora simples e realista da sociedade brasileira com sua corrupção, machismo, homofobia e racismo estruturais.

É interessante, por exemplo, quando outras pessoas conseguem chegar ao local, os moradores decidem as submeter ao processo de seleção bem semelhante ao que ocorre no filme Circle (2015) que ficamos nervosos e tristes com a possibilidade de escolhas e com o preconceito que tudo isso explora.

Apesar da remissão da segunda parte, não consigo considerar “Reality Z” boa. Também não é de todo ruim. Confunde muito a cabeça de um libriano que odiou e amou ao mesmo tempo, realmente não consigo me decidir. Vou colocar 3 estrelas, mas só porque o site não permite duas e meia.

A atuação é um ponto negativo, teatral demais às vezes e os diálogos meio irreais como gritar “MINHAS ENTRANHAS” enquanto um Zumbi arranca seus intestinos. O diretor do programa, Brandão, além de extremamente irritante, é retratado de forma tão exagerada, que me surpreende que o ator, Guilherme Weber, não tenha infartado durante as gravações.

Sabrina Sato, ex BBB, panicat – o que ninguém precisa lembrar – e apresentadora da Record é uma celebridade extremamente engraçada e carismática, além de muito inteligente (mesmo com a imagem contrária do Pânico). Divina, por sua vez, é a típica estrelinha, muito chata e louca por fama.

A personagem é logo transformada em Zumbi e é arrastada até o quinto episódio, sempre da mesma forma, rosnando para a porta. Sato, a pessoa mais famosa do elenco teve coragem de realizar essa atuação, que foi mais criticada do que aplaudida.

Como pontos positivos, posso citar tudo o que não fala de zumbis. Além dos quesitos técnicos, como maquiagem, gravações e a trilha sonora brasileira, que dá uma ideia de ironia – imagine tocar Vinicius de Moraes e Bossa Nova enquanto zumbis comem você.

Cláudio Torres, o criador da série, declarou em entrevista que “Reality Z”:  “é uma série que vai interessar mais gente do que os fãs de zumbi. Na realidade, é uma série para quem não gosta de zumbi”. Isso explica o porquê da minha pseudo-aprovação, mas a realidade é que a série é ruim, mesmo.


Há quem defina a produção como “Trash”, como meu filme ruim favorito “The Velocipastor” ou a sequência de “Todo Mundo em Pânico”, feitos propositalmente para serem horríveis. “Reality Z” parece ter sido uma produção séria, mas falhou na proposta, apesar dos pontos positivos citados.

O primeiro parágrafo deste texto foi motivado pelos inúmeros comentários nas páginas de crítica que brasileiros criticam produções nacionais apenas por serem nacionais. Isso é uma ofensa gigantesca ao cinema brasileiro, que mesmo com verba reduzida, produzem filmes e séries maravilhosos, como “Bacurau” e a série “3%”, também da Netflix.

Recomendo que assistam à série, tirem as próprias conclusões e apoiem produções e artistas brasileiros. Comentem aqui o que vocês acham dos assuntos que eu listei, também.

No mais, segue o único episódio de zumbis maravilhoso que existe para mim, no primeiro episódio de “The Midnight Gospel” (resenha aqui). Até semana que vem! Cuidem do cérebro de vocês e se protejam dos Zumbis de verdade, vocês sabem quem eles são, taokei?

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Reality Z

Gênero: Suspense, Terror

Data de Lançamento: 10 de junho de 2020

Criadores: Cláudio Torres, João Costa

Elenco: Ana Hartmann, Ravel Andrade, Carla Ribas, Emílio de Mello, Guilherme Weber, Luellem de Castro, João Pedro Zappa

N° de temporadas: 1

N° de episódios: 10

País de Origem: Brasil

Network: Netflix

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3 thoughts on “Reality Z (2020-) da Netflix”

  1. Essa série só tem pontos que me fazem ter certeza que não irei ver ?
    Zumbis (odeio), ser original netflix (até hoje gostei de pouquíssimas coisas originais da plataforma) ser trash (não tenho paciência) e Sabrina Sato (acho sem sal) então totalmente sem chances kkkkk
    Mas parabéns a equipe pela resenha como sempre completa!

  2. Litera_amor1.0

    Apesar dos pontos negativos, já vou assistir. Adoro um terror, apocalipse zumbi é comigo mesmo. Fear the walking dead, the walking dead. Estão no topo da minha lista

  3. Babih Bolseiro

    Só de ver a Sabrina Sato ali no início dá uma desanimada XD Do elenco eu reconheci o João Pedro Zappa (assisti “Gabriel e a Montanha”). Mais um parágrafo final imperdível kkkk Ah, eu nem sei bem o que comentar a respeito,a primeira impressão que tive já foi ruim e ler sua resenha só me fez querer ainda mais evitar assistir. Parece-me um tanto vergonha alheia, e confesso ter um pouco de preconceito com produções brasileiras. Sim, eu sei, isso precisa ser mudado, mas acredito que não seja com Reality Z.

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