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Começo esta resenha um tanto na defensiva, mas é isso. Se você é daquelas pessoas que criticam qualquer produção brasileira, esse texto não é para você. Agora, se você fala mal quando uma coisa é ruim, independente do lugar onde foi produzido, vem criticar a nova série brasileira da Netflix comigo. Vamos falar de “Reality Z”.
A série é uma adaptação da produção inglesa “Dead Set” (2008), escrita por Charlie Brooker, famoso pela superprodução Black Mirror, a crítica intrínseca à história é bem a cara da série britânica, mesmo. Além de ser uma curiosidade, a inspiração para “Reality Z” é um dos principais ataques que nossa conterrânea sofre, e vamos entender o porquê.
Estamos no Rio de Janeiro, que sim, continua lindo, como afirma a canção de Gilberto Gil. Até que o Apocalipse Zumbi chega, sem explicação alguma, e as pessoas começam a se transformar em zumbis, que mordem humanos e por aí vai.
Todo o caos acima ocorre diante de uma crise política bem à la brasileira, com políticos se xingando e pessoas gritando palavras de ordem. Infelizmente, a desordem política não parece interessar tanto assim as pessoas, que preferem pregar os olhos no “Olimpo”, prédio majestoso que abriga um reality show apresentado por Divina, personagem – e maior vergonha alheia – de Sabrina Sato.
Semelhante ao que aconteceu durante o início da pandemia do novo coronavírus, enquanto o Big Brother Brasil 2020 estava ocorrendo, os “deuses” do Olimpo não têm ideia do que acontece além do estúdio, e estão em um lugar seguro. A diferença é que a produção do BBB 20 não foi morta e os brothers tinham consciência da situação do mundo exterior.
Membro da equipe de produção, Nina consegue fugir dos mortos vivos e chegar ao Olimpo, onde se torna a grande protagonista da série – pelo menos nos cinco primeiros episódios, onde a história de “Dead Set” se encerra e a segunda parte da produção brasileira, começa e segue até o décimo e último episódio. Não vou dar spoiler da segunda parte, vocês precisam assistir.
Odeio produções sobre zumbis, exceto quando o foco é a cura ou a conspiração motivadora. Acho muito monótono e só terror pelo terror. Assisti “Reality Z” por ser uma produção nacional e por aparentar ter uma produção técnica incrível, o que sem dúvidas aconteceu. A maquiagem é IMPECÁVEL e as cenas são bem feitas, mesmo com o exagero nos efeitos de câmera lenta, que são meio vergonhosos.
A primeira parte da produção – e a que mais pareceu alegrar os fãs de zumbis, é claro – é simplesmente chata e sem propósito algum, mesmo que a ideia do reality show e das ironias em relação à TV sejam muuuuito interessantes. A série simplesmente mantém o mesmo clima de horror e carnificina o tempo INTEIRO.
Os personagens são bem retratados, um ponto positivo. Conseguimos distinguir as várias personalidades presentes nesse tipo de programa, são tantos anos vendo BBB, que até conseguimos fazer comparações com pessoas reais. A segunda parte, que algumas críticas reclamaram MUITO, foi a melhor – talvez única, para ser sincero – da série, tanto que se eu soubesse disso, teria visto a partir do sexto episódio haha.
Nela outros personagens chegam ao Olimpo e precisam pensar na missão de iniciar uma nova sociedade, ou pelo menos tentar não virar comida de morto vivo. Eles são bem clichês, como a maioria dos sites de crítica apontam. Um político corrupto e sua fiel assistente, um herói, uma heroína bem militante e um militar viciado em cocaína. Espera-se conflitos ali e eles vão ocorrer, claro.
Essa segunda fase da trama milita muito, é o motivo pelo qual eu ter gostado, como vocês já devem imaginar rs. Mas não é só isso. A trama é repleta de reviravoltas, conspirações e muita crítica social. Conseguimos ver uma metáfora simples e realista da sociedade brasileira com sua corrupção, machismo, homofobia e racismo estruturais.
É interessante, por exemplo, quando outras pessoas conseguem chegar ao local, os moradores decidem as submeter ao processo de seleção bem semelhante ao que ocorre no filme Circle (2015) que ficamos nervosos e tristes com a possibilidade de escolhas e com o preconceito que tudo isso explora.
Apesar da remissão da segunda parte, não consigo considerar “Reality Z” boa. Também não é de todo ruim. Confunde muito a cabeça de um libriano que odiou e amou ao mesmo tempo, realmente não consigo me decidir. Vou colocar 3 estrelas, mas só porque o site não permite duas e meia.
A atuação é um ponto negativo, teatral demais às vezes e os diálogos meio irreais como gritar “MINHAS ENTRANHAS” enquanto um Zumbi arranca seus intestinos. O diretor do programa, Brandão, além de extremamente irritante, é retratado de forma tão exagerada, que me surpreende que o ator, Guilherme Weber, não tenha infartado durante as gravações.
Sabrina Sato, ex BBB, panicat – o que ninguém precisa lembrar – e apresentadora da Record é uma celebridade extremamente engraçada e carismática, além de muito inteligente (mesmo com a imagem contrária do Pânico). Divina, por sua vez, é a típica estrelinha, muito chata e louca por fama.
A personagem é logo transformada em Zumbi e é arrastada até o quinto episódio, sempre da mesma forma, rosnando para a porta. Sato, a pessoa mais famosa do elenco teve coragem de realizar essa atuação, que foi mais criticada do que aplaudida.
Como pontos positivos, posso citar tudo o que não fala de zumbis. Além dos quesitos técnicos, como maquiagem, gravações e a trilha sonora brasileira, que dá uma ideia de ironia – imagine tocar Vinicius de Moraes e Bossa Nova enquanto zumbis comem você.
Cláudio Torres, o criador da série, declarou em entrevista que “Reality Z”: “é uma série que vai interessar mais gente do que os fãs de zumbi. Na realidade, é uma série para quem não gosta de zumbi”. Isso explica o porquê da minha pseudo-aprovação, mas a realidade é que a série é ruim, mesmo.
Há quem defina a produção como “Trash”, como meu filme ruim favorito “The Velocipastor” ou a sequência de “Todo Mundo em Pânico”, feitos propositalmente para serem horríveis. “Reality Z” parece ter sido uma produção séria, mas falhou na proposta, apesar dos pontos positivos citados.
O primeiro parágrafo deste texto foi motivado pelos inúmeros comentários nas páginas de crítica que brasileiros criticam produções nacionais apenas por serem nacionais. Isso é uma ofensa gigantesca ao cinema brasileiro, que mesmo com verba reduzida, produzem filmes e séries maravilhosos, como “Bacurau” e a série “3%”, também da Netflix.
Recomendo que assistam à série, tirem as próprias conclusões e apoiem produções e artistas brasileiros. Comentem aqui o que vocês acham dos assuntos que eu listei, também.
No mais, segue o único episódio de zumbis maravilhoso que existe para mim, no primeiro episódio de “The Midnight Gospel” (resenha aqui). Até semana que vem! Cuidem do cérebro de vocês e se protejam dos Zumbis de verdade, vocês sabem quem eles são, taokei?
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Reality Z
Gênero: Suspense, Terror
Data de Lançamento: 10 de junho de 2020
Criadores: Cláudio Torres, João Costa
Elenco: Ana Hartmann, Ravel Andrade, Carla Ribas, Emílio de Mello, Guilherme Weber, Luellem de Castro, João Pedro Zappa
N° de temporadas: 1
N° de episódios: 10
País de Origem: Brasil
Network: Netflix
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Essa série só tem pontos que me fazem ter certeza que não irei ver ?
Zumbis (odeio), ser original netflix (até hoje gostei de pouquíssimas coisas originais da plataforma) ser trash (não tenho paciência) e Sabrina Sato (acho sem sal) então totalmente sem chances kkkkk
Mas parabéns a equipe pela resenha como sempre completa!
Apesar dos pontos negativos, já vou assistir. Adoro um terror, apocalipse zumbi é comigo mesmo. Fear the walking dead, the walking dead. Estão no topo da minha lista
Só de ver a Sabrina Sato ali no início dá uma desanimada XD Do elenco eu reconheci o João Pedro Zappa (assisti “Gabriel e a Montanha”). Mais um parágrafo final imperdível kkkk Ah, eu nem sei bem o que comentar a respeito,a primeira impressão que tive já foi ruim e ler sua resenha só me fez querer ainda mais evitar assistir. Parece-me um tanto vergonha alheia, e confesso ter um pouco de preconceito com produções brasileiras. Sim, eu sei, isso precisa ser mudado, mas acredito que não seja com Reality Z.