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Com maiores inspirações em Evanescence e Britney Spears, a artista nipo-britânica Rina Sawayama lança o seu álbum de estréia: SAWAYAMA. Passando por sonoridades como rock, nu-metal, R&B, J-Pop, dance e trap, a cantora nos leva em uma viagem sobre a sua história e o choque de cultura que experimentou desde pequena, abordando temas como: racismo, feminismo, LGBTQI+, amor próprio e consumo excessivo no capitalismo.
SAWAYAMA foi lançado no dia 17 de abril de 2020, por meio do selo da gravadora Dirty Hit. Anteriormente, a cantora-compositora só havia em seu catálogo um EP, intitulado “RINA”, que teve a sua estreia em 2017 de forma independente.
Gravado em Londres e em Los Angeles, o álbum de Rina recebeu aclamação crítica universal, alcançando a alta nota de 89 de 100 pontos no Metacritic.
Nascida no Japão, mas criada desde novinha em Londres – lugar onde começou a fazer música -, Rina decidiu tomar como referências para o seu álbum artistas do final dos anos 90 e dos anos 2000 como: Evanescence, Korn, Britney Spears, t.A.T.u., N.E.R.D. e em uns momentos um pouco de Christina Aguilera. Isso resultou em uma sonoridade mais pesada – e por vezes, sombria – que misturou pop, rock, nu-metal e, em às vezes R&B, o que é bem diferente do cenário pop atual, mais inspirado no R&B e hip hop.
O rock e o nu-metal deixaram de ser comuns no pop por serem estilos musicais considerados “datados” para o cenário atual e para a juventude, que várias vezes pode até gostar das músicas, mas não as imagina sendo lançadas hoje em dia.
Rina, conscientemente, decidiu utilizar esses elementos, considerados bregas para alguns, por gostar da ideia de transformá-los em legais – além de serem produções que ela amou e que a influenciaram quando criança e adolescente, o que provavelmente também aconteceu com qualquer um nascido nos anos 90 ou no começo dos anos 2000.
Muitos artistas têm se inspirado em músicas dos anos 80, ou no disco music, ou mesmo naquela batida de trap que já tá cansada. Por isso, é refrescante alguém no pop lançar algo no estilo que Rina explorou neste projeto. É diferente para a atualidade e meio doido também alguém ter uma mistura de Evanescence com Britney num mesmo álbum, né? Ainda mais, tudo isso com elementos do pop e do rock japonês, fãs de anime vão perceber essa influência em algumas músicas.
Sobre o que o álbum fala, Rina disse:
O álbum é principalmente sobre família e identidade. Fala sobre se entender no contexto de duas culturas opostas (para mim, britânica e japonesa), o que “pertencer” significa quando o lar é um conceito em evolução, descobrir onde você se vê confortavelmente dentro e estranhamente fora dos estereótipos, e principalmente sobre tentar ficar bem sendo apenas você mesmo, com falhas e tudo.
SAWAYAMA contém 13 faixas:
1 – Dynasty
2 – XS
3 – STFU!
4 – Comme Des Garçons (Like The Boys)
5 – Akasaka Sad
6 – Paradisin’
7 – Love Me 4 Me
8 – Bad Friend
9 – Fuck This World (Interlude)
10 – Who’s Gonna Save U Now?
11 – Tokyo Love Hotel
12 – Chosen Family
13 – Snakeskin
O primeiro single foi “STFU!”, lançado em novembro de 2019, seguido pelo segundo single “Comme Des Garçons (Like the Boys)” que estreou em janeiro de 2020. Já em março, aconteceu o lançamento de “XS”, o terceiro single oficial. “Chosen Family”, o quarto single, foi lançado no mês seguinte. Por fim, o último single – até o momento – “Bad Friend” teve seu lançamento no dia 15 de abril de 2020, exatamente dois dias antes do álbum completo.
Maior parte da influência do rock ou nu-metal da artista aparece de forma sutil, como um som de guitarrinha pesada na faixa “XS”, que é bem pop, ou no acompanhamento da guitarra na vibe retrô e dançante da canção “Love Me 4 Me”. Músicas como “STFU!” já têm referências de músicas pesadas sendo utilizadas de maneira mais forte, por isso a faixa pode ser considerada um nu-metal.
Inclusive, é interessante escolher a faixa “mais pesada” do álbum para ser o primeiro single, mas isso teve um motivo.
“STFU!” (que significa Shut The Fuck Up, em português: Cala A P*rra da Boca) teve a intenção de chocar o público, e provavelmente conseguiu assustar vários fãs antigos da cantora.
Isso porque o EP lançado pela artista em 2017 estava repleto de canções numa vibe R&B. Contudo, “STFU!” mostrou uma nova direção musical para Rina: a sonoridade pesada influenciada pelo nu-metal e pelo rock, que é diferente de seu trabalho anterior e do pop atual.
É uma faixa daquelas de balançar a cabeça e a mãozinha como se estivesse num show de rock com direito até a gritos próximos ao fim da música. Mas apesar dos versos serem agressivos, o refrão da faixa possui uma produção mais pop e suave – cheio de ironia -, o que dá um contraste interessante, um momento para respirar em meio à sonoridade barulhenta.
Rina aproveita a agressividade da sonoridade metaleira para soltar toda sua raiva acumulada como uma resposta a micro agressões e a comentários racistas, que teve de lidar em toda a sua vida. Mesmo falando de suas próprias experiências na faixa, a cantora dedica “STFU!” para qualquer minoria que tenha vivenciado micro agressões, afinal a injúria racial é uma realidade global.
Agora, vamos para a faixa que abre o álbum – a primeira faixa na tracklist -, “Dynasty”, um hino inspirado sonoramente em Evanescence que nos mostra a dor e os problemas familiares que Rina herdou e teve de lidar ao longo de sua vida, agindo como um convite para o ouvinte embarcar nas histórias que o projeto vai contar no decorrer de suas faixas.
Além de falar sobre a infidelidade de seu pai, a artista nos apresenta na canção o conflito de sentimentos que ela tem em relação a cultura em que foi criada (britânica) e a cultura de sua origem (japonesa). É uma letra bem pessoal.
Performada pela primeira vez em 2018 – mas lançada oficialmente apenas no fim de 2019 -, “Dynasty” abre o projeto SAWAYAMA com uma sonoridade bem teatral e dramática, lembrando de fato a vibe gótica de Evanescence. A produção começa simples e vai ganhando guitarras, que atingem um ápice na ponte da música, onde experienciamos um solo de guitarra top acompanhado por Rina imitando o instrumento velozmente com vocais agudos fantásticos.
Na faixa “Akasaka Sad”, a artista fala sobre como se sente deslocada do Japão – comparando sua cultura de origem com a britânica que ela foi criada – e imagina como seus pais, que cresceram no país oriental, se sentiram quando se tornaram imigrantes em Londres.
A vibe da canção é também bem teatral, tem uma sonoridade que mistura elementos do hip hop com o J-Pop no instrumental nas melodias e nos vocais. Uma curiosidade: o segundo verso da música é cantado em japonês!
Mergulhando numa atmosfera nipônica de fliperama antigo, a faixa “Paradisin’” parece ser tanto um tema musical de vídeo game como também uma canção de abertura de anime.
Inspirada sonoramente na cultura japonesa, por meio do J-Rock, a música nos conta histórias nostálgicas da infância da cantora com seus amigos e sua família, e como esse período foi como um paraíso para ela.
Entrando numa vibe militante, temos “XS” – lê-se excess, em português: excesso.
Nessa música, Rina zomba do capitalismo na atualidade, que continua a trazer numa frequência frenética mais e mais produtos iguais a vários outros existentes, educando os consumidores a comprar além do que é necessário – e até mesmo a comprar o desnecessário – para atingir o tão esperado e calculado lucro.
Como resultado, todo esse processo só piora a situação atual do acúmulo de lixo e da mudança climática global. No fim, os seres humanos estão cavando sua própria cova, não é mesmo?
Considerando que “pop” significa “popular” – ou seja, o que é mais consumido -, nada melhor que usar o estilo musical que mais representa o capitalismo com um refrão daqueles beeem chiclete e dançante, para satirizar o consumo excessivo. É isso que a artista faz na faixa “XS”, e faz bem – ela encaixa no cenário pop hahaha. Criticou e ironizou toda, e ainda nos presenteou com uma música bem divertida.
Além da sonoridade pop, lembrando uma vibe bem Britney Spears no começo de carreira, Rina adiciona batidas de hip hop/R&B ao lado de sons de guitarra, que dão certa agressividade em alguns momentos da faixa.
Em um tópico semelhante, na faixa “Fuck This World (Interlude)”, a artista canta sobre como o mundo que conhecemos está se tornando um lugar inabitável, sugerindo uma mudança de atitude, ou uma mudança para Marte.
Militante, Rina fala sobre estar cansada do que a humanidade vem fazendo com o planeta, focando mais na mensagem nesta faixa do que na produção – inclusive tem uma estrutura um pouco diferente das outras faixas do álbum.
Apesar da produção mais simples, não se engane, é uma canção bem contemplativa. Dá pra relaxar, ouvir as lindas harmonias e os efeitos sonoros eletrônicos bem legais enquanto ouvimos a mensagem que ela quer nos passar.
Por que a mulher, quando mais ousada ou com mais atitude, é comparada a um cara? “Ela faz isso como um homem”. Por que a ousadia e atitude feminina é comparável frequentemente a “ser uma vadia”, como se a confiança masculina fosse aceitável e a feminina não? É exatamente essa ideia que Rina critica na faixa “Comme Des Garçons (Like The Boys)”.
Através de ironia e um ritmo bem dançante, a artista canta nessa música sobre o empoderamento feminino e a rejeição dos padrões da masculinidade tradicional. A escolha da sonoridade da faixa, que tem sua inspiração em músicas dance do começo dos anos 2000, aconteceu por ser um estilo sonoro que faz com que a cantora se sinta confiante como uma mulher. Ela diz que na pista de dança as mulheres podem tomar a palavra “vadia” para si, sem conotação negativa com o significado de ser suuuper confiante (yes bitch, work bitch). Em resumo: é uma faixa para te fazer se sentir uma vadia confiante, seja lá quem você for.
A vibe bem Vogue da Madonna em alguns momentos. Dá pra performar direitinho, oh. Já quero essa numa festinha!
Sabe quem ela chamou para cantar com ela no remix da música? Nossa rainha drag Pabllo Vittar em um remix feito por Brabo. Esto esperando uma performance ao vivo, e quero para ontem! Haha
Então, chegamos na faixa “Who’s Gonna Save U Now?”, que inicia com sons de uma platéia gritando por Rina, como se fosse uma performance ao vivo em um show de rock. Apesar de estar revestida por uma produção bem roqueira – muita guitarra e um instrumental pesado -, a melodia e os vocais da faixa tem uma alma pop: algo como “Stronger” da Britney Spears e “Fighter” da Christina Aguilera, um pop mais “pesado”.
Depois de ter visto o filme “A Star Is Born” estrelado por Lady Gaga e Bradley Cooper, Rina ficou bem inspirada na vibe que performances ao vivo de rock com multidões trazem. Quis levar essa ideia para “Who’s Gonna Save U Now?”, que anteriormente tinha uma produção mais pop.
Deve ser por isso que a melodia soa meio pop, mas ainda assim a cantora fez um bom trabalho misturando a vibe de um show de rock ao vivo com instrumentais roqueiros e uma melodia pop. Como resultado, temos um dos destaques do álbum com o pop e o rock juntos, um dos melhores desempenhos vocais da artista no projeto – mostrando que tem um potencial vocal gigante e versátil, talento que chama, né?
A letra fala sobre pegar a negatividade que jogam em ti, transformá-la em sucesso, devolvendo tudo de forma superior como uma resposta para quem tentou te derrubar.
“Love Me 4 Me” é uma canção sobre amor próprio que se utiliza da famosa frase de RuPaul’s Drag Race: “se você não consegue se amar, como vai poder amar outra pessoa?”. Tudo isso através de uma sonoridade que mistura synth-pop com R&B, ainda dando um ar de rock com a adição de guitarras – e um solo top. É dançante e animadinha, também uma das melhores produções do álbum. Recomendo!
Em “Tokyo Love Hotel”, Rina fala sobre como turistas vão para o Japão, e o tratam apenas como um hotel, fazem o que querem e vão atrás só de curtição, sem ter interesse ou preocupação – e às vezes até mesmo sem respeito – com a cultura e os hábitos do povo japonês. Tudo isso por meio de uma sonoridade de um pop sintetizado bem anos 80 com guitarrinhas de leve, soando semelhante a produções de Carly Rae Jepsen para o álbum E.MO.TION.
“Chosen Family” – a faixa em destaque no início da resenha – é uma balada pop com elementos acústicos e eletrônicos, que fala sobre a possibilidade de se escolher a sua própria família no decorrer da vida: sangue não define laços. A inspiração para a temática vem de experiências vivenciadas pela comunidade LGBTQI+, que muitas vezes é abandonada por seus parentes, mas encontra uma família de verdade em seus melhores amigos, que passaram pelas mesmas situações negativas de abandono.
Rina escreve a faixa com propriedade, provavelmente por, além de ser LGBTQI+, conviver com várias pessoas que tiveram de escolher a sua própria família. O resultado disso tudo foi a letra e a música bem emotiva, com vocais maravilhosos – que em alguns momentos me lembram do timbre de Lady Gaga.
A favorita de Rina nesse álbum é “Bad Friend”, uma música sobre o fim de um relacionamento, mas nesse caso específico: o fim de uma amizade. O diferente é que a faixa é contada na visão da pessoa culpada, a que agiu errado e causou o fim de tudo – normalmente vemos músicas na visão da vítima, que tem um amigo ruim, né?
Na letra da faixa, a cantora nos conta aventuras e vários momentos tops que teve com uma amiga, mencionando uma viagem que fizeram juntas para Tóquio em 2012, em que ficaram bem bêbadas e dançaram peladas ao som de Carly Rae Jepsen em um karaokê.
Uma curiosidade: a música foi produzida por Kyle Shearer, que trabalhou com Carly na produção de diversas músicas. Uma coincidência, né?
“Bad Friend” foi escrita depois da artista ter descoberto por rede social que sua amiga, que fora tão próxima antigamente, tinha acabado de ter um bebê. Isso fez a cantora perceber que esteve com ela apenas em momentos de diversão, mas nos momentos difíceis, os quais ela mais precisou de ajuda, Rina nunca apareceu. Nunca deu suporte como poderia e deveria, por isso, ela admite na música: sou uma amiga ruim.
I’m so good at crashing in
Making sparks and shit but then
I’m a bad, I’m a bad, I’m a bad friend
Em português:
Eu sou tão boa em fazer loucuras
Fazendo faíscas e tal, mas depois
Eu sou ruim, sou ruim, sou uma amiga ruim
Sonoramente, o hino tem uma produção pop eletrônica mais atual, contendo harmonias na voz de Rina que dão uma sensação de eco, o qual pode dar uma ideia de desolação – como se ela estivesse sozinha cantando num local bem aberto. O eco pode ser relacionado com o fato da artista estar angustiada e se sentindo sozinha ao perceber como ela poderia ter agido diferente na época.
A música é outro destaque. Inclusive, a cantora nipo-britânica conseguiu atingir o topo da Tokio Hot 100, tabela que contabiliza as músicas mais vendidas e ouvidas semanalmente. Ela é a primeira artista japonesa nos últimos 15 anos a chegar ao topo com um álbum de estréia.
Sabe o que é encerrar um álbum com um grand finale? É exatamente o que Rina fez com o SAWAYAMA. O projeto encerra com a sombria, grandiosa e bem imprevisível “Snakeskin”. A faixa já inicia de forma beeem dramática com um sample de Beethoven, acompanhado pela voz da artista utilizando uma técnica mais clássica, soando similar a um canto lírico – parecendo uma ópera. Daí a sonoridade varia entre estilos como o rock, o trap e o j-pop, tendo até mesmo um momento que a música cresce até cair em uma batida pesada pra dançar com vigor! Por incrível que pareça, apesar de ser uma faixa meio doidinha, ela não soa como uma bagunça!
A faixa soa triunfante, ainda mais por utilizar em alguns momentos o tema musical de vitória do jogo Final Fantasy IX como referência – mais especificamente a trilha “Final Fantasy IX Victory Fanfare”. A ideia é ser triunfante mesmo, já que a letra fala sobre a metáfora de trocar de pele como uma cobra, significando aceitar a sua própria jornada a partir do uso de todos os problemas e experiências de vida como um novo tipo de força. Ou seja, a gente sofre enquanto vive, mas depois trocamos nossa pele para uma mais grossa, capaz de enfrentar mais e mais desafios.
Além disso, a artista canta sobre sua escolha de despejar sua dor pessoal e sua jornada em suas músicas, o que, além de terapêutico, pode servir como exemplo para seus ouvintes, que podem tê-la como um tipo de inspiração.
É interessante terminar o álbum assim, soa como se Rina aceitasse toda a sua origem, cultura, problemas e bagagem, sentindo-se finalmente confortável com sua própria pele – assuntos que ela tratou no decorrer do projeto todo, que é bem íntimo e pessoal. Dando enfim, um fechamento para todas as histórias que ela compartilhou nas faixas anteriores.
Vale ressaltar que a luta não acaba aí, pois a gente continua trocando de pele. Mas se jogar na vida com a cabeça erguida para lidar com o que surgir em nossa frente é uma ideia legal. Essa música ajuda a criar o humor necessário para erguer a cabecinha e ir pra luta com sede de vitória, e também dançar que nem um doido.
Chegando a conclusão sobre o álbum SAWAYAMA, o projeto traz autenticidade, emoções, histórias reais, personalidade, criatividade e até mesmo aspectos culturais diversos além do ocidente – devido à bagagem japonesa que Rina carrega e faz questão de mencionar não só a cultura do país no geral, como também usar a sonoridade das músicas pop japonesas como referência.
Nesse álbum você pode dançar, se divertir, refletir, se emocionar, militar e aprender. De momentos bem agressivos, até outros mais suaves, a artista te leva de fato a uma viagem por sua história e entre questões globais importantes. Tudo isso com vocais fortes, emotivos e cheios de potencial.
Como ponto negativo para alguns ouvintes, pode-se mencionar o uso de padrões sonoros que podem soar “datados” ou bregas, ou até mesmo não muito palatáveis – como o caso do estilo metal ou uma vibe sonora mais pesada, que pode não combinar com o que esperamos de um álbum pop.
Ainda assim, o risco que Rina tomou ao se referenciar nos anos 2000 e em músicas mais agressivas, ao meu ver, foi um sucesso. A produção nostálgica em alguns momentos, por ter me feito escutar músicas que me deram lembranças de minha infância otaku e roqueira. Um ponto alto do projeto é exatamente o uso de guitarras e de solos acompanhando uma vibe dançante e pop. O melhor dos dois mundos.
Apesar de ser uma nova artista, esse é o seu álbum de estreia, Rina merece reconhecimento por não ter ficado na zona de conforto, criando algo diferente do que esperamos para um álbum pop atual. É uma prova de que a música pop pode muuuito mais diversa, e menos previsível. Será que vem Grammy, aí?
Minhas favoritas são: “Dynasty”, “XS”, “Love Me 4 Me”, “Bad Friend”, “Who’s Gonna Save U Now?”, “Chosen Family” e “Snakeskin”.
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SAWAYAMA
Artista: Rina Sawayama
Produtores: Clarence Clarity, Chris Lyon, Valley Girl, Bram Inscore, Danny L Harle, Rina Sawayama, Jonathan Gilmore e Kyle Shearer
Gênero: Pop, Rock, Nu-metal, J-Pop e R&B
Data de lançamento: 17 de Abril de 2020
Duração: 43:34
Gravadoras: Dirty Hit
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Primeiramente, como eu sempre falo, tenho que parabenizar Iago pela resenha completíssima! Sério, muita riqueza de detalhes sobre todas as músicas, amei!!
Segundo, eu nunca tinha ouvido falar da Rina, mas eu simplesmente adorei a proposta do álbum, temas super relevantes pra músicas. Ouvi a faixa que foi colocada no post e achei uma pegada de Ariana Grande, gostei bastante! Vou ouvir as outras e com certeza Rina fará parte da minha playlist ❤️
Aaaaaa muito obrigado pelo seu comentário, e que bom que você gostou da música em destaque!
Fico felizão também por você ter gostado do texto e da pesquisa envolvida pra produzi-lo! <3
Rina foi ótima nesse primeiro álbum, fico animado para o que ela pode fazer em projetos futuros.
Não conhecia a cantora, mas já vou procurar as músicas. Japonesa ? que trata sobre temas tão relevantes que giram em torno de si mesma e da sociedade. Já quero. Amo as indicações de música. A arte é o que nos salva em tempos como este
Aaa, muito obrigado pelo seu comentário!
Amo quando o artista aborda situações reais e temáticas sociais em suas músicas. É importante para além de se divertir com as canções, abrir debate sobre temas sociais – e Rina fez isso nesse projeto.
Que bom que você gosta das indicações musicais! <3
Como sempre as resenhas de músicas de vocês são muito bem feitas! Um verdadeiro show! Fui ouvir a música do início do post e me surpreendi! Que voz linda tem essa cantora (não conhecia)! Quando vejo o quanto esses artistas se empenham em suas músicas, trabalhando nas letras de forma a conscientizar as pessoas e tratando de temas relevantes, dá uma vergonha pensar nos sertanejos, funks e cia daqui. É desolador. Curti muito a música do final também, gera muitas sensações.
Aaaaa, fico muito feliz por você ter gostado da resenha – e da indicação do álbum, também!
E que massa que você curtiu as duas músicas em destaque (no início e no final do post)! <3
É mesmo incrível quando você experiencia um trabalho tão bem desenvolvido (tanto na letra, como no instrumental), queria muito esse tipo de esforço vindo dos artistas nacionais - mas o povo brasileiro também tem que estar disposto para consumir músicas com mensagem!