Em 6 de dezembro de 2019, Camila Cabello lançou o seu segundo álbum solo: Romance. O álbum foi lançado pelas gravadoras Epic Records e Syco Music.
Por que “Romance”? Camila diz que todas as músicas são sobre se apaixonar e todos os sentimentos intensos que vem junto disso, sejam eles bons ou ruins. Sobre a composição lírica do álbum, a cantora fala que, pela primeira vez, escreveu músicas a partir de coisas que experienciou de verdade, pois antes do seu relacionamento com Matthew Hussey (que durou mais de um ano) nunca esteve em um relacionamento sério.
Após as experiências adquiridas pelo relacionamento, as composições de Camila se tornaram mais maduras. E esse processo de amadurecimento aconteceu no decorrer da produção desse álbum. A cantora acredita que não tinha histórias de verdade ou com profundidade em suas composições antigas, quando relacionadas ao amor.
Para o visual do álbum, Camila disse ter se inspirado no surrealismo e na fantasia/ficção. Isso porque a sensação de estar apaixonado pode fazer você escapar da realidade e viver “no mundo da lua”, ficando todo bobão e pensando em um milhão de coisas né?
Uma outra característica do álbum é o drama. Camila possui uma voz bem expressiva, apesar de um pouco enjoativa pros meus ouvidos haha. Além da voz expressiva, as músicas contém instrumentais e letras expressivas da mesma forma. Em resumo, tem muito drama, o que é legal, considerando a imagem que Camila criou em seu single de sucesso “Havana” com inspirações em telenovelas mexicanas. Acredito que ela puxou esse drama latino para esse álbum, tecendo-o nas músicas e no visual (até mesmo nos videoclipes).
O álbum Romance conta com 14 faixas em sua versão digital ou para streaming:
1 – Shameless
2 – Living Proof
3 – Should’ve Said It
4 – My Oh My (featuring DaBaby)
5 – Señorita (com Shawn Mendes)
6 – Liar
7 – Bad Kind of Butterflies
8 – Easy
9 – Feel It Twice
10 – Dream of You
11 – Cry For Me
12 – This Love
13 – Used To This
14 – First Man
Enquanto isso, “Liar” tem aquela vibe latina, que Camila se dedicou muito no seu álbum anterior. Além disso, ambas as faixas abordam maneiras contrárias de lidar com o sentimento da paixão. Enquanto “Liar” é sobre negar seus próprios sentimentos, “Shameless” é sobre amar sem vergonha alguma e sobre gritar que está apaixonado. Sim, ambas são faixas bem dramáticas kkkk.
“Cry For Me” é outra faixa com influência no pop-rock, que foi composta por Camila há cerca de 6 anos. Antiga, né? A cantora comentou que estava vendo anotações salvas e encontrou anotações que seriam o feto dessa música. Ela só pegou essas anotações e fez ajustes. A faixa fala sobre você terminar um relacionamento e basicamente querer que a outra pessoa sofra sentindo a sua falta.
“Easy” é sobre amar de verdade alguém, conhecendo todos os seus defeitos, algo superior a paixão. Essa faixa também é um tipo de resumo da ideia do álbum, representando o amadurecimento de Camila em relacionamento amorosos por causa do que ela veio experienciando nos últimos anos.
“Living Proof” foi uma das primeiras escritas pro álbum. A música tem uma vibe celestial e fala sobre como é massa ficar íntimo com quem você ama. A sonoridade da música pode ser relacionada aos visuais “celestiais” ou surreais do álbum, uma vibe que também pode ser encontrada em “Dream of You” e “Used To This”.
“Used to This” é pro Shawn Mendes, viu? Imagino que tenham pessoas querendo saber onde está o ship Camila X Shawn nesse álbum. Para o desenvolvimento da música, Camila contou com a ajuda de Finneas O’Connell (o irmão de Billie Eilish, que produz basicamente tudo da irmã). A música surgiu da seguinte frase escrita por Camila “It’s gonna take me a minute, but I can get used to this”. Traduzindo livremente aqui “Pode demorar um minuto, mas posso me acostumar com isso”. A música é sobre você ser amigo de uma pessoa, mas agora você está beijando-a e segurando a mão dela. São sensações e experiências diferentes com aquela pessoa, mas tudo está sendo ótimo.
Um destaque para o álbum é “Bad Kind of Butterflies”. Tem uma vibe meio dark e “assustadora” e fala sobre a sensação da ansiedade para o corpo. Camila diz não gostar de ouvir essa música. Considero a música bem experimental, sendo algo sonoramente diferente de tudo que a ela vem fazendo.
A cantora comenta que o processo da produção do álbum foi bem terapêutico, pois ela pode lidar com algumas situações negativas também e processá-las, conseguindo se sentir melhor depois disso. Por meio da música, Camila comenta que consegue se conectar mais profundamente consigo mesmo.
Uma curiosidade sobre “First Man”: antes de lançar o álbum, Camila mostrou essa música para Ed Sheeran e Taylor Swift, que comentaram que é a melhor música que ela já compôs.
Em resumo, gostei da sonoridade do álbum e de como a Camila se arriscou em algumas músicas. Além disso, os visuais do álbum são fantásticos, o que pode deixar qualquer um curioso por como seria a turnê. O negativo para mim é a voz dela mesmo, em alguns momentos pode soar irritante para mim, mas tem várias faixas que amei. Toma as recomendadas: Shameless, Should’ve Said It, My Oh My, Liar, Bad Kind of Butterflies, Cry For Me, This Love e First Man.
Observação: não recomendo “Señorita”, porque já fiz foi enjoar kkkk